23h19

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Mesmo que Isabella não esperasse nada para aquela noite, ela acabou ficando surpresa com os últimos acontecimentos. Fosse em ficar solitária durante metade da noite, ter de encontrar com um babaca no banheiro feminino, e o surgimento de uma nova e possível paixão de balada acontecendo.

Ela estava perdida. Ficar perto daquele garoto a deixava extremamente ansiosa, se esquecendo de praticamente tudo o que já aprendera sobre flertar em sua vida inteira. Era para ela se fingir de difícil? Quando ele a olhava e ficava tímido, ela deveria soltar um comentário e mexer no cabelo? Ele estava a achando agradável? Ela estaria agradável? Agora, milhares de perguntas rondavam sua cabeça, tantas que Isa nem tinha tempo para manter uma conversa com aquele rapaz extremamente bonito em pé.

De tantos caminhos entre seus pensamentos, um acabou parecendo-lhe o mais provável do que lhe acontecia agora. Mas ela não cederia tão fácil, não até que o rapaz passasse no seu tão famoso teste.

E ela temia que desse positivo. A possibilidade assustava. Quer dizer, quem pode se sentir apaixonado por alguém tão rapidamente assim?

Isa não lembrava quando fora a última vez que aquilo aconteceu, nem como foi. Mas sabia quais eram os requisitos para se saber. Ela gostava de jogos, e principalmente, quando utilizava este com algo impossível de se brincar, que era o amor. Os rótulos que dava ao que sentia a deixavam mais equilibrada, mas equilíbrio era tudo o que estava faltando nela desde que aquele dia começou.

- Bem, - o rapaz desviou o olhar de Isabella, disfarçando seu nervosismo perto da garota - qual o motivo para estar fugindo daquele jeito pela balada? - Isa olhou-o meio pasma. Não esperava uma pergunta dessas vinda dele. "É tão difícil começar apresentando-se pelo nome?" Pensou. - Quer dizer, se você quiser me contar. - Consertou sua pergunta.

Isa abanou a mão de leve na frente do corpo como forma para aliviar a tensão.

- Tudo bem. Não tem problema. É só que eu acabei encontrando com um machista assediador do caralho dentro do banheiro feminino.

- Banheiro feminino?! - Questionou.

- Pois é. Ele disse que "não se pode impedir um animal quando se está na área de caça".

O rapaz bufou, e Isa achou amável como ele ficou com as bochechinhas cheinhas, completamente fofo.

Primeira questão resolvida. Isa o achava fofo.

- É impressionante como os homens me surpreendem cada vez mais, não se dando respeito às mulheres, agindo feito lobos no cio o tempo todo. - Cruzou os braços, olhando irritado para baixo. - Dá até vergonha de ser homem, sinceramente.

Isa admirou aquilo nele. Nunca conheceu um homem que admitisse que o sexo masculino pode ser um lixo. Normalmente, os homens gostam de manter seu sexo como "seu maior orgulho" e glorificar o pênis como a salvação da humanidade e etc. Nem Yugyeom chegou tão perto de adquirir a admiração de Isabella quanto à respeito disto, pois ele vivia insistindo quando Isa falava "homem não presta" que nem todos eram assim, havendo exceções.

Para Isa, o mais próximo de excessão era aquele que admitisse como é sua verdadeira natureza. E o homem com quem conversava agora, foi a sua magnífica descoberta.

- Concordo, homens não prestam. - Ela assentiu, também cruzando os braços. O rapaz a olhou de soslaio, sorrindo de lado, mas não dizendo nada.

Isa, cansada daquele silêncio, tomou o primeiro passo.

- Qual o seu nome? - Perguntou, torcendo para que sua frase não tenha saído interesseira demais.

- Jackson, e o seu?

one night [⭐] jackisaOnde histórias criam vida. Descubra agora