A Missão

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Catorze horas antes da operação.

Eram dez horas da manhã quando Rebeca despertou no quarto do seu apartamento na cidade de Diana. Usava apenas roupas íntimas em seus descansos, pois era sempre mais tranquilo, lhe deixando totalmente revigorada para qualquer ação, até mesmo um atraso.

— Essa não! Estou frita...

Deu um salto de sua cama em direção ao cômodo de lado. Estava bastante atrasada, a explicação da operação seria naquele mesmo dia ás nove horas e meia. E o capitão não iria gostar nem um pouco de seu atraso.

— Preciso correr, preciso correr, preciso correr.

Em meio a tamanha bagunça de seu quarto, não encontrava as roupas adequadas. Havia vestimentas em cima do cômodo, de uma poltrona e do criado mudo, mais roupas fora do que dentro do guarda roupa. Em meio à confusão tropeçara em um móvel, fazendo-a cair, mesmo com movimentos ágeis e tentando segurar-se em algo, caiu em um montante de panos. Eram tantas cores espalhadas que não conseguia desvendar onde diabos estava seu uniforme.

Encontrou apenas um sobretudo cinza escuro cheio de bolsos e bem longo. Ao puxar de dentre os panos, notou o símbolo de um cruzeiro atravessado por duas espadas e com letreiros, CAOS. Era sua salvação perante a situação. "Espero que este sobretudo me cubra bem." pensava por causa do que vestia, "posso trocar de roupa lá, será mais fácil do que procurar aqui.", resolveu, partindo rapidamente.

Mesmo com os avanços tecnológicos daquele tempo, a jovem era apaixonada por coisas antigas, sua moto era característica fundamental dessa paixão, enquanto que naquele ano um novo estilo de transporte caracterizada com sua semelhança a uma moto, mas totalmente diferente dos antigos. As motos daquela era usavam um material diferente nos pneus, eram parcialmente cobertos por uma camada protetora de aço, além de algumas ferramentas que auxiliavam a viagem. Todos utilizando a eletricidade, já que não era mais viável o uso de petróleo.

Sua moto era uma reconstrução de uma chopper, reformulado principalmente seu motor, para comportar o uso de eletricidade e potência de 130 cv. Seu chassi feito de uma liga de titânio com ouro, lhe deixou com uma estrutura altamente resistente. Com pinturas de retas e algumas curvas na cor rosa-choque realçando sua tintura de cor negra. Um sistema de trava elétrica, ligava apenas com um sinal de chip, o mesmo chip localizado no pulso de Rebeca.

A poucos passos de seu apartamento, ela entrou na garagem, passou a mão no sensor, fazendo-a ligar. E seguiu destino ao quartel general da cidade de Diana. O portão com sistema elétrico fechou após perceber que sua proprietária não estava mais.

Ela não gastou cerca de quinze minutos até seu destino. E já estava diante do seu local de trabalho. O Quartel general da cidade de Diana. Ele era equipado e preparado para toda e qualquer situação possível. Havia setores de treinamentos, setores executivos, um setor hospitalar, além de uma área escolar com biblioteca e um pequeno museu com artefatos pertencentes a generais antigos, e outros objetos importantes anteriores e posteriores à guerra. Com uma área de quinhentos mil metros quadrados, possuí sete andares superiores e três inferiores. Era a maior construção da cidade.

Do lado de fora, o ar ainda impregnado de poluição da antiga época reinava, dentro do estabelecimento um aroma doce e puro se sentia. A limpeza era algo levado a sério naquele local, similar a um cheiro de objeto novo, dava prazer a trabalhar naquele local. Soldados fardados com o padrão da organização entravam e saiam, desciam e subiam as escadas da entrada. Pouco mais ao centro, após a escadaria havia uma estátua de vinte e três metros de mármore negro, era um sujeito alto e forte, com vestimentas de soldados e padronizado com a CAOS, erguia um dos punhos cerrados em direção ao leste e uma expressão facial que incitava confiança.

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⏰ Última atualização: Oct 28, 2018 ⏰

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