I love you since i've met you | 2º temporada de "Together, Forever" ✔️

8. Não a posso deixar fugir

# Marco On #

Estava desejoso de chegar a Madrid e estar com a Carolina mas acho que as coisas não são tão fáceis assim, não é?!

Pior que isso tudo é ter a Marta sempre em cima de mim, nesta semana fiquei com ela pelos cabelos, por muito que esteja magoado com a Carolina é ela que eu amo e não a loira. Preciso mesmo que ela volte a confiar em mim mas eu também estou magoado.

Magoado pq ela se veio embora, magoado pq ela me abandonou em Mallorca, pior abandonou-me a mim e aos filhos. Percebo que ela esteja mal e triste mas não precisava de me abandonar, os bebés precisam dele e ela foi egoísta.

Uma coisa eu tenho que meter na cabeça, não a posso deixar fugir.

Pior foi quando cheguei e vi que o meu irmão e ela se dão demasiado bem, não sei se isso foi pior do que ver uma mala com roupas dela encostada ao armário do nosso quarto, quarto esse que ela nem deve ter entrado nesta semana, ou muto me engano, ou dormiu os dias todos no quarto dos gémeos. Quero ver onde pretende dormir hoje.

Estava perfeitamente na sala com a companhia da Carol quando a Marta se lembra de atirar um "Queres que te faça o teu chá?", vi que a Carolina ficou incomodada e entrei num jogo perigoso ao dizer que sim mas queria ver a reação dela. Perguntam qual foi? Nenhuma, ficou calada, sei que no fundo ficou magoada, ainda mais, mas sei que quando a Marta se for deitar e os gémeos estiverem a dormir, vou puder conversar com ela, espero eu.

Quando a Marta me trouxe o chá foi para cima pois um dos gémeos estava a chorar, eu sei que ela tenta ser ama, mas não é grande ama realmente.

Olhei para Carolina e ela estava concentrada na televisão.

Marco "Achas que podemos falar?"

Carol "Queres falar sobre o quê?" disse fria

Marco "Sobre nós"

Carol "Ainda há um nós?" olhou para mim com um olhar quase mortal

Marco "Eu amo-te"

Carol "Nem sempre o amor chega" abanou a cabeça e olhou para as mãos "Eu comprei uma casa" quando ela proferiu aquelas palavras juro que morri, ela estava a abandonar-me definitivamente, estava a ir-se embora, poderei ter sido tão estupido ao ponto de pensar que deixá-la pensar uns dias sozinha iria ser benéfico para mim? Não a quero perder, nem quero nem posso!

Marco "Não!" disse bruto, o que a fez olhar para mim chocada, até eu me arrependi logo mas tinha que parecer duro "Não nos podes abandonar assim!"

Carol "Eu preciso de pensar muito Marco" começou devagar "Nós só discutimos e não nos entendemos"

Marco "Os bebés precisam de ti" disse ao aproximar-me mais dela no sofá

Carol "Eu penso estar com os meus filhos" disse a medo, presumo que da minha reação

Obviamente que nunca a ia proibir de estar com os filhos, embora em conversa a Marta tenha dito que o melhor seria lutar pelos bebés senão a Carolina tirávamos, nunca lutaria com ela pelos meus filhos, ela é mãe e merece estar tanto com os filhos como eu.

Marco "Não faz sentido ires-te embora, esta casa é enorme, nem me precisavas de ver!"

Carol "Não quero discutir" levantou-se e eu agarrei-lhe o braço e sentia todo o choque elétrico que percorreu tanto o corpo dela como o meu, tinha tantas saudades dela, dos carinhos dela, do amor dela, do sexo com ela, dela.

Marco "Eu sei que errei mas preciso de ti" fiz cara de carneiro mal morto e senti um pingo de pena na face dela mas logo mudou para tristeza novamente

Carol "Dá-me tempo" tirou a mão dela da minha e subiu

Encostei-me ao sofá, como é que é possível que esteja a perder a mulher da minha vida? Sou burro mesmo.

Adormeci no sofá e quando acordei a primeira coisa que vi foi a televisão ligada e que eram 4 da manhã, desliguei-a e fui-me deitar. Tal como previa a Carolina estava a dormir no cadeirão dos bebés, enquanto eles dormiam profundamente, sem choros hoje, cada um no seu berço.

Dei um beijo a cada um e um beijo na testa à Carolina e fui dormir.

No dia seguinte quando acordei jurei estar a viver um sonho, mas depressa a realidade me fez voltar à terra e perceber que tinha que me levantar.

Desci de modo a sair para o treino e vi Carolina encostada à mesinha da sala a escrever um papel, aproximei-me e ela assustou-se.

Marco "Não era minha intenção assustar-te" disse sorrindo fraco e ela suspirou "Bom dia, onde vais?" perguntei curioso

Carol "Vou para minha casa" disse a medo

Marco "Tem mesmo que ser?" olhei-a nos olhos e estavam cheios de mágoa

Carol "Tenho algumas coisas para arrumar e preciso de pensar, a Angela vai estar lá"

Marco "Prometes-me que pensas com carinho?"

Carol "Preciso de pensar Marco, ambos precisamos de tomar decisões e essas decisões vão influenciar o nosso futuro" disse olhando-me no solhos "Eu depois falo contigo sobre os gémeos" deu-me um beijo na cara que me pareceu mel e saiu com duas malas na mão

À espera dela estava Igor, começo a não gostar, seriamente, da aproximação dele a ela.

Comi uma fruta e fu para o treino, talvez dos piores treinos que fiz em praticamente toda a minha carreira, o que vale é que toda a equipa não estava a viver um bom momento e passei mais despercebido mas até tenho vergonha de enfrentar os meus colegas.

Cheguei a casa e Marta estava a ver televisão enquanto que os bebés brincavam no parque próprio para eles. Assim que me aproximei percebi que Angel não estava, apenas André.

Marco "O Angel?"

Marta "Boa tarde" sorriu e levantou-se "O Angel estava a chorar muito e eu dei-lhe o medicamento para as cólicas e meti-o na cama, ele calou-se e adormeceu"

Marco "Portanto achas que drogar o meu filho é a melhor solução?!" disse num tom alto o que fez André chorar mas logo o peguei ao colo e o acalmei, pedindo-lhe desculpas

Marta "Não queria ..." falou baixo e baixou a cabeça

Marco "Começo a ficar farto dos teus erros"

Marta "Eu não pensei ..." interrompi-a

Marco "O problema é mesmo esse, tu não pensas" disse bruto "Vou ver o meu filho, não me chateies mais esta tarde" disse e virei-lhe costas quando ia a subir as escadas oiço-a novamente, num tom gelado

Marta "Ela foi-se embora, estás sozinho e descarregas em mim? Ela nunca te mereceu e vai-te roubar os filhos"

Subi o resto das escadas e quando cheguei ao quarto dos gémeos, deitei o André ao pé do Angel e como o sono já se fazia notar, ele logo se agarrou ao irmão e adormeceu em pouco tempo.

Já tinha saudades da Carolina e ela apenas se tinha ido embora de manhã, eu sabia que o choro de Angel não era devido às cólicas mas sim devido à ligação demasiado forte que ele tinha com a mãe, eram feitos do mesmo "material".

Iria fazer de tudo para ficar bem com a Carolina, mesmo que isso começasse com o procurar uma ama nova.

# Marco Off #