Capítulo 5

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Camila POV

Estavamos ali, sós naquele quarto. Eu deitada, ainda um pouco mareada e ela parada em frente a mim. Ambas em silencio até que:

- Sua água. - disse estendendo-me o copo.

- obrigada.

- De nada. - disse sorrindo-me. - se empolgou hoje, hein? - insinuou.

Dei de ombros a seu comentario.

- Ei, não estou te julgando, relaxa.

- obrigada pelas suas mil e uma gentilezas, mas não precisava ter interrompido sua noite de diversão por minha causa. - soltei friamente.

- minha "noite de diversão"? - disse ela rindo. - olha não sei o que te faz crer que minha noite estava divertida porque na realidade acho que o auge dela foi ajudar suas amigas com você.

As palavras dela me faziam derreter, mas tinha que manter-me firme por fora.

Ela puxou uma cadeira que tinha ali e sentou-se.

- A moça que estava conversando com você não deve ter gostado nenhum pouco de você tê-la dispensado para ajudar estranhas. - falei olhando de lado.

Ela então soltou um risinho.

- Do que você está rindo?

- De você. - soltou sutilmente.

- E por acaso estou contando alguma piada ou tenho cara de palhaço para isso?!

- Ei, calma. Não estou rindo de você, pelo menos não com uma conotação negativa. É só que... você é peculiar, senhorita Camila, eu gosto disso.

"Ela lembrava meu nome! E ainda disse gostar de mim!" Pensei. Provavelmente aquela altura eu já estivesse completamente ruborizada porque sentia minhas bochechas arderem.

- Não esperava vê-la aqui hoje, pensei que já nem estava na cidade, mas... confesso que foi uma surpresa muito boa, afinal, naquele dia não tivemos tanto tempo para conversar.

Eu quase não conseguia me concentrar no que ela falava admirando-a e tentava a todo instante fazer com que ela não percebesse quando meu olhar caia de seus hipnotizantes olhos até sua boca que estava em um vermelho intenso tão atrativo que estava me deixando desconcertada.

- então... me fale mais de você, senhorita "só camila".

- eu não tenho muito a dizer sobre mim.

- hum... misteriosa! Interessante.

- E você?

- Eu? É... vejamos, o que seria relevante sobre mim para você saber... - disse pensando. - não sei, acho que não tem nada interessante, lamento.

- duvido. - disse.

Ela apenas riu.

- então vamos fazer assim: você faz as preguntas, pode ser? Já que crê que minha vida é tao interessante. Só lhe advirto que não será culpa minha se se frustrarem suas projeções.

- Posso perguntar qualquer coisa?

- Sim, te dou essa premissão.

- e... e você responderia tudo? - perguntei receosa.

- sem hesitar.

- Mas em troca de que?

- Como assim "em troca de que"?

- Você me contar tudo sobre você sem eu te contar nada sobre mim, não parece muito justo, você não ganharia nada com isso.

- Talvez. Talvez sim ou talvez não. - Falou insinuativa.

A rainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora