Capítulo 9

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HANSEONG — D. JOSEON,
HÁ CERCA DE 600 ANOS

O dia já havia amanhecido e Taehyung se encontrava desacordado escorado sobre o corpo da Majestade

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O dia já havia amanhecido e Taehyung se encontrava desacordado escorado sobre o corpo da Majestade. Não de forma que o apertasse ou o prejudicasse, apenas repousava ali o pouco tempo que conseguia. Havia deitado a cabeça delicadamente sobre o coração de Yoongi na noite anterior, feliz por ouvir sua pulsação e sentir sua temperatura corporal normalizada. Ele só abriu os olhos quando sentiu algo se mover abaixo de si, e levantou-se de imediato. Arregalou os orbes oculares ao perceber que o homem enfermo tinha sua testa franzida, enquanto murmurava algo incompreensível. E não parecia ser algo bom, definitivamente. Porém, sentiu-se aliviado ao ver os dedos pálidos do amado se mexerem por reflexo.

— Majestade? — chamou, observando suas reações. Ele continuou balbuciando palavras desconexas, movendo a face de um lado para o outro. — Yoongi-ssi, acorde!

Dessa vez, tocou o rosto do menor com delicadeza, dando leves tapinhas a fim de despertá-lo.

E de repente, as íris acastanhadas do rei foram reveladas, e ele sentou-se rapidamente enquanto um grito sôfrego saiu de sua garganta:

— NÃO! NÃO, NÃO, POR FAVOR!

Sua respiração era audível, ele ofegava. Sua testa estava úmida de suor, e dessa vez não era febre.

— Você está bem, Majestade? — A voz de Kim deixava claro sua preocupação, e ele tentou não tocar no nobre, ainda que sua vontade fosse apertá-lo em um abraço protetor. Mas não precisou reprimir, pois quem tomou a iniciativa foi o próprio Yoongi, que enroscou seus braços ao redor da cintura definida do curandeiro, e enterrou seu rosto no peitoral grande e confortável dele. Só então, Taehyung cedeu ao seu desejo, e correspondeu, o envolvendo com todo seu corpo. Inclinou-se a fim de abrigá-lo com seu calor, até encaixar seu queixo no ombro do soberano. — Por que você gritou apavorado?

— Eles estão vindo, Tae Tae. Os elfos querem me matar... — falou contra as vestes sedosas do maior, tendo sua voz um tanto abafada. As lágrimas que surgiam constantemente dos seus olhos umedeciam o tecido. Nem mesmo reparou que havia chamado o rapaz alto pelo apelido carinhoso que usava quando criança. — Eu não quero morrer, por favor!

Tae Tae. Alguns calafrios internos foram involuntários no interior do Kim ao ouvir o outro lhe chamar assim. Ainda sem soltá-lo do abraço, e ele não queria soltá-lo nunca mais, tentou acalmar Yoongi com suas palavras doces.

— Shhhh. Acalme-se, Majestade. Nada mais vai acontecer com o senhor, pois estou aqui e vou protegê-lo. Tudo bem? — Não sabia dizer por que tinha voltado a ser formal com o garoto que amava, mas simplesmente foi o que fluiu de seus lábios. Por mais que a formalidade lhe rondava nas palavras, a intimidade era presente em suas ações.

Min ficou silencioso por alguns instantes, sendo tranquilizado aos poucos pelo conforto daquele momento. Era gostoso sentir os braços grandes do curandeiro real cuidarem de si com tanto carinho. O cheiro dele era envolvente, viciante, e mais do que tudo, o fazia sentir-se seguro. Tinha a orelha esquerda bem no centro do peitoral dele e o som do seu órgão cardíaco palpitando suavemente contra a parede interna fez com que seus músculos relaxassem. Era difícil criar coragem para se afastar do rapaz alto, pois a melhor coisa que poderia receber de alguém era aquele abraço reconfortante.

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