A continuação da história de Carolina e Marco , agora com André e Angel.
Altos e baixo de um amor que terá que provar que é mais forte que as chamas do inferno, um inferno que tem nome e cabelo loiro.
Não perca a segunda parte de uma história, int...
Dentro de quatro paredes, eu sei que são mais paredes mas para mim parecem sempre 4. Já passaram dois dias desde que cheguei a esta casa e há dois dias que não pego os meus filhos ao colo, o Igor disse que o Marco estava a pensar trazer os meninos e vir conhecer a casa e por isso acho que vou ter que ir ao supermercado comprar qualquer coisa para o jantar.
Os meus pensamentos do que vai ser o jantar foram, mais um vez, interrompidos pela campainha. Levantei-me e fui abrir e era o Igor.
Carol "Pensei que só vinhas logo"
Igor "Pensei vir mais cedo para ver como estavas"
Carol "Hum" sorri e deixei-o o entrar
Segundo a Angela, ele estava a começar a gostar de mim e eu queria tirar a prova dos nove.
Carol "Eu tenho que ir ao supermercado"
Igor "De pijama?" perguntou e eu olhei para a minha indumentária, ainda não tinha tirado o pijama
Carol "Vou me vestir e depois vamos?"
Igor "Sim, vai lá" sorriu e sentou-se o sofá pegando no comando
Vesti-me confortável a cima de tudo, umas calças de ganga e um top era perfeito para aquela altura do ano em que nem está frio nem está calor, está só bipolar.
Vesti um casaco fino e depois de chamar o Igor fomos até ao supermercado. Ele foi-me contanto que os meninos estão bem mas o Marco e a Marta não.
Carol "Mas o que é que se passou?"
Igor "Acho que foste tu"
Carol "Mas eles pareceriam estar bem" disse revirando os olhos
Igor "Eles estavam normais, ela só à tua frente é que se faz a ele"
Carol "A sério?" olhei séria para ele
Igor "Sim, quer-te fazer ciúmes Carolina"
Carol "E ele aproveita-se" disse olhando para as mãos
Igor "Ele ama-te" disse sério
Carol "Igor ... nós temos que falar" paramos no corredor dos frescos onde estavam menos pessoas
Igor "Diz" levantou a sobrancelha
Carol "Tu tens andado estranho ..."
Igor "Como assim?!"
Carol "A Angela e o Bertto repararam que andas muito atrás de mim e sempre preocupado, Igor eu ..." ele interrompeu-me
Igor "Carolina para aí" riu-se "Eu sei o que vais dizer e podes crer que essa conversa bastou uma vez" riu-se e eu levantei a sobrancelha "Eu explico, o Marco também me veio perguntar quais as minhas intenções contigo e eu digo-lhe o que te vou dizer agora, tu para mim és como uma irmã e sinto que te tenho que proteger, acredita em mim!"
Carol "Eu acredito" sorri e abracei-o "Não te queria magoar"
Igor "Só me magoas se não voltares para o Marco que eu já não o posso aturar" rimos os dois
As compras foram feitas e voltaram para casa. Depois de arrumarem as coisas, Igor senta-se no sofá e diz que o Marco lhe mandou mensagem a dizer que vinham daí a uma hora.
Sentei-me no sofá e publiquei a foto que tirei ao quarto dos meninos:
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O tempo passou demasiado rápido e quando me apercebi já estavam a tocar à campainha e acho que nunca fui tão rápido abrir a porta, tão rápido que ia caindo duas vezes e o Igor aproveitou para gozar, bastante. Abri a porta e quando vi que ele vinha só com os gémeos senti que o céu era azul novamente. Rapidamente o Angel se apercebeu de mim e esticou os braços a sorrir, peguei-o ao colo e apertei-o contra mim, ele meteu os seus braços pequeninos à minha volta e assim ficamos durante alguns segundos, apenas os dois, até que o Marco se fez notar e com ele André que, definitivamente, tinha saído por completo ao pai.
Entrei e dei passagem a Marco que depois de meter André no chão ao pé do tio, gatinhou até mim e o peguei ao colo, com dificuldade visto que aos 4 meses os gémeos já estavam bem grandes, demasiado até.
Depois de ficar com eles no chão da sala durante algum tempo, sempre com os olhos de Marco a observar, por vezes levantava o meu olhar e os nossos olhares cruzavam-se e posso garantir que nesses momentos sentia a minha alma a tocar no céu e voltar. Tinha e tenho tantas saudades deles, será que algum dia vamos voltar a ser o que éramos?
Quando já estava quase na hora fui para a cozinha, os bebés estavam mais para cá que para lá tanta foi a brincadeira. Quando já estava quase tudo pronto meti o jantar no forno e regressei à sala, os irmãos conversavam sobre um jogo qualquer que tinha dado no dia anterior, sei que o momento em que o Real Madrid estava muito se devia aos seus jogadores e ao espírito em que estava o balneário e o Marco não era exceção.
Carol "Agora é só esperar" disse ao chegar ao pé da caminha que tinha posto na sala para os gémeos, onde eles se encontravam a tentar combater o sono, ao menos estavam calados
Marco "Podes-me mostrar a casa?" disse levantando-se e estranhei a atitude mas se calhar o Igor tinha mesmo razão e a figura da Marta é que o influenciava
Carol "Claro" sorri e comecei a andar
Igor "Eu fico a ver os bebés" sorriu trocista e eu deitei-lhe a língua de fora
Fui andando pelo corredor, a casa não era muito grande e isso ajudava quando se trava de mostrá-la. Abri a primeira porta que era do quarto dos bebés.
Carol "Não é muito grande mas a casa também não o é" abri os braços mostrando o quarto em tons de azul, com duas caminhas "Foi a Angela que deu as almofadas e o Bertto que deu as caminhas" sorri ao lembrar-me da conversa com o rapaz, que embora não aceitasse que estivéssemos separados
Marco "Adoro mas acho que estavas melhor lá em casa" sorriu sincero e eu quase me perdi no seu sorriso mas rapidamente voltei à terra e sai do quarto mostrando a casa de banho, simples mas moderna e no fim o quarto onde eu dormia.
Entramos e logo um arrepio se fez sentir na minha espinha quando vi a foto de nós os 4 em casa 1 semana de ter dado á luz, Marco aproximou-se da cómoda e pegou na moldura sorrindo, aquilo fez-me tão bem.
Marco "O que é que nos aconteceu?"
Carol "Não sei ..." olhei para as mãos e ele pousou a moldura e aproximou-se de mim
Marco "Tenho saudades tuas ..." ia falar mas ele pediu-me que o deixasse falar e eu olhei-o nos olhos à espera "Tenho saudades do teu mau humor matinal, tenho saudades dos beijinhos na testa que me davas sempre que perdia um jogo, tenho saudade dos teus gritos quando o Atlético sofria um golo" ri-me e as lágrimas já se faziam sentir nos meus olhos e nos dele também "Tenho saudades do mau humor que ficavas quando eu dizia que o Atlético era fraco, tenho saudades da tua gargalhada, da tua maneira de ser, dos teus lábios, do teu sorriso, do teu cabelo" fez-me uma festa no cabelo e estávamos demasiado próximos "Tenho saudades de tudo em ti" disse a sorrir e lágrimas caiam em ambas as faces
Sei que estava a precisar, senti que precisávamos os dois e por isso peguei-lhe na cara e beijei-o, com saudade, com tristeza, com alegria e com tanta, mas tanta saudade.
