Era de manhã pelo que pude perceber, minha irmã estava sentada do lado da minha cama em profundo sono, só que eu não estava em meu quarto. Me encontrava em um hospital, cheio de tubos ou sei lá o que eram aquilo presos a mim. Não entendi muito bem o que estava acontecendo, mas meu corpo todo doía como se tivesse dormido décadas então resolvi levantar de uma vez e tirar todo aquele aparato médico que impedia meus movimentos.
Que droga é essa?
Tentei usar minhas mãos como apoio, pois me sentia fraco. Foi quando percebi... Não podia acreditar, meu braço direito estava amputado, simplesmente não estava ali, senti um leve desespero, rapidamente chamei minha irmã antes que algum médico imbecil me tirasse a paciência.
- Berdel, acorde!
Ela se assustou um pouco e praguejou algo na língua dos Roccos, levantou a cabeça e olhou bem no fundo dos meus com uma expressão de alegria, como se não falasse comigo há anos.
- Eu não acredito, como conseguiu? – Perguntou ela enquanto me sufocava em um abraço.
- Consegui o que, sua maluca? – Reclamei empurrando-a e tentando não morrer asfixiado, parece que o amor dos Ruscos é um pouquinho forte – O que aconteceu? Por que eu estou aqui e onde por Oráiste foi parar o meu braço?
- Tem certeza que não lembra?
- Claro que não, por isso pergunto. Acho que me lembraria se tivesse dado férias a um dos meus braços!
- Você foi atacado por um Niquë enquanto fazia um estudo externo para encontrar a entidade dos Ruscos. Eu tentei impedi-lo, mas não consegui, o desgraçado jogou um feitiço de paralisia em mim, enquanto covardemente queimava seu braço.
- Malditos Niquës! Não consigo acreditar que ainda existam nesta dimensão.
- Temos que estar atentos, consegui eliminar ele com um feitiço de bola de fogo. Lancei o feitiço apenas com o olhar, e eu achando que não podia ficar melhor nisso.
- Inteligente, mas porque não deixou que meu braço regenerasse?
- Pois bem, essa magia de fogo dele era diferente, por mais que eu deixasse dias seu braço jamais iria regenerar, tinha uma maldição, como um tipo de veneno que o deixou desacordado. Trouxe você para esse hospital e eles disseram que teriam de retirar teu braço, pois afetou todos os músculos e a recuperação seria inútil.
- Droga, preciso arrumar um jeito para esse problema. Desse jeito não fico, mal me viro com dois braços, imagina com um?!
- No momento não há o que fazer, porém, estou estudando uma maneira tem umas semanas.
- Bom, e quando eu vou poder ir pra casa? Há quanto tempo eu estou aqui?
- Não sei, vou chamar um médico e descobrir. A propósito, você estava a 3 meses desacordado já. Mantenha a calma, nossa missão está prestes a acabar.
Antes de começar as explicações, a história que vocês estão lendo é a mesma, e eu sei, parece que somos dois idiotas conversando, mas vai fazer sentido à medida que contar a você.
Sou parte de um mundo chamado Kondük, fica em uma outra dimensão, onde eu e minha irmã, Berdel, somos herdeiros diretos da rainha Arendhel. E no momento nosso reino encontra-se ameaçado por uma horda de monstros de luz chamamos de Niquës. Eles vivem sob o comando do demônio Narmöníss, líder da escuridão, meio contraditório, eu sei. Seu objetivo é governar todo o reino e escravizar a população fazendo com que todos se tornem seres asquerosos, deformidades sem capacidade de pensar por si só. Meio clichê esse plano, mas o que podemos fazer se os vilões parecem fazer parte de um clube onde todos pensam igual? Eu só tinha um objetivo, graças a uma profecia que nunca dei importância.
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Moira
General FictionEsqueça tudo que você sabe sobre o mundo que sempre existiu para você. Moira pensava que sua vida era feita de muita luta para ser independente, mas ela não sabia que sua responsabilidade iria muito além de seu trabalho como psicologa. Graças a um e...