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POV Ananda

- cuidado com o pescoçinho dele - falei enquanto japa segurava pela primeira vez o sobrinho

- tá pensando que eu só iniciante nesse lance ai Ananda? Troquei tuas fraldas - disse e eu revirei os olhos

- fica ai com ele enquanto eu falo com o Jhonatan - falei

- isso aqui não é lugar pra um bebê Ananda, fala com o Jhonatan tá tua casa assim como sempre foi - ele disse

- e você não pode cuidar dele por alguns minutos japa? - perguntei - já volto

Entrei na sala do Jhonatan e o mesmo estava em pé em frente a janela fumando

- iae parceria - falei lhe dando um beijo na bochecha - bonita vista

- tá falando de mim ou do morro?- ele perguntou

- dos dois - respondi enquanto pegava o cigarro e dava um trago - preciso de um favor seu

- sabe que favor de gente como eu é sempre cobrado não sabe?- ele perguntou

- se eu preciso é de dinheiro quer que eu te pague como?- perguntei

- como assim precisa de dinheiro? - ele tirou me encarou - devia ter dito antes

- esse lance de faculdade, coisas pro bebê, pré natal, advogado, aluguel. Pra mim que não trabalho e dependo do dinheiro do meu irmão ficou meio puxado - falei envergonhada

- o Playboy não tá te ajudando?- se referiu ao Luan

- ele aparece nos finais de semana com fraldas ou então com alguma peça de roupas - falei - bem que a minha mãe sempre me disse, homem só serve pra pôr a sementinha aqui dentro porque o filho é mesmo da mãe

- filho da mãe - sorriu - eu tenho uma solução prós seus problemas

- me emprestar dinheiro? - perguntei

- eu ia dizer pra você vir morar comigo- ele segurou minha mão- eu cuido de vocês 

- não é tão simples - falei - eu não posso simplesmente me mudar pra sua casa

- você praticamente morava na minha casa quando estava grávida - ele disse

- mas agora eu tenho um bebezinho e o Luan vai ser contra isso - falei

- Luan vai poder opinar quando pagar pensão igual um pai de verdade tem de fazer - Jhonny disse - enquanto isso eu tô aqui pra qualquer coisa

- eu não sei como te agradecer - falei o abraçando

- eu é quem deveria te agradecer, não é fácil uma patricinha subir o morro pro bem da família - ele disse - mas eai, onde tá a minha cria?

- tá lá fora com os caras - falei

- deve tá mais babado que tudo - ele disse - tem que deixar ele no meio das mina e não dos mano

- se respeita o Luiz porque ele nasceu pra ser um homem de família - falei abrindo a porta

Um dos vapores estava com ele no colo enquanto o restante o tentavam fazer rir

Eu gosto desse lugar

Os Ex (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora