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A noite estava imersa em uma aura de possibilidades. Ele segurou minha mão com uma confiança que me deixou intrigada. Nos afastamos, buscando um local reservado onde a música alta dos clubes não abafasse o som dos nossos pensamentos. Eu sabia o que estava por vir e meus nervos estavam à flor da pele.

Desta vez, ele não hesitou. Seus dedos acariciaram meus cabelos, puxando-os suavemente para trás, e seu olhar ardente encontrou o meu. Não houve prelúdio, apenas um beijo forte, urgente, repleto de desejo que queimou através de mim. Aquela pegada tinha um fogo que me consumia, acentuando a sensação de proximidade e estudante.

A batida da música do clube fechado parecia dançar em sintonia com o nosso ritmo, e Tony me chamou para dançar. Seus braços envolvem minha cintura, sua presença me abraçando de maneira firme. Nós nos movemos juntos, dançando como se estivéssemos conectados por algo além da dança em si. Era como se a música nos guiasse, nos permitindo nos perder naquele momento fugaz.

Enquanto ele me segurava com firmeza, uma sensação estranha tomava conta de mim. Era algo que eu não conseguia decifrar, uma mistura de emoções que eu não estava acostumada a sentir. Não era apenas a atração física, mas algo mais profundo, uma conexão que parecia estranha e familiar ao mesmo tempo.

"Não", sussurrei para mim mesma, balançando a cabeça levemente para dispersar os pensamentos confusos. "Isso não é bom. Foram apenas dois beijos, não passou disso. Por que eu estaria pensando que ele teria desejado por mim? Que droga, Lana, o que você está pensando?"

Eu precisava de clareza, eu precisava ser realista. Mas talvez, em um raro momento de lucidez, eu decido que talvez fosse hora de deixar para lá minhas inseguranças. Talvez hora de me permitir simplesmente curtir e curtir a companhia desse moreno misterioso, sem ser assombrada por minhas próprias paranóias.

Ficamos ali, dançando e nos perdendo nas batidas da música que o clube começasse a esvaziar. Nos despedimos e partimos, cada um seguindo seu próprio caminho. "Mano, que isso", pensei, relembrando o encontro. "Esse cara é imprevisível."

A imprevisibilidade dele era intrigante e ao mesmo tempo intimidadora. Ele podia ser um enigma, mas havia uma sintonia entre nós, uma faísca que se acendia toda vez que nos encontrávamos. E no fundo da minha mente, uma voz suplicava para que eu não me apaixonasse por ele.

"Ele é lindo, maravilhoso", refletiu. "Tem uma pegada que me deixa sem ar, um lado puro e inocente, talvez. Mas também uma certa ferocidade, um lado que eu mal conheço."

Eu sabia que aquele terreno era perigoso, que os sentimentos podiam ser traiçoeiros. Mas, por enquanto, eu estava disposto a explorar o que havia entre nós, mesmo que isso significasse entrar em um território desconhecido e inexplorado.

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