Chegar no bar, dura uns vinte minutos, ou mais. A rodovia não é assim tão movimentada, mas também não é deserta. Às vezes é comum se atrasar.
- Ei, aquele bar ainda tem os torneios de luta? – Perguntou Chris para Carlos olhando pelo espelho retrovisor.
- Sim, mas eles estão fazendo uma reforma no espaço. – Respondeu Carlos enquanto parava o carro num posto de combustível.
- Eu ainda não sei como aquele lugar não foi confiscado. – Disse Julia. – Diversos lutadores chegam a ficar em coma saindo dali.
- Coloque cinquenta reais por favor. – Disse Carlos ao frentista do posto.
- Diz aí Chris, como foi a festa ontem? – Perguntou Kaio dando uma leve cotovelada no braço esquerdo de Chris.
- Onde fica o banheiro? – Perguntou Carlos ao frentista.
- Fica ali do lado da conveniência. – Respondeu apontando o local.
- Valeu. – Carlos agradeceu enquanto pagava pelo abastecimento.
- Eu não lembro de muita coisa. – Respondeu Chris rindo.
- Festa? – Perguntou Julia com ar de seriedade.
- Sim. Ontem foi a festa da patricinha, mais chata do colegial. – Respondeu Kaio segurando com as duas mãos na parte superior do banco de Carlos.
- A Arieda? – Perguntou Julia virando seu corpo para ter uma visão do banco de trás. – Você ainda conversa com aquela idiota? – Olhando atentamente para Chris.
- Ah qual é? Ela é minha amiga ainda. – Respondeu Chris confuso.
- Ela te deu um pé na bunda, no primeiro dia que vocês estavam namorando. – Disse Julia levantando os olhos. – E ela rasgou meu vestido, quando eu estava na festa de aniversário de quinze anos dela. – Terminou Julia olhando para os lados.
- É! E ela colocou pimenta, no meu Milk Shake. – Disse Kaio com raiva olhando para Chris.
- É... – Disse Julia olhando, e tentando não rir para Kaio. – Essa aí da pimenta, não foi a Arieda. – Continuou tentando segurar uma risada.
- Não? – Perguntou Kaio desfazendo sua expressão de raiva. – Quem foi? – Completou olhando para Julia.
- Eu. – Gargalhou alto Julia.
- Ah! Sua ingrata. Nesse dia, eu tinha bebido mais água que camelo. – Disse Kaio com uma expressão de desapontado.
- Éramos adolescentes idiotas Julia. – Disse Chris enquanto passava a mão esquerda na cabeça.
- Ei Chris, o que aconteceu no seu braço? – Perguntou Julia curiosa.
- Eu não sei bem ao certo. – Respondeu Chris olhando para a atadura em seu braço. – Mas devo ter me machucado na festa, e não lembro. – Terminou Chris olhando para Julia.
- Você continua sendo descuidado como sempre cara. – Disse Julia debochando, e voltando a olha para frente.
Enquanto isso, na conveniência...
- Eu vou querer essas balas aqui, e, dois pacotes daquela batata ali. – Disse Carlos apontando, ao atendente da conveniência. – Valeu! – Agradeceu empurrando a porta, e indo em direção ao carro. – Ei, alguém aí vai querer batatas? Ou balas? – Perguntou enquanto entrava no carro.
- Eu quero! – Disse Kaio já pegando um dos saquinhos de batata da mão de Carlos.
- Eu vou querer uma bala. – Aceitou Chris.
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NYBAR
HorreurChris e seus amigos tentam descobrir, o porquê seus sonhos ser tão subliminares aos comuns. Num suspense o tanto quanto aterrorizante, eles enfrentam uma entidade que os atacam somente quando dormem.