"mark lee!"
mark gruniu e foi forçado a pausar o jogo quando ouviu o grito de sua mãe "depois mãe!"
"e ser despedido pela enésima vez?" a mãe entrou no quarto de mark.
mark gruniu novamente "você não pode pagar pra mim?" foi jeno que comprou a edição limitada do jogo que tanto queria.
ele fez de tudo, até mesmo perdeu sua reputação, só pra implorar pro jeno pra comprar o jogo depois de saber que era o último estoque. o mais novo, claro, comprou pra ele mas não foi de graça, mark estava devendo pro outro e como a carteira dele havia sido roubada, ele tinha que trabalhar pra isso.
ele amaldiçoou a pessoa que roubou sua carteira.
"não fui eu que foi roubada, né?" a mãe abriu o armário de mark e escolheu roupas apropriadas para ele ir no seu trabalho.
ele já podia ver o cara, que roubou sua carteira, rindo da sua miséria agora, mesmo que ele não tenha visto o rosto do mesmo.
ele aposta que é um velhote que fuma, bebe e leva mulheres aleatórias pra sua casa.
"mas mãe!" mark tenta convencer sua mãe com uma voz fofa.
a mãe balança a cabeça como um não "você não é nem um pouco fofo"
mark levantou da cama e estalou a língua "eu vou dizer pro pai que você não acha ele fofo"
vários amigos e até mesmo as pessoas da escola, achavam ele e o pai idênticos, até mark o achava parecido com o pai.
"eu juro mark lee-"
mark riu e deu um beijinho no rosto da mãe para acalmá-la "eu te amo mãe"
ele não era como os outros que fica com vergonha de interagir com os próprios pais, ele ama sua mãe e seu pai e não tem medo de mostrar isso. uma vez, quando sua mãe o levou pra escola, os dois saíram do carro e mark abraçou a mãe na frente de várias pessoas, ela ficou tão envergonhada e ele só conseguia rir.
"por que você é meu filho?" a mãe suspirou enquanto ela colocava a mão pra baixo ao fingir que ia bater nele, mas lá no fundo ela era grata por ter um filho como o mark lee.
mark revirou os olhos "você me ama"
"isso é verdade" a mãe concordou e devagar saiu do quarto do mark "agora anda logo ou você vai ser despedido de novo"
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honestamente, trabalhar numa loja de conveniência perto de casa era o trabalho mais chato que já teve, não que ele trabalhou em vários lugares. ele já trabalhou como garçom de um restaurante mas foi despedido um dia depois por ter chegado atrasado no serviço, e também tentou trabalhar em uma loja de música mas foi mandado embora logo que o chefe descobriu que ele tinha quebrado um guitarra elétrica. trabalhar numa loja de conveniencia foi o trabalho mais longo que teve, hoje era seu segundo dia.
não entenda mark errado, sua família é rica, seu pai é o ceo de uma empresa de jogos (isso explica porque ele gosta tanto de jogar) e a família da mãe são donos de um parque de diversões no qual ele e seus amigos visitam constantemente quando eles não estão cheios de trabalho da escola.
"bom te ver de novo meu amigo"
mark levantou a cabeça e viu a cara mais irritante do planeta, lee jeno "cala a boca"
jeno riu e inclinou-se no balcão "trabalhando duro né"
mark bateu no seu amigo brincando "eu não deveria ter deixado você comprar o jogo pra mim"
jeno bateu de volta "seu idiota, seu pai é o ceo de uma empresa de jogos, não pode pedir pra ele comprar pra você?"
mark fez uma cara de choro "jeno, você sabe como meus pais são.." eles não eram do tipo que mimavam o seu filho.
"ah sim, você precisa comprar sozinho tudo" jeno bufou "deve ser um saco ser você"
"garoto mimado"
o mais velho inclinou-se no balcão e apoiou sua cabeça na palma da sua mão, observando a mesma velha loja de conveniência. ele tem apenas trabalhado por dois semanas e parece que ele trabalhou aqui por anos agora.
"ah sim, más notícias" jeno franziu a testa.
mark levantou uma sobrancelha, extremamente focado em olhar para a porta, na espera de um novo cliente.
"jaemin e eu terminamos"
mark não sabia como reagir, ele estava acostumado com jeno e jaemin terminando e voltando toda hora, ele não ficaria surpreso se eles voltassem de novo amanhã.
"é sério, ele me viu beijando o colega de classe dele na aula de artes" jeno bateu na sua testa "eu estava bêbado"
mark riu pela ação do amigo "deve ser um saco ser você"
a atenção do mais velho agora estava no garoto que acabará de entrar na loja de conveniência, ele estava todo de preto, meio que o lembrou de alguém.
"saco, aquele cara era fofo" jeno bagunçou seus próprios cabelos "mas eu juro, eu sou leal"
mark não estava nem ouvindo jeno falar sobre ele ser leal á jaemin mas achava o garoto que beijou, fofo. sua atenção estava focada no garoto que estava indo na área de bebidas e pegando um garrafa de álcool. ele não ligava se o garoto bebia, o que ele se importava era que o garoto parecia muito familiar.
"mas que merda é ser leal então?" jeno se virou pro mark "cara?"
jeno não ouviu se mark se quer havia respondido sendo que ele foi colocado de lado pelo garoto que usava um enorme moletom preto e calças rasgadas também em preto.
jeno cutucou mark que estava apenas olhando pro garoto "mark"
mark piscou duas vezes antes de voltar os sentidos "desculpa"
os dois ouviram o garoto rir e seus olhos arregalharam ao descobrir a risada mais fofa que eles já ouviram em toda a sua vida.
espera, não, a risada do jaemin era a mais fofa, jeno assegurou dentro da sua cabeça e voltou a olhar pro garoto.
o garoto pagou pelo álcool e saiu, e nem quis o troco do dinheiro, jeno achou isso legal mas mark apenas revirou os olhos, que show desnecessário, você pode comprar várias coisas com a pequena quantia do troco.
mark voltou a conversar com jeno mas então viu algo saindo do bolso do garoto, era uma carteira, mark rapidamente saiu do balcão, o que jeno estranhou, e foi pegar a carteira do chão.
"com licença, você deixou cair isso" mark segurou o pulso do garoto para fazê-lo não sair da loja sem o objeto.
mark então percebeu que a carteira era bem familiar, ela era de couro, igual a dele - era velha, igual a dele. ele então olhou direito para o objeto e finalmente percebeu que não era a carteira do garoto.
era a sua carteira.
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obg por ler até aqui ♡