Dias e dias

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Existem dias e dias,
Que o silêncio canta
O coro feliz da impotência
De ser e ser

Há respostas caladas
De almas fechadas
Que se obrigam a viver
Por outros propósitos

Quê a de ser a existência
De um dia cinza, em vão
Senão aprendizagem
Ao imaturo coração?

São dias e dias
Que normalmente saram
Como sopro de mãe
Em recente machucado

É dor que aspira
A nossa fragilidade
Arde nos dias,
Lateja nas noites

Mas há dias e dias,
E os outros são melhores
Quando o Sol ressurge
Para nossa autonomia

Faz de nós fortes
Os independentes filhos
Da mãe terra, injusta
Como é todos os dias

E a nós poupam do chorar
A ferida ressentida
Ajudando a cicatriz
a suportar banhos quentes

Dias e dias formam o ano,
Em sorriso e não sorriso
Todos somos humanos,
Seres humanos têm
Dias e dias.

Minha Última Dança Onde histórias criam vida. Descubra agora