Capítulo Único.

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Taeyong era um empresário renomado. Era sempre requisitado nas empresas para reuniões e afins, quase nunca tinha tempo para seu ômega carente, desta vez não sendo diferente.

Passava da meia-noite e nada do lúpus chegar. O tailandês estava fulo da vida, havia perdido boa parte de seu tempo se preocupando em preparar um bom jantar, já que o maior havia prometido que chegaria mais cedo, e no fim, não ganhou nada além de passar horas esperando-o. Taeyong sequer ligou para avisá-lo sobre o atraso.

Resolveu esperá-lo com todo ódio em seu coração. Quem Lee Taeyong pensava que era para cometer um crime desses com Chittaphon?

Não negava: estava pensando em diversas formas de acabar com o seu lúpus, como forma nítida de esconder a falta que sentia dele. E com esses pensamentos sanguinários em mente, se pôs a esperar sentado na poltrona confortável, esta que estava tão deliciosamente confortável que adormeceu ali mesmo.


(...)


Acordou, horas depois, com o alfa barulhento e atrapalhado, chegando em casa. Ainda estava atordoado pelo sono, sem conseguir distinguir onde estava e o que acontecia. Então, aos poucos, retornava a si, enxergando melhor Taeyong deitando-se sobre o sofá prestes a tirar um cochilo qualquer. Ah, aquilo fora o estopim para Chittaphon; além de deixa-lo plantado, o jovem nem iria lhe dar um beijo?!

Levantou-se em supetão, caminhando até o alfa e desferindo seu ódio em forma de palmadas nas costas alheias.

- Lee Taeyong! Você me prometeu! Disse que iria chegar cedo em casa, e que iriamos aproveitar, e que iriamos jantar, e... Você prometeu! - Proferiu o moreno indignado.

O lúpus estava tão imerso em seu cansaço que sobressaltou num susto com os tapas. Mal havia chegado em casa e já era tratado de tal forma, se bem que... No fundo, ele esperava pela atitude. Sabia décor de como seu tailandês era, além de fazer dias que não tinham um momento a sós. Contudo, não deixou de ser uma surpresa para o mesmo ao se dar conta que o moreno esperava-o até tarde da noite, no fundo, estava feliz.

- Ei, ei! C-Calma! Seus tapas doem, sabia?! - Comentou entre risadas enquanto tentava esquivar-se das mãos ligeiras do moreno. - E jantar? Que jan-... - Nem Lee Taeyong acreditava em como era tão esquecido. O maldito jantar que tinha prometido.

O ômega esperto como era notou com facilidade o esquecimento do alfa. Não quis acreditar que ele havia esquecido. Seus lábios formavam um enorme bico e a frequência dos tapas era aumentada, estava frustrado. Definitivamente frustrado.

- E-Eu... Eu... Consegui tirar folga, sabia?! Pois é! Olha só, eu serei seu! - Continuou Taeyong numa tentativa falha de consertar a burrada. Seu coração doía ver aquela expressão triste no rosto do mais novo, sua consciência pesava de uma forma que... Céus. Sem dar fim as suas tentativas; aconchegou-se no sofá, podendo aproximar suas mãos às de Chittaphon, entrelaçou-as e o trouxe para seu colo.

- Você é um babaca, Lee Taeyong! Me deixou tanto tempo sozinho, sequer me ligou! Passa horas longe de mim... Às vezes penso até que não me quer... - Um suspiro longo escapou dos lábios finos do tailandês e o coração de Taeyong doeu mais uma vez. - Se for realmente verdade o que está dizendo, eu espero que me mime muito, entendeu? Eu entendo que o seu trabalho é importante, mas... Eu também sou! Eu sou o seu esposo!

Ten não conteu a pose durona por mais tempo, agarrou-se ainda mais naquele corpo forte e aconchegante. Cabia perfeitamente ali, até parecia que foram feitos sobre medida. Quanto mais se emaranhava, mais afundava seu rosto na curvatura do pescoço alheio; amava o cheiro de Lee. Sentia-se seguro e confortável com aquele calor, que sem notar estava distribuindo beijos cálidos e pequenos na região. Talvez, somente talvez, não havia sido uma boa ideia trazer o menor para perto. O ômega do ruivo, infelizmente - ou felizmente.- também estava cheirando muito bom, ah, não restava duvidas, o cio do outro estava próximo. Maldita situação. Maldita cabeça pervertida de Lee Taeyong.

To me you're perfect.Onde histórias criam vida. Descubra agora