A menina do bar || JORTINI

○SEXTO CAPÍTULO○

- Jorge o que tu pensas que estás a fazer? - grita Martina ajoelhando-se à beira do garoto

- Tu não te aprecebes-te? - digo com o punho fechado

- Do quê? - diz ela se levantando

- Ele quer se aproveitar de ti Martina - digo

- Como TU fizeste? - diz-me ela

Autch, magoou, nunca cheguei a me aproveitar dela, até porque ela tinha adormecido quando nos estavamos prestes a fazer amor.

- Saí daqui garoto - grita um senhor

- Isso sai - começam a gritar todos os que estavam lá a observar

- Depois falamos - digo para a Martina

Saíu pelo meio da multidão, com apenas o dedo do meio levantado, mandando todos para aquele local.

- Eita mano, o garoto não para de sangrar do nariz - diz Ruggero me entregando o copo

- Aquilo não é nada - digo apertando o copo com muita força, fazendo-o quebrar-se na minha mão - Aff - digo quando me cortei sem querer

- Jorge - diz Ruggero - Tu estás doido? - diz ele tirando os vidros da minha mão

- Isto não é nada - digo olhando para a Martina que também olhava para mim

- Mas fizeste uma ferida muito profunda - diz ele olhando para a minha mão - É melhor ires ao hospital, podes ter vidros ai

- Eu estou bem Ruggero - digo fechando a mão - Autch - queixo-me da dor

- Anda vou levar-te ao hospital - diz ele e eu tirei os olhos da Martina e fui-me embora

...

Na manhã seguinte...

Tenho que usar esta ligadura na mão, pelo menos até ao buraco que tenho na mão fechar, quem me mandou quebrar um copo na mão?
Tenho muitas dores, mas não gosto de mostrar isso.

Fiz um café para tomar e fui para a sala ver as notícias. Passados 15 minutos ouço a campainha a tocar e vou abrir.

Mal abro a porta, alguém me cai para os braços.

- Jor...ge - diz uma voz feminina muito fraca, mas que pude reconhecer rapidamente

- Martina? O que se passou? - pergunto pegando nela ao colo e fechando a porta com o pé

Levei-a até ao meu sofá e a pousei lá, ela estava toda desarrumada e despenteada.

- Tu...tinhas...razão - diz ela entre soluços

- Ah? Em quê? - digo

- Ele aproveitou-se de...mim - diz ela e logo depois abraçou-me forte

- Eu vou por a água da minha banheira a aquecer, precisas de relaxar - digo me soltando

Não sabia o que dizer, nem o que fazer, o garoto aproveitou-se dela mesmo, tipo violou-a?

- Anda Martina - digo indo de novo até ela e a ajudando a ir até ao banheiro - Vou sair para poderes te despir à vontade

- Não...espera, eu não consigo desapertar o fecho - diz me virando as costas

Desapertei-lhe o fecho, e ela começou logo a despir o vestido à minha frente, tentei não olhar, mas não consegui evitar, respirei fundo e virei costas.

- Vou-te fazer um chá - digo

Porque estou a fazer isto por ela? Nunca fiz isto por mulher nenhuma, nem pela minha namorada, o que se passa comigo? Pareço um lamechas, sensível. O que esta garota está a fazer à minha vida, a minha cabeça...ao meu coração?

- Aqui tens - digo entrando no banheiro e me sentando no chão à beira dela

- Obrigada por o que estás a fazer por mim, e desculpa estar a te incomodar, depois de tudo o que te disse, e...ainda mais por ontem...eu... - diz ela, porém eu interrompia com um beijo muito simples nos lábios

Afastei-me e voltei a sentar-me no chão, enquanto que ela estava deitada na banheira.

- Tu falas muito - disse a rir-me

- Desculpa mister silencioso - diz ela pegando no chá que eu fiz - Camomila? O meu preferido - diz ela bebendo

- Também é o meu, normalmente só tomo chá quando estou doente ahah - digo

- O que tens na mão? - perguntou ela preocupada

- Nada demais, foi só um corte - digo encolhendo os ombros

- E para um corte é preciso uma ligadura? - diz ela desconfiada

- Pronto, foi um corte profundo e o médico obriga-me a usar isto até sarar - digo