One Last Goodbye

Ter uma noite tranquila era algo raro naqueles dias, dias terríveis que pareciam nunca ter fim. Longe dos amigos que eram por assim dizer sua família, James e Lilian Potter viviam em alerta constante, com medo de receber um patrono com a noticia da morte de um de seus amigos, pois a mais ou menos uma semana, Lilian recebera um patrono de Sirius Black dizendo que uma de suas melhores amigas, Marlenne Mckinnon e sua família haviam sido assassinados por Comensais. Aquela noticia deixou Lilian arrasada, chorara copiosamente e apesar de dizer ao marido que estava bem, ainda não superara a perda e por mais que James disse-se que a culpa não era deles, pois Lilian acreditava que os Comensais foram atrás de sua amiga na esperança de que sobre tortura ela revela-se onde eles estavam escondidos, Lilian ainda chorava quando o marido não estava por perto.

Sentado na sala vendo o filho completamente entretido com as fumaças multicoloridas que fazia sair da varinha, James Potter pensava onde e como estariam seus melhores amigos.

Rabicho estava escondido em uma cabana, que somente Sirius e Dumbledore sabiam a localização, por Pedro ser o Fiel do Segredo, ele precisava se esconder como eles. James teria feito de Sirius o fiel, mas o amigo o convencera de que não era seguro, que escolhê-lo seria obvio demais e James fora obrigado a concordar. Almofadinhas era como um irmão pra ele, desde o primeiro dia em Hogwarts os dois se tornaram inseparáveis e disso todos sabiam.

Então ele sugeriu Remo, mas os outros não aceitaram, pois desconfiavam que ele pudesse ser o espião que Voldemort colocara entre eles, e foi o que bastou para James explodir de vez. Há dias ele estivera ansioso e irritadiço, ficar parado e escondido enquanto pessoas se arriscavam por ele e sua família, fazia com que ele se sentisse inútil e agora vem lhe dizer que seu amigo era um espião? Um traidor? Aquilo foi demais. Aluado era, depois de seu Lírio, a melhor pessoa que ele já conhecera, mesmo com seu probleminha peludo Remo era e sempre seria inegavelmente bom! Por mais que James argumentasse não permitiram que ele fizesse de Aluado o fiel, o que o deixou ainda mais irritado. Desconfiar de um amigo? De um melhor amigo? Nunca, jamais! Ele morreria, mas nunca desconfiaria dele ou de qualquer um dos outros.

O que mais o preocupava era Sirius, ele sabia que o amigo sabia se cuidar, mas por outro lado, ele era impaciente e impulsivo, qualidades que os dois compartilhavam, mas James tinha Lilian para mantê-lo quieto e sobre controle, Sirius era como adorava dizer, um espírito livre. Isso tudo aliado ao fato de que não dera noticias desde o patrono que mandara para avisar da morte de Marlenne e que Remo sumira sem deixar rastros, estava o deixando louco.

Harry bateu palmas e soltou uma risada gostosa quando as fumaças produzidas pelo pai adquiriram a forma de um lobo, de um cão e um rato, fazendo com que o pai despertasse de seus devaneios.

Todas as aflições que assolavam James desapareciam quando via o filho rindo. Tudo aquilo era por ele, para mantê-lo seguro. James não entendia o porquê de Voldemort querer mata-lo. Por Merlin, ele era só um bebê!

Lembrava-se com clareza do dia em que Dumbledore foi à casa que um dia fora de seus pais, trazendo a noticia de que o Lorde das Trevas queria o pequeno Harry morto. Lilian perguntara o porquê, com grossas lagrimas descendo-lhe pelo rosto, enquanto apertava a barriga, já no nono mês de gestação, como se com aquele gesto pudesse proteger o bebê que crescia em sue ventre.

Dumbledore dissera que uma profecia havia sido feita, sobre um menino nascido no fim do sétimo mês, filho de bruxos que enfrentaram Voldemort três vezes e que teria um poder que o Lorde das trevas desconhecia. Dumbledore não sabia como, mas Voldemort ficou sabendo da profecia e estava vindo atrás deles. Chocados e confusos, mas principalmente preocupados com a segurança do filho, aceitaram sair de casa e ir para outra, escondida e sobre proteção da Ordem.

Desfrutando daquela noite tranquila, os Potter’s nem imaginavam o que iria acontecer. Eles não sabem que Rabicho, o amigo que escolheram pra ser o fiel do segredo, saiu do esconderijo para se encontrar com seu Mestre e passar para ele a precisa localização do menino.

Não estou fazendo nada errado, pensou Rabicho, o Lorde das trevas só quer ao menino, se o Pontas ficar fora do caminho nada acontecerá a ele, o mesmo não posso dizer sobre Lilian, ela é uma sangue ruim e o Mestre odeia sangues ruins. Talvez Pontas junte-se a nós, ele é forte e poderoso, saberia fazer a escolha certa, ainda dava tempo. Mas lá no fundo não era isso que Rabicho queria, ele sempre vivera a sombra dos amigos, o menos popular, o menos importante, mas agora era diferente, ele era o poderoso, ele era o importante, ele daria ao Lorde das Trevas o que ele mais queria algo que nenhum dos outros Comensais pode dar.

Enquanto Rabicho se encaminhava para sentir seu minuto de poder e importância, Remo sofria nas mãos de lobisomens muito longe dali, tentando bravamente trazê-los para o lado certo, Dumbledore confiara aquela missão a ele e ele não podia, não iria decepcioná-lo, não Dumbledore que mudou sua vida e o deu a possibilidade de fazer amigos de verdade, amigos pelos quais seria capaz de morrer.

Sirius estava caçando sua prima Bellatrix Lestrange. A maldita tortura Frank e Alice Longbottom ate levá-los a loucura, isso ele não contara e Pontas e Lily, não conseguira, eles já estavam sobrecarregados demais. Ele acharia sua priminha, por Frank e Alice, mas principalmente por Marlenne, ela sabia que fora a prima que a matara, durante um duelo da Ordem contra Voldemort e os Comensais Marlenne subjugara Bellatrix e com o orgulho de comensal ferido, Bellatrix fora até a casa de Marlenne e a matara, não só ela, mas toda a família! Aproveite seus últimos momentos priminha, pensou Sirius, porque eu vou acabar com você.

Enquanto isso, em Godric’s Hollows, um portão se abria fazendo um pequeno ruído e um homem encapuzado adrentava a residência dos Potter’s. O feitiço fidelius fora desfeito e o Mestre das trevas estava a poucos passos de acabar com a única ameaça ao seu poder.