Capítulo um

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Um som de despertador baixo começou a invadir a minha mente, e foi ficando mais alto conforme eu abria os olhos lentamente. Um raio de luz fraca que vinha da cortina incomodou meus olhos. Após desligar o despertador eu vagarosamente sentei na cama, e massageei as têmporas. Uma dor de cabeça forte dava pontadas em minha cabeça.
          Relutante, levantei e peguei uma toalha indo ao banheiro. Enquanto a água morna se chocava com o meu corpo eu sentia um certo alívio. Voltei para o meu quarto e coloquei uma roupa leve, peguei o celular e me arrependi pela luz forte entrar no meu campo de visão, fazendo minha cabeça dar mais algumas pontadas.
          Desci a escada indo diretamente para a cozinha, peguei um pouco de café e me sentei.
         — Alysson Hazel, você sabe que está atrasada! Se apresse, ou eu vou ser obrigada a tirar seu celular de você. —Minha mãe surgiu na porta, e eu fiz uma careta.
         —Mãe, eu não estou muito bem, eu queria realmente faltar hoje, não sinto que vai ser um dia bom. — choraminguei.
          —Vai ser um dia ótimo, você vai se levantar agora, se arrumar, eu vou dar uma carona até a escola, e você vai ser a mesma aluna excelente de sempre! —ela bateu palmas e fez um sinal para que eu levantasse.
          Bufei subindo as escadas, querendo entender como ela pode acordar sempre animada e de bom humor. Ás vezes eu me pego pensando em como ela é importante, o tanto que ela me faz ser melhor. Se não fosse por ela, talvez eu nunca tivesse me recuperado daquele acidente, de toda dor daquela perda, eu imagino como seria se ela estivesse naquele carro, e talvez eu tivesse a perdido também.
          Espanto meus pensamentos e arrumo minhas coisas, colocando uma roupa melhor e mais confortável, pego meu moletom e desço as escadas rapidamente.
          —Pegou seu remédio? —minha mãe pergunta, me fazendo voltar correndo e pegar uma cartela de comprimidos, enfiando dentro da bolsa rapidamente.
          —Obrigada mãe, eu não sei o que eu faria sem você. —eu falo lhe dando um sorriso, tentando não voltar a pensar naquele acidente.
         A viagem até a escola foi tranquila e silenciosa, eu gostava de como minha mãe me compreendia ás vezes, sem eu dizer uma mísera palavra, ela lia meus olhos e sabia exatamente o que fazer. Desci do carro me despedindo e entrei na escola. As aulas passavam calmamente, até que o sino do intervalo tocou. Fui para o refeitório e lá eu avistei Isabella, fui até a mesa onde ela estava e me sentei, sorrindo ao vê-la.
          —Olha, se você não tivesse esses olhos verdes marcantes, eu nem te reconheceria. —ela disse me fazendo rir. Já fazia tempo desde a última vez que nós vimos.
          —E se você não fosse irônica eu acharia ter sentado na mesa errada. —gargalhei e começamos a comer. Ela me contou como tinha passado as férias de verão, e sobre várias coisas aleatórias.
          —Você é a Alysson? —uma menininha de cabelos loiros apareceu perto da mesa, olhando para mim.
          —Sou sim pequena, o que houve? —eu pergunto e ela retira um papel amassado do bolso estendendo a mão para que eu pegasse. Eu pego o papel a olhando confusa e ela chega mais perto dizendo:
          —Tome cuidado, e não conte isso para ninguém, pode ser perigoso. —ela saí andando e eu fico intrigada com sua afirmação. Rapidamente abro o papel e leio:
          "Ela não irá se safar, você perderá tudo e todos que ama, você sabe que a maldição não pode ser quebrada"
          Eu fico em choque com aquelas palavras, não faço a mínima idéia de quem tenha mandado isso e fico antônita encarando o papel.
          —O que houve? —Isabella me pergunta estralando os dedos em minha frente. Eu me preparo para respondê-la, mas a voz não sai, algo dentro de mim diz para eu não falar nada, sinto como se algo clamasse para que eu ficasse quieta. As palavras da garotinha ecoam em minha mente.
          —Nada, deve ter sido mais alguma brincadeira sem graça — falo enquanto tento me convencer daquilo. O bilhete claramente se referia a minha mãe, só podia ser ela. Travei o maxilar, começando a ficar apavorada. Me despedindo de Isabella, fui em direção a saída. Eu não podia mais ficar ali, eu senti que aquele bilhete não era só uma brincadeira de mal gosto. Algo me dizia que eu não sabia de algo, que eu precisava estar em alerta total.




           Oi gente bonita, tudo bom? Então, esse é o primeiro capítulo, e me perdoem qualquer erro de ortografia, não desistam da história.
            Quanto mistério no ar né? (Eu tentei) mas enfim, aí vai a imagem de como eu imaginei a menininha do refeitório:

            Quanto mistério no ar né? (Eu tentei) mas enfim, aí vai a imagem de como eu imaginei a menininha do refeitório:

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