Prólogo. Gray

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Não estrague as coisas Minerva! -Exigiu Peter-

Peter era conhecido pelas suas más atitudes, sendo o mais novo da família Evergreen. Não que ele faça jus ao nome.

-Como se fosse eu! Que estragava as coisas! -Retrucou Minerva -

Minerva era a mais velha do clã Albatrox, eram super importantes na economia da nação, por isso ela permaneceu mimada.

Eles estavam planejando um ataque à Ariel, o garoto tímido de nossa sala, eu pretendia impedir , mas não sei se seria inteligente provocar Peter , mesmo tendo um rosto inocente e rosado, ele já causou muito mal a várias pessoas, e eu não queria ser uma delas.

Eu era uma garota pequena e loura, meu nariz era arrebitado e, graças às sardas presentes , eu era o principal alvo de Minerva, que não poupava esforços para soar minhas pequenas manchinhas avermelhadas.

Ariel tinha problemas diferentes, seus óculos e seu cabelo ruivo, que ofuscava seus olhos de cor-roxa, uma característica da família Prion, isso o tornava um alvo fácil para a dupla.

Eu sentia o cheiro de limões e lavanda no ar, provavelmente os caminhões da família Johnson estavam chegando , eles eram os responsáveis pelos transportes de alimentos, e graças a isso, eram parceiros dos Gray, e por isso, minha carona.

-Freya!!! - Gritou Samuel -

Esse era meu nome: Freya Gray, uma das herdeiras da família.

-Sim? - Respondi fracamente -

-Está na hora de ir. - Proferiu o Moreno -

Samuel era alto, sua pele era escura, e seu cabelo curto, era bonito, ou pelo menos seria, caso ele tirasse a graxa de certas partes do rosto.

Nos seguimos um caminho de asfalto muito desgastado da cidade, até um trem que levava os Gray e Johnson até seus condomínios, era vazio e silencioso, porém eu achava agradável, me dava tempo para pensar.

Nos disseram que não havia futuro fora de nossa nação, que o resto do mundo era cruel, e pela guerra, estava em chamas. Eu não acreditava nisso, mas quem não pensava assim era ignorado, ou julgado.

Todos sabiam no que trabalhar, pensar ou apoiar, mas eu tinha minhas dúvidas sobre isso.

Alguns de nós entram no batalhão, que fazia com que garotos terminassem seus corpos para lutar pelos líderes da nação. Outros ficam na monarquia, para estudarem, e virarem grandes intelectuais.

E tínhamos nossa convenção, que incentivava a criança que tinham dons especiais, eu não sabia muito sobre isso, já que ela foi destruída, quando houve uma rebelião entre os do batalhão, e as bruxas da convenção, resultando no declínio das bruxas.

Ninguém sabe como aconteceu, ou o que causou, apenas os líderes do batalhão, e ninguém ousava questionar.

Quando desviei minha mente desse assunto, já haviam se passado vinte minutos estávamos chegando ao nosso destino.

O condomínio Gray era simples e pintado em cores neutras, cuidamos das construções de toda nação, mas rejeitávamos a ajuda de outras famílias, para preservar nossa individualidade.

Os Johnson mantém um vida luxuosa , suas casas eram amarronzadas e tinham vários jardins floridos.

Meu pai estava me esperando do lado de fora de nossa casa, com uma expressão rígida, e seus olhos transbordavam raiva. E então ele, tentando esboçar um sorriso, falou:

-Bem vinda querida.... - Deu uma pausa - Temos uma adorável visita!

E então eu senti um odor de sangue no ar:

- Pequena Gray! - Falou uma voz - como vai? - Era Henry, o pai de Ariel, da família Prion. -

Destino: O Continente Da ProsperidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora