Capítulo único

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- Atrasado. - Falou com rispidez o rapaz que o esperou por longos minutos, na esperança de não ter levado um bolo. - Como sempre.


- Você é tão cruel. Eu tive um grande imprevisto no caminho. - Comentou recebendo um olhar fumegante. - Você não quer ouvir minha justificativa, não é?


- Como sempre inteligente. - Ele se levanta da cadeira e anda calmamente em direção ao homem alguns centímetros mais alto que si. - Mas, você já deve imaginar o motivo pelo qual o chamei aqui.


- Um chá? Ou podemos contar histórias de terror e ficar acordados o resto da madrugada. - Soltou um leve suspiro, logo olhando dentro dos olhos escuros do parceiro.


- Duas semanas. Eu vou ficar fora por duas semanas.


- Sede central de novo? Eles gostam de você, deve ter feito um bom trabalho. Você é tão habilidoso. - Ironizou.


E logo o mais alto iniciou um beijo calmo, que foi prontamente aprofundado pelo outro de maneira afobada.


- Você começou sem mim? - Ele pressionou a mão nas partes mais baixas do rapaz a sua frente, pressionando levemente os dedos ante sua ereção. - Que menino mau.


- E-eu... Eles já estavam... - Não adiantava, por mais que ele tentasse, sequer conseguia montar uma frase inteira. Como explicaria sua urgência de vê-lo? Como explicaria que se não fosse essa súbita vontade, sequer contaria de sua viagem?


Enquanto a cabeça do rapaz de cabelos castanhos estava lotada de pensamentos, os lábios do outro já percorriam seu pescoço de forma suave.


- Hoje, eu posso deixar alguma marca? Ou pretende ir a alguma piscina de hotel, no inverno? - Ironizou Kakashi.



- N-não abuse. Ahh. - Logo ele foi recuando para trás e encostou-se na parede, sendo pressionado por aquele corpo.


Seu corpo é maravilhoso, parecia o corpo de um anjo, se é que anjos eram tão bem dotados. Era tão perfeito que parecia ter sido esculpido no mais bonito barro, se é que ainda acreditava em alguma divindade.
Começou a ter sua camisa desabotoada, enquanto a boca quente do grisalho percorria seu pescoço, logo dando uma volta pela sua clavícula e finalmente chegando em seus mamilos.
E então notou que perdeu a noção de onde estavam as mãos alheias, e quando se deu conta sua calça já estava sendo prontamente retirada.


- Não... Não precisa ter tanta pressa. Ainda temos muito tempo. - Murmurou, fazendo com que o outro parasse.


- Ah, que ótimo. Temos tempo, então hoje você vai começar a me despir. - Sorriu de forma amável, e foi xingado mentalmente pelo outro que tentava controlar, falhamente, a própria respiração. - Faz tempo que não fazemos algo do tipo, não é? Sei que sente falta.


Ele ponderava retrucar, até que o outro se afastou da parede e caminhou em direção a cama, onde se sentou e fez sinal para que ele fosse até lá.
Não é que ele queria obedecer ao primeiro comando que lhe foi dado, mas em sua defesa suas pernas já estavam se movimentando sozinhas, até pararem em frente ao outro.

Call me senseiWhere stories live. Discover now