(Novembro de 2005)
Mudei-me para o interior de Minas Gerais aos meus 12 anos. Aqui estou mais feliz, na capita Belo Horizonte era tudo corrido e tinha poucos amigos, não podia brincar até tarde na rua, na verdade, não se podia brincar na rua.
Aqui onde vivo, me fez e faz bem. Foi mais fácil suportar a dor de perder meu avô.
Eu o considerava como pai, pois nunca conheci o meu e também não faço questão de conhecer. Ele não quis saber de mim...
Assim que passado período de luto vendemos todos os bens que não nos serviria em nossa nova vida.
Minha mãe sempre foi ótima contadora cuidava de todas as finanças da família. E quando meu avô faleceu, ela perdeu um pouco do brilho... Pediu as contas e resolveu que iriamos morar em um lugar calmo.
Sei que por mais estranho que seja, nossa família tinha alguns bens. Éramos cobiçados por vizinhos e isso gerou um assalto. Assalto provocado pelo filho de um vizinho ao qual meu avô tinha como um filho...
Ele foi assassinado por esse homem que por final nada levou, além da vida de um bom homem.
Contar sobre esse dia abre um ferida no meu peito. Dói. Pois eu estava lá, eu o vi morrer e nada pude fazer.
Como contava, após vendermos alguns bens e passado o período de luto, minha mãe e eu resolvemos nos mudar pra uma cidadezinha chamada Vila do Rancho.
Tinha tudo que precisávamos dizia mamãe: capacidade populacional pequena para mediana, paz, ar aconchegante.
Logo que chegamos ficamos em um hotel e nossas coisas ficaram com a agencia de mudanças ate o período que achássemos uma casa ou apartamento.
Nos apaixonamos pela quarta casa que visitamos. Era perfeita! Quintal grande e gramado, um jardim pequeno na frente, garagem, 3 quartos, cozinha, banheiro... Não era um luxo, mas era a nossa casa e era nela que eu iria viver dali em diante, e o melhor, veio com um rede de brinde!!!
Como era final do ano e já estava de férias, minha mãe pegou a transferência e me matriculou em uma escola publica que ficava no centro da cidade.
Lá fiz grandes amigos, muito mais do que eu tinha quando morava na capital.
Vou deixar a minha infância de lado e resumir um pouco, tantas coisas que me aconteceram que nem sei por onde começar.
Minha mãe, melhor da dor de perder meu avô, conseguiu emprego numa das indústrias mais famosas da cidade na área contábil. E eu logo que comecei a estudar fiz amizades que foram fundamentais pra mim, fui crescendo e comigo a cidade.
Pois as grandes indústrias prosperavam.
A cidade era rodeada por uma usina açucareira, uma mina de carvão mineral e por grandes extensões de eucaliptais. Já na área urbana havia uma montadora, uma fabrica de doces, uma filial de uma indústria farmacêutica e por mais simples que pareça uma oficina de carros e motos customizadas.
Claro que minha mãe se empolgou ao ponto de trabalhar em todas essas indústrias, não por ser péssima funcionária e sim porque queria ter em seu currículo experiência em grandes empresas.
E, assim, minha mãe colocou o nome dos Medeiros de Andrade no mundo. É até engraçado, mas todos na cidade conheciam a dona Elleonora Medeiros de Andradee a mim a filha dela Suzana, o sobrenome vocês já sabem.
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Deixe-me ir
FantasyEssa história pode até não fazer sentido... Sonhos não fazem sentido, se os seus fazem, legal, pois os meus realmente não fazem nenhum. Bom, certo dia sonhei com algo mais ou menos parecido com que irei escrever e alguns fatos contarei fielmente com...