• Capitulo 05 •

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"Por favor não me faça o ver!" eu disse a ela com um lagrimas nos olhos 

"Querida, eu nunca o faria você o ver! Se você quiser um dia o ver você me fala, se não quiser que se passe anos e nunca o verá! -senti ela acariciar os meus cabelos -E ainda mais, eu nem o conheço, nem sei como ele é" ela sorriu um pouco e passei a mão em sua bochecha que estava quente e limpei a sua ultima lágrima que caia 

"Vamos almoçar! Não me apetece falar sobre ele hoje" eu disse e me levantei e agarrei em um prato, coloquei comida em no mesmo e fui me sentar na mesa, Anne repetiu o mesmo processo que eu e nos sentamos, comemos em silêncio, um silêncio bom e confortante para mim. Terminei e coloquei meu prato na pia e subi para o meu quarto, tirei minha roupa e coloquei uma calça moletom e uma blusa preta regata, fechei as janelas do meu quarto e me coloquei de baixo das cobertas, agarrei nos meus fones de ouvidos e fechei rapidamente os olhos.


"Pai" gritei chorando enquanto caminhava em minha casa, olhava em volta tudo estava negro, não enxergava, estava cansada e com medo do que tinha na minha casa, em baixo da minha cama. Caminhei de vagar até o quarto dos meus pais e ouvi pequenos soluções e choros do quarto, encostei a cabeça na porta e vi uma fresta aberta, vi meu pai bater na minha mãe, ele batia em seu rosto, seus braços, puxava seus cabelos loiros e esmurrava seus olhos azuis, seus pernas estavam sangrando como a sua cabeça e tinha uma garrafa de bebida quebrada no chão, vi minha mãe cair no chão e sai correndo até ela. Senti uma mão repousar nas minhas costas e logo algo se quebrou em cima de mim, olhei para cima e vi meu pai com uma garrafa de bebida quebrada e minhas costas doíam mais que o normal. Minhas pequenas lagrimas se transforaram em gritos, eu gritava e olhava para a minha mãe desmaiada no chão, ouvi passos na porta e olhei para ela e vi aquele monstro sair porta a fora sem se importar com a sua filha ou esposa. 

Respirei fundo e rastejei até o banheiro sem me levantar, meu corpo doía e minhas costas se contorciam em dor e minhas lágrimas se transformavam em magoas e sentimentos, agarrei em uma toalha e coloquei água na mesma. Me apoiei na bancada e levantei, olhei meu pé que sangrava assim como minhas pernas cortadas pelo os cacos de vidro, olhei para as minhas pequenas mãos que haviam enormes rasgos e sangue nas mesmas, lavei elas com cuidado e limpei o pequeno machucado na minha testa, andei cambaleando novamente até a minha mãe e me sentei ao seu lado. Limpei todos os seus machucados no corpo e com muito sofrimento a coloquei em cima do colchão que tinha em seu quarto, me joguei ao lado dela e olhei para o teto, nunca senti dor maior, mas uma dor do coração isso doía, cuidar da sua mãe logo após seu pai bater em ambas e com apenas 6 anos de idade sofrer isso todas as noites durante anos. 


Acordei rapidamente e respirei fundo, limpei as minhas lágrimas que deixei cair enquanto dormia e olhei para a porta, pude ver minha mãe me olhar. Ela me olhava com dó o que me deixava com ódio, me levantei da cama e fui até o banheiro, passei aguá no meu rosto e minha nuca e sequei, fui no meu quarto novamente 

"Está mesmo bem?" ouvi minha mãe me perguntar 

"Por que não estaria?" disse com um pequeno sorriso e ela veio até mim 

"Porque não parava de gritar mãe e pai para de bater nela ou algo do tipo, e eu tenho a certeza que você não estava gritando por nada" ela disse e senti seus braços rodearam meus ombros e ela me virou 

"Apenas algumas lembranças dele, incrível eu nunca mais tinha sonhado com essas cenas mas hoje foi o dia certo para isso" limpei uma lagrima que caiu de lado e ela me abraçou 

"Vai! Vai sair hoje, falte esse semana no colégio! Tire um tempo para você! Pense, aproveite enquanto seus testes ainda não começaram. Você precisa disso" ouvi ela dizer e sorri e abracei 

sex killer [zm]Onde histórias criam vida. Descubra agora