Inicialmente eu queria escrever uma história porque costumo ser muito boa em me enxergar através de personagens, no entanto, nesse exato momento eu tive uma pequena motivação dentro de mim que pediu que eu colocasse toda essa confusão pra fora (se é que é possível). E aqui estou eu. Creio que esse acumulado de histórias e confusões sobre o que se passa dentro da minha cabecinha vai demorar um pouco pra ser escrito. Não sei se vou publicar, não sei se irei condenar alguém a saber da minha triste e complicada vida.Estou sentada pensando em muitas coisas, tantas coisas que me machucam ao ponto de sentir minha visão embaçar por aquilo que todos costumam chamar de lagrimas, mas eu particularmente chamo de pensamentos que não cabem em uma cabeça estupidamente cheia e derramam, como uma espécie de vazamento. Sim, meu raciocínio é meio rápido e eu me perco nele.
Bem, vou te explicar um pouco sobre o início. Há dezesseis anos uma criaturinha estranha e cheia de problemas chegou ao mundo, mas essa criaturinha nunca deixou que percebessem sua confusão interna e constante, ela achava (e acha) irrelevante. Você deve ter pensado "ah se é tão irrelevante por que você está escrevendo sobre isso?". Por que eu precisava sentir que estava contando isso pra alguém. Eu já tentei, e tento toda segunda-feira, 16hrs. Mas a questão é que não sou muito boa falando e prefiro dizer o que eu sinto no escuro do meu quarto pra eu mesma todas a noites ou escrever sobre isso me colocando na pele de personagens que só se decepcionam.Voltando a grandiosa história da minha chegada ao mundo, apesar de tanta coisa me incomodando o tempo inteiro e do meu mal humor constante, eu sempre quis viver por um bem maior.
Apesar de tantos medos, de tantas coisas que eu perdi todos esse anos devido aos meus "problemas", eu queria ser lembrada, não por toda humanidade, uma pessoa sequer que tivesse sua vida marcada por um feito meu me deixaria morrer com a sensação de dever cumprido.Pode ser meio mórbido viver o tempo inteiro pensando "se eu morrer nesse exato momento, quem se lembrará de mim? Quem vai chorar e sentir minha falta?" quando a resposta é ninguém (na maioria das vezes é, tirando minha família é claro) eu entro em crise, e não, não é só me sentir triste e usar isso de motivação. Eu literalmente ENTRO em crise. Minha respiração falha, meu coração acelera, eu sinto MUITA MUITA vontade de chorar, e o pior: fico imersa, afogada em tantos pensamentos repentinos que me corrompem. Quando isso tudo acontece eu gosto de me imaginar no meu quarto, deitada, com os olhos fechados e sentindo o que mais amo, SILÊNCIO. Isso é meio contraditório por que a minha casa é o ultimo lugar silencioso da terra.
Acho que essa coisa de me imaginar no silêncio sempre funciona porque minhas crises acontecem quando meus pensamentos me machucam. Viver com ansiedade é isso, é se questionar o tempo inteiro. Duvidar de si mesma.
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Sobre mim
Non-FictionAnsiedade. Algumas pessoas parecem bem, algumas pessoas são aparentemente "normais" mas podem estar vivendo uma luta contra os próprios pensamentos o tempo inteiro e isso é muito cansativo. Imagine ser seu maior inimigo.