"Existem tantas pessoas que me conhecem. Eu gostaria de ser uma delas. Gostaria que alguém me contasse sobre mim."
— All About Eve (1950)
Digamos que eu já respondi a perguntas difíceis, em testes difíceis, coisas que exigiam respostas longas e estruturadas como as perguntas de pelo menos 30 linhas sobre o início da Segunda Guerra Mundial, colocadas pelo mesmo professor rígido de sempre. Mas nunca nada atingiu um nível de dificuldade tão grande quanto : "Quem sou eu?".
A minha mente fica presa na mesma questão, cambaleando na tão fina corda da controvérsia. Porque por um lado, eu conheço-me melhor do que ninguém e por outro lado, eu sou-ME apenas uma estranha.
Céus, nenhuma trigonometria chega aos calcanhares das dúvidas que tenho acerca da minha pessoa. Acerca do meu valor, o mesmo que sou incentivada a acreditar que tenho, mesmo que quando o sol se põe eu não encontre quaisquer migalhas de valor e segurança em mim.
Eu acho que preciso de um tempo, para ir tomar um café comigo mesma e me questionar. Me conhecer. Para confiar em mim.
Porque haveria de passar todas os dias com uma desconhecida e me recusar a apertar-lhe a mão?
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uma dose de ansiedade
PoetryEu gosto de imaginar que a causa para isto tudo se concentra momentos antes da minha alma descer à Terra pela primeira vez. Repousava num café qualquer e pensava calmamente no que haveria de pedir para a acompanhar na jornada que já se encontrava p...
