Que tipo de demônio?
Esse demônio da qual me refiro simplesmente apareceu na minha vida e acabou se tornando a pior e melhor vítima que eu já matei. Dizem que anjos caem do céu, certo? Bem, essa garota rastejou para fora do inferno so pra me levar de volta com ela.
Ela superou todas as minhas expectativas, isso porquê ela era muito inteligente, calculista, louca e acima de tudo uma sociopata e masoquista.
Tudo o que eu tinha; minha vida, meus planos, tudo que eu havia levado anos para construir ela conseguiu destruir em uma semana. Ela teve poder suficiente para acabar com a minha vida de assassinatos literalmente com um estalar de dedos. Nem em meus piores pesadelos, eu nunca esperava encontrar uma pessoa que fosse quase cem por cento igual a mim.
Ai você pensa, "Não existe crime perfeito", mas aí eu lhe digo que desde que eu começei a trilhar esse caminho, nenhum de meus assassinatos, exceto o último, tinham sido descobertos. O crime perfeito existe, mas infelizmente para mim, o descuido também. Para ser um bom assassino precisa-se de uma mente instável, é essencial ter uma mente que faça o seu corpo fazer o que tem que fazer para cometer o crime e esse crime ser perfeito.
Minha mente era consideravelmente instável, tirando aquela maldita parte que era insana, e esse foi o meu descuido, esse foi o meu vacilo. Eu sou louco, muito louco, louco o suficiente para fazer certas coisas sem pensar. Eu já tinha dado um jeito nesse meu lado impulsivo, eu já estava acostumado a ter um plano feito antes de fazer qualquer coisa. Tudo estava indo perfeitamente, tudo de acordo com meus planos. Até, é claro, que minha mente revirou após me inundar em algumas garrafas de vodka.
Depois que eu sai da balada e sequestrei a professora, eu continuei com a minha rotina que era tão tediosa que poderia me matar.
Saia para trabalhar, voltava para casa, comia uns pedaços de carne humana, etc. Junto com muitas outras coisas banais do meu cotidiano.
Numa tarde de sábado eu estava em casa bebendo vinho quando alguém bateu na porta, era mais do que um pouco estranho porquê eu não estava esperando ninguém. Para falar a verdade eu nunca esperei ninguém vir a minha casa. Eu levantei, cheguei perto da porta e perguntei quem era. Foi naquele momento que aquela maldita voz falou comigo pela primeira vez, e posso lhe dizer que foi com bastante ironia.
- Olá senhor... Jasper Lincon Wood? Meu nome é Lucyl. - Ela deu um sorrisinho debochado e continuou. - Olha, se o senhor não se incomoda eu queria agendar um crime. -
Eu olhei pelo meu sistema de câmeras e do lado de fora tinha uma mulher alta, de pele branca com longos cabelos negros que na medida que ia se aproximando das pontas iam ficando vermelho, ela vestia calça jeans rasgadas, uma blusa preta simples e um tênis Allstar preto com os cadarços vermelhos. Ela olhou diretamente para a câmera e deu outro sorriso. - Então senhor Wood, vai me ajudar com esse crime ou não? -
Eu olhei para dentro de casa, não sabia como ela descobriu, mas sabia que ela ia querer alguma coisa pelo seu silêncio. Preferêncialmente eu iria garantir o seu silencio eterno. Então eu abri a porta e foi nesse momento que eu olhei a olho nu o demônio em pessoa na minha frente. Eu fiquei parado por um instante até que ela perguntou. - Não vai me convidar para entrar? Ou vai precisar me sequestrar como fez com aquela mulher no beco? Sabe, se é preciso disso tudo podemos planejar o meu sequestro, tenho certeza que isso o faria se sentir mais a vontade. -
Eu peguei ela pelo braço, a puxei para dentro de casa e joguei ela no sofá, e em seguida me aproximei dela e perguntei. - Como você sabe disso? -
Ela fez outra cara de deboche, como se tivesse falando com uma criança. - Como eu sei disso? Bom, eu estava na mesma balada que você e aquela mulher, eu vi vocês dois lá, eu tinha saído para ir para minha casa e estava esperando um taxi quando me deu uma vontade enorme de fazer xixi.
Ela sorriu e continuou. - Então eu entrei naquele beco, e no mesmo instante em que eu me abaixei a mulher apareceu com um homem, que era um gato por sinal, eles mal tinham começado o bem bom quando você acertou o cara na cabeça, depois eu só vi você acertando ela e jogando-a no porta malas do carro. - Ela se ajeitou no sofá e continuou falando, como se fossemos melhores amigos e ela estava me contando as fofocas do dia. - Depois de ver aquela cena eu desconfiei que você era o causador de todos os desaparecimentos pela cidade. Agora você me responde uma pergunta, porquê você só deixa o coração das pessoas para a polícia encontrar? -
Eu olhei bem no fundo dos olhos dela e pensei, "Ela não esta mentindo, ela realmente sabe que fui eu, embora não tenha prova nenhuma. Mas enfim, já que ela veio de bom grado até mim, não custa nada jogar com ela."
Eu me sentei na minha poltrona e comecei a conversar com ela, logo chegou o momento que ela disse que já ia embora. Concordamos num pagamento então eu levantei e fui caminhando até um balcão que ligava a sala com a cozinha. Então falei - As outras pessoas que matei me deram uma certa dificuldade no requisito sequestro, mas quando uma pessoa vem de bom grato até mim e ainda por cima me fala que sabe que eu matei varias outras pessoas, o assunto é bem diferente. Agradeço por você ter vindo, mas daqui você não vai sair. -
Então eu fechei a distância entre nós com largos passos, o bastão de beisebol preparado para o golpe, mas suas palavras me paralizaram. Sua voz estranhamente calma e confiante, quase alegre.
- Não precisa se incomodar. - Ela retirou de sua bolsa um comprimido e o tomou, seu corpo logo começou a ficar tonto. - Você gosta de matar, por isso estou te ajudando.- Fiquei ali, paralizado enquanto observava ela desmaiar completamente.
Porquê diabos ela fez isso?
Tentei chegar a alguma conclusão, mas so estava me dando dor de cabeça então a levei para o covil, tirei sua roupa e a coloquei na cadeira. Depois disso eu fui dormir.
Eu passei um bom tempo pensando no porquê que ela fez aquilo, só uma pessoa louca e com muita falta do que fazer da vida faria o que ela fez. Das duas uma, ou ela tinha problemas mentais ou ela tava muito drogada para fazer tal coisa.
Talvez os dois.
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Jogos de um Serial Killer | Entrevista *Em Revisão*
Misterio / Suspenso"O jogo é simples, as regras muito fáceis de seguir. Siga-as corretamente e você vive, quebre-as e eu quebro o seu pescoço com a mesma facilidade que se degola uma galinha. Não venha me perguntar o porquê que estou fazendo isso, não vai mudar nada...