Capítulo 16

3.8K 142 14
                                    

Jantamos e na maior parte do tempo Rodrigo me encarava e ironizava, soltando indiretas e diretas, fazendo com que eu me irritasse.
Alan se despediu me dando um leve beijo, minha mãe conversava animadamente com Rodrigo, mas ele parecia não se interessar.

— O que acha de decorações bem floridas? Fiquei sabendo que é bom p chamar a atenção dos convidados.

— Uhum.

Disse olhando fixamente p jornal

— Amor? Está me ouvindo?

— Põe o que quiser Agnella, só não me enche mais o saco, porra.

— Vou dormir.. Boa noite.

Saiu cabisbaixa.

sei que o que está sentindo, e só de imaginar que eu tenho culpa nisso tudo, me faz me sentir um lixo. Me levantei e fui até a mesa, ficando de frente com Rodrigo que havia abaixado seu jornal e me soltado um olhar intrigado

— Se continuar tratando ela dessa forma, irei contar tudo!

Ele olhou para o lado soltando um sorriso debochado e voltou a me olhar sério.

— Ela nunca saberá.

Disse firme, sua expressão estava totalmente séria

— Ah é? É o que veremos.

— Escuta aqui.. Hã.. garota.. Se for inteligente, não irá contar, sabe que saíra perdendo.

Disse num tom desafiador me deixando cada vez mais irritada por duvidar de mim

— Eu não sei qual é a sua, mas eu também não me importo. Não tenho medo. Não tenho nada a perder.. ou.. tenho?

Ouvi sua respiração acelerar e pude notar que o ódio que eu estava sentindo naquele momento era recíproco. Segui até o meu quarto e me tranquei. Fiz minhas higienes e fui dormir. Bastava aquilo.

~

Acordo com sede e checo o horário que marcam duas e treze da manhã. Suspiro e me levanto com dificuldade pelo sono. Sigo até a cozinha e paro assim que vejo Rodrigo em pé, encostado na geladeira tomando água.
Tento voltar discretamente, mas acabo me esbarrando na estante de pratos, fazendo com que ele vire.

Seus olhos percorrem todo meu corpo, inclusive pelo fato do baby doll estar muito curto. Ele molha a boca com a língua e volta a beber água. Fico sem reação, parada, sem saber o que dizer.

— Vai ficar admirando minha beleza, é?

Pergunta bebendo sua água com os olhos fixados em mim.

— Vai te foder, cara!

Tento ser grossa mas não consigo irritá-lo, porque tudo ele leva na ironia. Passo por ele e pego minha água. Ele apenas me observa. Consigo ver que seus olhos cerram minha bunda. Como que um cara pode ser tão ESCROTO?

Me viro e termino de beber a água de frente. Ele sorri de lado e volta a me olhar fixamente.

— Não entendo porque fica com joguinhos.

— Joguinhos?

Sorrio ironicamente e ele retribui.

Bufo e vou até a sala, e o EMBUSTE vem junto.

— Você não sabe o quão fica bonita irritada.

— Perguntei, porra? Vai pra outro lugar caralho, para de me seguir.

Ele sorri

Que cara chatooooo

— Você me deixa louco.

Ele suspira por um tempo e logo vem pra cima de mim e me segura p que eu não saia.

— Sai de cima de mim, maluco!

Tento o empurrar mas ele segura mais forte e coloca minha cabeça de lado, depositando beijos molhados no meu pescoço.

— Não consigo sentir tesão num cara que fode com a minha mãe!

Estalos meus dedos em sua cara e ele me olha furioso. Sua respiração está ofegante e consigo sentir todo seu perfume.

— Eu não fodo com a tua mãe, porra!
Não vê que casei com ela por status? Eu não sinto tesão por ela!

— Como você tem a coragem de dizer tudo isso?! Seu babaca! Idiota, vagabundo!

— Você falando isso não me deixa puto, e sim com mais tesão.

Ele sorri e eu me levanto furiosa, vou até o raque e pego o controle. Jogo em sua direção, mas ele esquiva rapidamente.

— Precisa treinar mira.

Diz com um ar desafiador

— Oi.. Ouvi uma gritaria e resolvi vir ver o que era..

Diz minha mãe coçando os olhos

— Hã, o Rodrig..

Antes que eu pudesse falar, ele me interrompeu. Idiota.

— Eu tava tentando assistir tv mas o controle não pegava, por sorte a Patrícia apareceu na hora e eu pedi ajuda, mas parece que ela não sabe também. Não é, Patrícia?

Suspiro tentando recuperar toda a minha paciência

— Claro.

Sorrio ironicamente

— Ah, é que achei estranho o barulho..

— Eu joguei ele p ver se concertava. Bom, vou dormir, tchau mãe.

— Boa noite, querida. Durma bem. Não vai se despedir do Rodrigo? Poderiam já tentar criar uma relação.. Como pai e filha.

NÃO MESMO!

—  Mãe, por favor né? O Rodrigo lá tem idade de ser meu pai, não quero não. Considero um colega, pronto.

— Colega?!

Ele debocha com seu sorriso

— Não entendo..

Diz perdida

— Fui!

Saio antes que me perturbem mais e vou dormir. ISSO TUDO PORQUE FUI PEGAR UMA ÁGUA.

Indomável- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora