Esquisso

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Sentada aqui a um canto,

com um pequeno caderno na mão,

tento escrever um poema

mas estou perante um dilema

que é a falta de imaginação.

Podia falar de amor,

de amizade, de dor,

mas neste preciso segundo

tudo o que me vai na cabeça

é um vazio profundo,

e apesar de ter a certeza

de não estar a falar de nada,

continuo esta história,

esta amálgama de letras,

com esperança de, no fundo,

quando para o poema olhar,

não pensar que esteja inacabado,

e que deste pensamento particular,

algo mais podia ter retirado.

Podia falar de sentenças,

de cancro e outras doenças,

mas para ouvirem problemas

já existem outros poemas,

e eu não quero fazer só mais um,

sem sentimento algum,

apenas para ser lido, relido e contado.

Estas insignificantes palavras,

talvez sem qualquer sentido,

correm-me agora na mente

e não querendo parecer doente,

tento dar vida a este poema fingido.

E digo, neste tom irónico,

que este poema melancólico,

chegou agora a um fim.

Posso afirmar com convicção

que estes gatafunhos apressados,

apesar de mal expressados,

vieram do coração.

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⏰ Última atualização: Aug 13, 2014 ⏰

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