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Havíamos acabado de pousar e descer as escadas do avião. Neste exato instante estamos caminhando pela pista para esperar as malas. Eu dormi uma parte da viagem mas estou completamente acabada -braços e pernas doloridos e um leve torcicolo. Odeio dormir em poltronas. São tão desconfortáveis!

Seguimos o caminho até chegar á pista onde pegaríamos nossas malas. Ao terminarmos de esperar fomos até a saída do aeroporto. Fernando (esposo da minha tia) estava nos esperando, era a primeira vez que eu o via pessoalmente, só o reconheci pelas fotos dele que já vi pelo celular.

Cumprimentei-o e fomos par
o carro, sentei no banco de trás, na ilusão de que passaria o caminho apenas olhando a janela sem ter que falar, sempre que estou cansada não gosto de conversar mas Fernando começou a puxar assunto. Obviamente não o deixaria falando sozinho.

"Então Alyssa, ansiosa pra começar as aulas na escola?" Um sorriso acolhedor surgiu sobre seus lábios,em um português com um sotaque carregado.

"Eu diria que estou nervosa, não me sinto confortável em lugares novos." Respondi com sinceridade. "Se você quiser, pode falar em espanhol comigo, eu entendo só não garanto que vou conseguir responder em espanhol, minha pronúncia é péssima, mas faço um esforço pra entender. Você entende português?" De fato, minha pronúncia em línguas estrangeiras, fora o inglês eram péssimas, embora eu entendesse, responder é complicado.

"Oh sim, entendo!" Não entendi sobre a qual resposta/pergunta ele se referia, mas preferi ficar no meu canto.

Durante um tempo, que para mim pareceram uma eternidade, um silêncio constrangedor tomou o carro, então eu pluguei apenas um lado do meu fone - para caso me chamem.

Depois de uma década em silêncio o carro estacionou frente a uma casa de dois andares, estilo americano, com paredes de madeira numa cor bege e telhado em forma triangular na cor marrom escuro e com janelas nas bordas de cor igualmente marrom escura e de vidro. Não cheguei a contar quantas janelas haviam ali, chuto que são três a cada lado da porta marrom escura e no segundo andar uma janela maior, para dar um destaque. Achei uma linda casa, por enquanto por fora, minha tia tem um bom senso em quesito de escolher cores para um casa.

"Pelo visto gostou da casa, não vai entrar?" Fernando era um cara muito gentil, mais receptivo que a minha própria tia, também é um pouquinho engraçado enclinar meu rosto para baixo para conversar com ele.

"Vou sim, bela casa aliás." Ofereci um sorriso.

Entramos na casa em um Hall, no chão de madeira havia um carpete macio e acizentado, as paredes tinham um tom de uma cor clara de nome desconhecido por mim, mas bonita. O corredor era aberto, no lado esquerdo dava para sala e no direito a cozinha, que não vou descrever agora. No final do corredor tinha uma escada que dava para o segundo andar.

"Seu quarto é o segundo no corredor da direita e na parede direita também. No corredor da esquerda tem a sala de música, banheiro, sala de jogos e um quarto que usamos pra guardar algumas tranqueiras, é melhor não entrar lá, nem no porão e nem no sótão pra sua rinite não atacar." Minha tia alertou.

Nos dois corredores do segundo  andar cada um tinha 4 quartos, acho que no corredor da direita,os outros quartos qua não são usados por mim ou pelo casal são quartos de hóspedes.

Enfim, entrei no quarto que de hoje em diante seria meu e deixei minhas malas. Peguei uma roupa e me dirigi até uma banheiro avisando minha tia que iria tomar banho e tirar um cochilo, tendo a resposta de que no dia de amanhã vamos comprar meu material escolar e uniforme. Logo em seguida voltei para meu quarto, já vestida e dormi.




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⏰ Última atualização: Jan 10, 2019 ⏰

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