A bunda dele é a visão dos deuses!

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— Não acredito que você vai mesmo me obrigar a fazer isso! — choraminguei enquanto minha melhor amiga me puxava – arrastava – em direção ao apartamento que dividimos.

— Anjo, eu não 'tô obrigando ninguém. Eu só falei. Você vai, se quiser.

Chantagista. Hipócrita. Nojenta.

— Eu vou! Só porque você estava fazendo questão da minha ilustre presença.

Caso você não esteja por dentro das notícias, basicamente, Haeyoo – a vadia que está quase arrancando a minha mão com sua enorme delicadeza – está querendo me arrastar para o desfile LGBT que vai acontecer dentro de 3 dias.

Eu sempre apoiei muito todas essas causas – principalmente depois que minha melhor amiga se assumiu lésbica – mas nunca me envolvi seja em protestos ou apenas desfiles.

Ela está há pelo menos um mês atormentando-me para que eu a acompanhe junto com nossos outros amigos – digamos que eu faça parte de uma espécie de bonde LGBT sendo o único...sei lá, eu ainda não defini minha sexualidade – pelo motivo de que eu deveria me juntar a mais "pessoas como nós" já que, para ela, eu sou um "viado encubado". Mas o fato de eu ter secado a bunda – que aos meus olhos deveria ser fodidamente macia – de um outro cara não prova nada, certo? Certíssimo!

— Fico lisonjeada. — falou ironicamente destrancando a porta de número 37 e, finalmente, me soltando. — Mas não é como se fosse um monstro de sete cabeças, Jeongguk-ah. São apenas pessoas legais e pintadas bebendo, gritando, se pegando e por aí vai. É, basicamente, uma enorme festa gay ao ar livre. Você vai adorar, eu garanto.

— Contanto que você não tente me tacar em cima de algum cara, tudo bem.

— Eu não vou. — ela riu irônica. Não gostei nada disso.

[…]

— Hae, isso é necessário? — perguntei enquanto a garota transformava o lado direito do meu rosto em um arco-íris com suas tintas.

— Mas é óbvio, ou você achou que iria do seu jeito decadente, usando uma das suas quinhentas camisetas brancas, jeans e botinas? — na verdade era exatamente o que eu queria usar.

Dei de ombros olhando para minha camiseta que também era decorada com as cores do arco-íris. Confesso que toda essa cor da um ar mais alegre e vívido a mim, mas é exatamente por isso que não combina comigo.

— Pronto! Quem é o meu viadinho? Hm? — apertou as minhas bochechas, o que rendeu a ela um bom de um tapa na coxa. — DESGRAÇADO!!

Ótimo, agora ela 'tá puta.

— SOORI SEGURA TUA MULHER. — me escondi atrás da garota baixinha – que estava tão cheia de cores quanto eu – que ria e então foi segurar a namorada.

— Calma bebê, você sabe que ele ainda não 'tá acostumado com a ideia de ser gay. — falou calmamente abraçando a outra.

— Ah, mas ele vai se acostumar e vai adorar. Não se sinta acanhado Guk, te garanto que é ótimo. — falou a última parte olhando de uma maneira doce demais para a namorada e eu só revirei os olhos já sabendo que aquilo renderia nas duas se comendo em alguns segundos.

— Tá bom, mas agora já podemos ir, não é? — perguntei já saindo do apartamento ouvindo as duas rirem e virem atrás de mim após trancarem a porta.

— Toma, fica com essa. — Soori me entregou um...pano?

— O que é isso? — perguntei desdobrando o pequeno quadrado que foi ficando maior do que eu esperava. Parece uma manta.

Sai do armário, Jeon! Onde histórias criam vida. Descubra agora