Primeiro o casulo, fechado, úmido, quente e escuro.
Depois uma pequena fenda - portal do tempo, aberto para o mundo, em todas as direções.
Ela é frágil e encolhida criatura, presa aos anéis do tempo.
Quase sem firmamento, sem ainda conhecer o horizonte, vê a luz que vai ao longe do seu perdido olhar.
Quer sair!
Rasgar as vestes de seda e compor-se em andrajos... ter os pés descalços.
Preâmbulo de horas - elaboração da fala, estrutura da personagem...
Uma estrela performática.
Palco, holofotes... tablados fortes!
Quem dera uma diva? Uma bailarina... ou a simples cortina que descerra o espetáculo...
Animal sem tentáculo?
Fragrância pura da flor e seu gineceu.
Solta!
Absorta!
É leve!
É lépida!
Borboleta solta pelo jardim que só quer voar.
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ENTRE BORBOLETAS E MARIPOSAS - As crônicas do meu jardim...
AléatoireHistórias reais da vida irreal que acontecem, aqui e ali e vão deixando marcas, pintando a alma, caindo todos os cômodos dos dias. Coleção de sonhos e desejos de instantes que imaginamos e de outros que simplesmente existem e compõem nossos caminho...