Capítulo um

24 2 0
                                    

Um belo rapaz colocava seu antebraço sobre seus olhos e o outro se levantava da cama, indo de imediato na direção da porta. O belo rapaz parecia estar em algum dilema sobre a existência humana, e os seus significados, motivos e por aí vai. Ele então cria um pouco de vontade para se levantar da cama, após estar de pé, vai à escrivaninha e pega uma carteira de cigarros e ao seu lado, o isqueiro. Perguntava-se o real motivo de esta naquela situação, os verdadeiros porquês, mas nada lhe vinha à mente, ou apenas o mesmo bloqueia tal memória da mesma. Minutos fumando enquanto olhava o nada, e via que seu interior era mais vazio do que poderia ser imaginado, e ele ansiava por algo que o preenchesse por completo, e ele já sabia o que queria.

Alguém bate em sua porta.

"Thomas venha logo! O jantar está na mesa." gritou a senhora Hughes, a dona daquele bordel. Sem demoras, o rapaz decide apagar os resquícios de cigarro que ainda tinha em meio aos seus lábios rosados, pegou sua camisa branca social e a vestiu rapidamente, caminhando em passos largos até a porta, para finalmente colocar algo em seu estômago magro.

[...]

Quando se senta à mesa, já com seu alimento em mãos e em cima da bandeja. Thomas se sentia superior aos outros por diversos motivos: primeiro por ele ser um dos mais belos, ou senão, o mais belo de todos ali; Segundo por ter mais sessões e pagamentos altos que os outros; E por último, ele era o queridinho da senhora Hughes. Como não ser superior com todas essas opções? Pensava o Thomas enquanto comia sua sopa de carne.

"Como ele é metido! Queria que a senhora Hughes nunca tivesse o acolhido aqui." Eram o que quase todos diziam naquele bordel, principalmente os mais antigos. Thomas era um garoto que vivia mais na rua do que na sua própria casa, e isso resultou num garoto muito rebelde, e seus pais não queriam criar alguém assim, então o expulsaram de casa. Ele passou alguns anos na rua, vivendo com os mendigos, até que completou dezoito anos. Nesse dia, uma bela senhora vestida com terno, passava por uma das calçadas da Times Square, e nessa calçada que o pobre Thomas estava a pedir esmola. Ela parou em frente a ele, e propôs que o mesmo fosse virar o seu prostituto, pois embaixo daquela sujeira, tinha uma beleza quase surreal e que ele receberia muita atenção de si, caso fosse um bom prostituto, era o que ela havia lhe dito. Se fosse esperar algo de seus pais, nunca teria. Eles sempre brigavam por futilidades do trabalho, ou opiniões divergentes, e por alguma razão, sempre parava no quesito "Thomas e isso, aquilo. Faz isso ali, aqui. E etc." Cansado de ouvir essas asneiras, ele preferiu viver na rua, onde considerava o seu lar até receber está proposta da senhora Hughes.

Thomas deu um longo suspiro, e logo depois voltou a comer mais lentamente a sua comida. Lembrar-se desses fatos o deixava para baixo, e parece que alguém havia notado, já que esse alguém estava em pé à sua frente, era o que aparentava.

"Não fique assim" Disse a senhora Hughes, dando uma pequena pausa antes de começar a falar sobre coisas que o fariam mais feliz, era o que pensava. "Acredito que o motivo seja aquilo" Apontou para alguns rapazes e mulheres que estavam juntos a falar sobre assuntos banais. Thomas balançou a cabeça positivamente, a senhora Hughes deu um longo suspiro e colocou a sua mão sobre a testa, enquanto o seu cotovelo estava apoiado no balcão da cozinha. "Não ligue. São apenas crianças invejosas. Você tem uma beleza à qual é surreal, e lembre-se que você possui isso." Seu sorriso era sincero, era o que Thomas havia achado. Ele sorriu retribuindo a sinceridade, e a mesma se levantou, passando sua mão sobre os cabelos negros de Thomas, que sorriu com o ato, e logo depois continuou a comer a sopa que estava a sua frente. Ele estava feliz de ter achado alguém a qual tinha um pouco de afeição sobre si, assim como aquela pessoa.

[...]

Lá estava ele, deitado na sua cama, a qual estava fedendo a sêmen e a suor. Em seus lábios se encontrava um cigarro, a qual aparentava já ter sido usado antes. A fumaça se espalhava pelo cômodo que estava fechado, Thomas estava perdido em pensamentos, como o motivo de ter aceitado essa situação, e o motivo dos seus pais não terem lhe dado à devida atenção. Ele pensou em diversas formas de como poderia estar, se seus pais tivessem cuidado melhor dele. Um sorriso triste se apoderou entre os seus lábios, e com a sua mão direita, tira o resto de cigarro que restava, e o apaga com os seus dedos. Mas ele que escolheu aquela situação, então, não era nada mais que a obrigação dele aceitar as famosas consequências.

