Em um futuro onde a 3° Guerra Mundial, também chamada de Guerra Dos 30 Dias causou a destruição global o mundo caiu em um completo caos de fome, falta de recursos, desastres naturais e radiação. As nações que sobreviveram a esses dias de terror deix...
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O corredor metalizado era silencioso o bastante para alguém conseguir ouvir os seus próprios batimentos cardíacos, mesmo depois de um certo tempo os meus ainda estavam acelerados seja pela ação de minutos atrás ou a expectativa do que em breve veria. Segurava firme a arma que agora estava arranhada denunciando o que havia acontecido mais cedo no topo das muralhas, mais um combate as aberrações que sempre faziam suas tentativas de adentrar nossa cidade, até agora tentativas sem sucesso. Agora eu guardava a muralha e vendo tudo lá de cima conseguia entender o quão importante era minha função, aquela era a última cidade construída do nada que se tornou o mundo após a guerra e não seriam aqueles seres vindos de fora que destruiriam meu lar.
Segui o imenso corredor que passava por dentro da muralha até chegar a sala onde aqueles que foram capturados estavam contidos em suas celas, realmente fazendo jus ao título que carregavam. Nunca havia visto uma aberração e em uma descrição rápida via somente um amontoado de panos sujos, rostos cobertos por máscaras velhas e grotescas e sem dúvida traziam consigo todo tipo de contaminação do mundo externo o que era letal para todos nós, passava o olhar pelas celas e no total sete foram capturados e estavam prontos para voltarem de onde vieram.
— Finalmente senhor Trant, agora que estão todos aqui podemos começar. — O homem grisalho saiu detrás das celas e mesmo se não quisesse exibir era impossível não notar as medalhas que carregava no peito, todas as suas muitas condecorações. — Pois bem sei que alguns chegaram recentemente e dispenso apresentações pois devem saber quem eu sou e como procedemos aqui.
Realmente ele dispensava apresentações, era o General Lewis famoso por suas façanhas no combate as Aberrações e claro proteção da cidade, era o comandante do exército, nosso ministro da segurança e meu superior aqui nas muralhas. A porta da cela se abriu e ele entrou ao mesmo tempo que engatilhava e destravava a pistola, seus passos eram lentos e todos estávamos atentos para o que ele iria fazer embora já soubéssemos dos protocolos. Confinar, identificar e eliminar, era isso que deveríamos fazer sem pensar ou discutir e sem se ter nenhum contato com as Aberrações, eles não tinham o direito de falar conosco e nem nós queríamos falar com eles.
— Essas criaturas são um perigo para a nossa paz, nós reconstruimos o mundo das cinzas e estes que não se encaixam querem destrui-lo mais uma vez... — disse e encostou o cano da arma na nuca da mulher, estava suja e desgrenhada e algemada de joelhos a frente dele — Mas nós não iremos deixar isso acontecer, vamos defender ALPHA que é o nosso lar.
— Malditos, não podem nos matar também temos direito a essa vida e essa cidade. — A aberração esbravejava enquanto tentava se soltar desesperadamente, as algemas a cada vez que se debatia apertava ainda mais seus pulsos fazendo a mesma emitir uma mistura de gritos de dor e indignação. — Não são os donos do mundo não podem fazer isso, todos estão errados e enganados somos pessoas como vocês não deixem que façam isso conosco.
Ele retesou a arma somente para baixar novamente com toda força contra a lateral da cabeça da mulher, o sangue espirrou deixando pequenas gotas no vidro transparente e uma aberração tonteada porém ainda firme em seus joelhos, a mira foi ajustada e o gatilho foi puxado logo em seguida e um feixe concentrado saiu do cano da arma sem fazer quase nenhum barulho. O corpo amoleceu caindo com um barulho seco no chão, e logo abaixo dele uma poça de sangue começava a se formar manchando o piso metálico e perfeito, podia ver os olhares vidrados das aberrações a medida que entrávamos nas celas e assim como o General apontavamos as os fuzis para cada um esperando somente a ordem final, meu dedo estava no gatilho e não me permitiria hesitar naquele momento de maneira nenhuma, tinha plena convocação de que não estava fazendo nada de errado e que aquele era o meu trabalho e era pelo bem do meu lar e de quem amava que fazia aquilo, eu estava defendendo não somente a mim mas também o que restou do mundo e nosso mundo era perfeito sem aberrações.
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Prometi que ela chegaria e chegou, por enquanto só esse prólogo rapidinho pra vocês sentirem o clima de como as coisas vão rolar... aguardem os próximos dêem uma moralzinha com a famosa ☆ e comentem se puderem... até mais e beijocas 🔹💙
