𝐥𝐨𝐯𝐞𝐬𝐢𝐜𝐤 | 𝐦𝐢𝐧𝐬𝐮𝐧𝐠 DESCONTINUADA

042 + narrativa

Parte 2 ↓

A música entrava por um ouvido de Minho e saía pelo outro, sem antes dar uma valente pancada no seu cérebro. Quem raios tinha colocado a música assim tão alta?

Minho tenta se desviar das pessoas que dançam como se não houvesse amanhã e, em algum momento, pega na mão de Jisung e segura-a com força, não deixando o mais novo perder-se na multidão. Deviam ser já onze horas da noite e, surpreendentemente, nenhum vizinho fizera queixa do barulho à polícia.

Lee guiou Jisung até um dos sofás de cor castanha da sala de estar e ambos sentaram-se. Minho procurou Felix e Changbin com os olhos, mas não os encontrou em lado nenhum.

— Felix estava meio bêbado quando cheguei... — Minho gritou por cima da música, de modo a que Jisung pudesse ouvir e o último referido arregalou os olhos.

— Felix nunca bebeu na sua vida! Será que ele está bem?

— Ele está com o Changbin, por isso não te preocupes. Agora temos que...

Minho atrapalha-se nas palavras quando sente um peso morto cair em cima de si. Sem saber bem o que fazer, Lee espeta um dedo nas costas da pessoa e tosse de uma maneira interrogativa. Sem obter resposta, Minho leva as suas mãos à cara do desconhecido e suspira quando descobre quem é.

— Hyunjin?

— Hmmmmmm....

Jisung observa a cena com um certo desagrado. Minho era demasiado bonito e amigável, era normal que tivesse vários amigos. Afinal de contas, o estranho, esquisito e solitário ali era Han Jisung. O mais novo observa as figuras da pessoa bêbada nos braços de Minho e sente-se ligeiramente mais irritado. Era um rapaz muito bonito, definitivamente alto por causa da altura das suas pernas e este agarrava-se a Minho como se tivessem uma intimidade de, pelo menos, seis anos.

— Hyunjin, está tudo bem?

Minho tenta afastar o grandalhão de cima de si, porém este agarra-se ao seu tronco com mais força, como se Lee fosse alguma cama confortável.

— Hyunjin, onde está o Changbin?

Hyunjin apenas grunhe e Jisung sente-se a mais. Por alguma razão, era demasiado desconfortável observar Leeknow e a preocupação que este tinha pelo desconhecido no seu colo. O seu olhar, as suas ações, tudo o que Lee fazia transbordava carinho e Jisung estava num estado de espírito tão desagradável nestes dias, que não conseguiu controlar a decepção quando viu Minho tratar alguém da mesma forma que o tratava.

Subitamente fez-se luz na sua mente. Será que este era o rapaz por quem Leeknow estava apaixonado?

— Hyunjin, quanto bebeste? Hyunjin? Hey?

Minho estava desacreditado. Então Hyunjin fazia parte do grupo de pessoas que adormecia sob o efeito de álcool!? O mais velho leva a sua mão aos olhos e suspira, sem saber o que fazer. Observa Jisung pelo canto do olho e vê que este está preso em algum pensamento indecifrável.

— Jisung, peço imensas desculpas, mas podes procurar o Changbin? Tenho quase a certeza que ele está na cozinha. É que não posso deixá-lo sozinho... — Minho aponta para o gigante em cima de si, cujo peso impedia Minho de levantá-lo.

Jisung não deu uma resposta imediata. Em vez disso levantou-se e disse somente algo antes de ir embora.

— Fazem um bonito casal.

Changbin acabou por aparecer momentos depois, acompanhado por um rapaz de aparelho dentário e ambos seguraram o peso morto de Hyunjin e levaram-no para um local onde pudessem mantê-lo debaixo de olho. Antes que fossem embora, Minho perguntou onde estava Jisung e Changbin franziu o cenho.