Ele levou o seu antebraço esquerdo até seus olhos, e se deixou entregar-se a tristeza que o consumia naquele momento.

Ele apenas era um jovem sem muitos objetivos, e o único que ele possuía era ter dinheiro até não acabar, de ter atenção de alguém que o amasse de verdade. Sua ganância por dinheiro e atenção levou-no a onde está. Lágrimas escorriam nas laterais de seu rosto. Seu choro era silencioso. Como se apenas ele quisesse ficar só, sofrendo por aquilo, o que de fato era verdade.

Depois de algum tempo, o mesmo foi ficando com sono, e se entregou ao cansado de ter ficado até tarde fazendo sessões com clientes que estavam frustrados com os seus altos cargos na política, em empresas e etc.

Será que os traumas que Thomas carregava em seu ser, seriam curados?

Algumas horas haviam se passado, agora Thomas se preparava para as suas sessões durante a noite. Onde vinham os clientes costumeiros, os ricos. Tinha um em especial, que parecia gostar muito do Thomas, sem mesmo terem conversado tanto ou querer conhecer mais sobre o passado do jovem rapaz. Ele parecia se importar com o prostituto, tão quanto os outros, que apenas se importavam com o corpo do rapaz. Porém, o Thomas apenas estava de olho nas riquezas que o aquele rapaz possui, e claro, também na atenção que recebia do mesmo.

Após se olhar mais um vez no espelho do tamanho de um quadro, pendurado em uma das paredes, que era lisa e na cor bege. O prédio a onde o bordel ficava, era deverás chique. A senhora Hughes fazia de tudo para que ficasse confortável para os prostitutos ficaram confortáveis dentro do estabelecimento de trabalho. E, às vezes, Thomas ficava feliz de tê-la conhecido, poderia ser outra cafetina, ou cafetão, que tinha a hipótese de colocá-lo em um bordel bem decadente, ou até, miserável. Thomas se sentia confuso de diversas formas, por diversos fatores, as quais ele não estava disposto a se lembrar naquele momento. Ele queria a sua mente limpa para se concentrar no qual ele sabe que é bom.

A porta do quarto e aberta lentamente. O quarto estava escuro, só a luz na lua, que refletia na janela, iluminava levemente aquele cômodo. Thomas nem se esforçava em enxergar quem poderia ser ele já tinha uma breve noção de quem era.

"Boa noite Senhor Cross" Thomas proferiu em meio a meio ao silêncio, que agora estava sendo cortado pela porta se fechando, e uma breve e linda risada sendo soada.

"Já lhe disse que poderias me chamar de Burton, Tony" Após ficar na frente da janela ao qual a luz da lua se refletia, Thomas podia ver o rosto pálido com traços impecáveis do Burton. Seus olhos azuis-acinzentados, que ganharam um brilho ao vê-lo. O seu sorriso perfeito, que a luz da lua refletia, e seus lindos cabelos castanhos claros, que eram devidamente cortados e alinhados. O seu corpo, que era mais luxurioso que qualquer coisa pecaminosa já existente, vestindo um terno preto, e sua blusa social estava desabotoada e sem a sua habitual gravata.

"Está preparado para essa longa noite, Burton?" às vezes, Thomas desobedecia às regras que eram impostas pela senhora Hughes, para assim, fazer o seu cliente se apegar mais aos seus serviços, e a sua beleza. Burton se aproxima lentamente da cama de Thomas, que se encontrava no meio daquele imenso quarto, ao qual Thomas dormia e fazia a suas sessões na maioria das vezes. O Sorriso de Cross se alargava a cada vez que via o rosto delicado de Thomas, e como desejava ele para si, em suas grandes e mãos ossudas. Em apertar suas nádegas em meio às estocadas de prazer, e ouvir aqueles lindos lábios, o seu nome saindo como um gemido, de vê-lo se tremer em meio ao prazer. Burton estava fervendo de excitação. Como ele queria ter Thomas apenas para si. Não queria mais dividi-lo com aqueles nojentos. Não queria dividi-lo com ninguém. Queria ele apenas para si. Só dele. Era isso que ele queria, é ele faria de tudo por isso.

Sem delongas, Burton ataca o Thomas com beijos, e depois, começa a tirar a roupa do mesmo, enquanto esfregava com seu dedão os mamilos do Tony, que tremia e arfava em prazer. E seria nesse ritmo que as coisas ficariam mais selvagens.



Program BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora