• Capitulo 32 •

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Cheguei no restaurante com Liam e Zayn em cerca de 30 minutos, respirei fundo e adentrei o lugar com ambos de cada lado meu.

"Preparada?" ouvi Zayn perguntar e acenti levemente.

"Vai ficar bem, calma." Liam disse me consolando do outro lado.

"Espero que goste dele." disse sorrindo fraco e vi a minha mãe, comecei a andar e os garotos ficaram à três mesas de nós. O homem na mesa estava de costas para mim, ele tinha ombros largos e parecia ser musculoso, tinha os cabelos um pouco loiros e me parecia alto. A hora que minha mãe me viu seu sorriso se alargou e ela levantou da cadeira, o homem fez o mesmo gesto e continou de costas até que eu alcance ambos, cheguei ao lado dele e ele virou seu rosto para mim sorrindo largo. Meu rosto se teve em confusão e meu coração estava acelerado, minha pulsação devia estar estourando e eu estou suando? Abri a minha boca e minha mão largou a minha bolsa no chão, dei dois passo para trás e coloquei minhas mãos na boca enquanto piscava rapidamente e balançava a cabeça negativamente.

"Oh, meu Deus!" eu dei um meio grito e todas as atenções se voltaram para nós.

"Querida? O que você tem?" minha mãe disse preocupada e o sorriso do homem desapareceu.

"Pensei que ficaria feliz em me ver." ouvi a voz do homem repugnante a falar, e minha cara se fez em desgosto.

"Zayn!" eu gritei o seu nome. "Zayn!" eu gritei mais alto e as atenções ficaram todas em nós, senti dois braços a me rodiarem a cintura e eu ser pressionada contra a um corpo.

"Megan? O que foi?" ouvi Zayn falar perto de mim.

"Me leva daqui." eu disse baixo e ele franziu as sombrancelhas.

"Megan, você precisa ficar, tenho assuntos com vocês." ouvi Bob Willian falar, e eu o olhei.

"Eu tenho nojo de você, você matou um homem na minha frente quando tinha 7 anos de idade, você fez a minha mãe morrer! Você devia apodrecer na cadeia seu monstro." eu gritei em seu rosto e Zayn me prendeu mais a ele.

"Você é o pai dela! O cara que fez ela sofrer, que fez ela perder a vida, ficar cheia de traumas e pesadelos, fez ela te odiar até o resto da vida, saia da frente dela." ouvi Zayn cuspir na cara dele e uma lágrima descer do meu rosto.

"E você, rapaz? Se chama Zayn Malik, tem 21 anos, você não é tão diferente de mim. Já foi preso, mas se safou, morou um ano nos Estados Unidos e dois meses na Rússia, matou gente, vendeu garotos e drogas, roubou, matou o próprio pai. Não tem mais família, perdeu todos para um cara chamado Peter, de uma gangue, você matou a sua própria namorada quando ela casou com outro homem. Acho que você só é uma versão mais jovem de mim, rapaz" ouvi o meu pai falar do Zayn, virei meu rosto para o Zayn que mantia a expressão em branco no rosto, ele tinha uma linha firme e eu não podia acreditar no que ele falava.

"O Zayn pode ser que nem você, e eu sei disso, mas ele me deu amor quando eu precisei, me salvou e me ajudou e sei que nunca tocaria um dedo em mim, Bob." eu apontei um dedo no seu rosto e virei as costas saindo andando, informações, informações! Só isso que minha cabeça consegue adquirir.

Abracei o meu próprio corpo e mordi o lábio enquanto deixava o restaurante, comecei a andar para fora de lá. Eu fiquei feliz que ninguém veio atrás de mim, estava me sentindo melhor sozinha, sem as pessoas tentarem me alegrar. Eu só queria pensar que ele nunca voltaria ou que ele tinha morrido, isso era a minha melhor opção.

Meus pés estavam doendo por causa do salto e eu acabei por os tirar do pé e os carregar na mão, as ruas estavam desertas e eu não tinha o que pensar. Meu mundo desabou por dois minutos e parece que está voltando aos poucos, minhas pernas estão congelando mas eu não quero voltar e encarar o mundo real, eu só quero ficar presa nos meus próprios pesamentos. Eu sinto que posso desmoronar quando eu quiser, eu posso chorar quando quiser e correr sem ninguém me pegar. Respirei fundo e me vi perdida no mundo, literalmente, olhei em volta e não reconhecia aonde estava. Vi um bar com algumas pessoas e resolvi caminhar até lá. Limpei de baixo dos meus olhos e continuei a caminhar até lá, entrei no local e as pessoas ficaram me olhando. Me sentei na pequena cadeira de bar e fiquei olhando para as minhas próprias mãos, eu quero isso?

sex killer [zm]Onde histórias criam vida. Descubra agora