Capítulo 10

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Klaus Peterson

Com toda a certeza absoluta se eu não sair dessa situação logo vou ficar louco, essa mulher é uma maluca de carteirinha e está virando minha cabeça, não estou pensando direito, como pude deixar que ela se aproximasse tanto assim, mexendo dessa forma com o meu corpo traidor que insiste em pegar fogo quando ela chega perto.

De certa forma eu poderia ter fugido com a Jenny e realmente ter há abandonado aqui a própria sorte, mas é tão a confusão é tão grande na minha cabeça que estou definitivamente ferrado.

Agora estamos nesse quarto sozinhos, esperando o melhor momento para arriscar a sair e finalmente fugir.

Justine está sentada com na cama com as pernas cruzadas, reparei que mudou de roupa, mas que droga aconteceu com ela e aquele bandidinho de merda?

Klaus – Então, cade a mente brilhante? Perdeu quando deu para o bandido?

Justine – Está com ciúmes Klaus? Desde quando você se importa com quem eu fico ou não? Não deveria estar preocupadinho com a sua namoradinha te esperando na floresta?

Klaus – Já falei que não é minha namorada, eu NÃO NAMORO!

Justine – Isso fala mais auto seu imbecil, se alguém ouvir estamos mortos, entendeu ou quer que eu desenhe?

Klaus – Você quer dizer você morre, porque eu com certeza sou a moeda de troca aqui.

Justine – Sua arrogância acaba com sua beleza sabe disso né?

Decido que chegou a hora de ir, cansei de esperar e não dá mais pra ficar aqui trancado com essa mulher, não sei se é fome, sede ou sono, mas estou quase a agarrando aqui e ensinando boas maneiras e finalmente calando essa boca atrevida do inferno.

Klaus – Vamos, acho que chegou a hora, precisamos arriscar.

Justine – Não sei, será que seu pai não estava com a policia? Será que não conseguiram nos rastrear?

Klaus – Mesmo assim, vão demorar pelo menos algumas boas horas para chegarem aqui, precisamos nos proteger.

Justine – Klaus, eles acham que você e a Jenny estão longe lembra que menti?!

Klaus – Você quer ficar aqui? Tudo bem, mas eu estou indo embora.

Abro a porta devagar, observo um silêncio no corredor, devem estar dormindo uma hora dessa, ou procurando na floresta, perfeito. Da janela consigo ver dois carros parados ainda, ou seja tem gente na casa, todo o cuidado vai ser pouco.

Olho para trás e vejo que a Justine me segue em silêncio, está com uma cara de preocupada, mas precisamos arriscar.

Passamos pela grande sala e saímos novamente pela saída dos fundos, para a nossa sorte um dos carros está com a chave.

Klaus – Senta na direção, vou soltar o freio e vou empurrar, não podemos ligar aqui, iriam perceber.

Justine – Olha, alguém resolveu usar o cérebro de verdade.

Nem vou perdeu meu tempo discutindo com essa mulher, faço um gesto com a mão exigindo que ela faça logo o que eu mandei e a mesma o faz.

Empurro um pouco o carro para fora da propriedade e quando acredito ser seguro, pulo no banco do motorista tirando a Justine e seguimos para pela estrada, para buscar a Jenny na caverna.

Klaus – Fica aqui no carro Justine, vou buscar a Jenny na caverna, fica na direção caso eles apareçam vamos precisar correr na hora.

Justine – Vai logo e não demora.

Sigo pelo caminho, começa uma pequena chuva, e de longe consigo ver a Jenny sentada de forma estranha na entrada da caverna, mas o que essa idiota está fazendo assim, na vista de qualquer um.

Quando estou quase perto, ouço um barulho e vários homens se aproximam e apontam arma em minha direção, uma emboscada.

Tomo coragem e não me intimido com as armas, viro o corpo com tudo e começo correr de volta, gritando para a Justine ligar o carro, todos os caras começam a correr atrás de mim, ouço um gritar para não atirarem, querem eu vivo, pelo menos isso meu Deus, corro o mais rápido que consigo, pulo no carro e grito – ACELERA JUSTINE.

O carro em movimento, respiro para recuperar o folego – Pegaram a Jenny, que merda!

Justine – Não temos como voltar agora Klaus, eles estão atrás de nos, reza pra sairmos dessa vivos.

Klaus – Eles não querem me matar, pelo menos foi isso que ouvi a ordem de um deles.

A perseguição fica intensa, por mais que a Justine esteja dirigindo bem e correndo o máximo que a estrada permite, eles estão perto e de repente ouvimos um disparo e um estouro, acertaram o pneu, droga!

Justine – KLAUS, PERDI O CONTROLEEEEEEEE

E depois do grito da Justine o carro sai da estrada caindo pelo barrando e indo direto para o rio, não sei quanto tempo o carro deslizou, só senti o impacto da água, fazendo com que meu corpo fosse arremessado para fora, caiu na água, mas a Justine ainda está no carro, ela vai se afogar.

Nado o mais rápido que consigo, ignorando a dor no meu ombro, o vidro está aberto, o carro está afundando, mas consigo abrir a porta e tirar ela, a levo para o outro lado do rio, deito ela na margem desacordada, mexo em seu rosto, abaixo para sentir se está respirando e para meu alivio está, apenas desmaiou.

Consigo ver luzes e vozes do outro lado, eles está nos procurando, aproveito que está escuro, deito encima da Justine e jogo algumas folhas sobre nos, tentando ao máximo não sermos notados.

Bandido – MERDA, olha o carro descendo pela corredeira, perdemos eles? O chefe vai nos matar. Vamos descer o rio agora seus inúteis, quero os dois vivos ouviram bem!

Assim que eles voltaram aos seus carros e seguiram de volta a estrada, sai de cima dela e a mesma estava acordada com os olhos arregalados e um sorriso maroto no rosto, não posso acreditar nessa mulher.

Klaus – Está bem Justine?

Justine – Sim, estou até com dor, mas depois de sentir esse seu corpo quente e delicia encima de mim, passou tudo.

Klaus – Você é inacreditável sabia? Pensei que estava gravemente ferida, mas pelo jeito não perde a piada né.

Justine – Você que é um mal amado Klaus, seja sincero aproveitou meu momento frágil e deu uma conferida.

Klaus – Levanta, vamos sair desse rio agora, precisamos nos aquecer e voltar perto da casa.

Justine – Que inteligência, só quero saber como, porque corremos tanto com o carro que aposto que estamos bem longe agora.

Andamos pela margem, a chuva deu uma trégua e o sol começou a nascer, como estávamos exaustos, sentamos embaixo de uma arvore e a Justine estava tremendo de frio, então a abracei e trocamos calor, mesmo sem perfume nenhum a mulher tem um cheiro que me deixa louco, tento segurar a respiração para sentir o mínimo possível, mas está difícil e para ajudar a safada está toda arrepiada, de frio ou desejo? vai saber.

Klaus – Dorme um pouco Justine, fico de vigia, precisamos continuar daqui a pouco. Ela não diz nada, apenas encosta sua cabeça no meu peito e fecha os olhos, meu ombro doi, mas não tenho tempo pra pensar nisso, só quero a minha vida de volta.

Somos acordados com barulho de helicóptero sobrevoando bem encima da gente, e homens gritando – Ali, achamos eles!

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Querido, estou chegando! (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora