Me ajude

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16:00, Dia da festa.

Donghyuck arrumava uma pequena mala que levaria para casa de Mark e escondia sua fantasia. Tudo havia dado certo no final, Mark apenas disse "Hyuck pode..." e sua mãe imediatamente disse sim, claro depois ela veio lhe encher de perguntas como "Pra onde mesmo você e Mark vão?". Ele já estava saindo, e precisava sair rápido antes que a sua mãe viesse lhe encher com os conselhos de sempre que ele já sabia de cor. Deixou um abraço e um beijo no topo da cabeça da mais velha antes de sair praticamente correndo.

19:00, casa de Mark.

Os dois garotos estavam no quarto, Mark jogado na cama enquanto observava o mais novo. Este percebia que estava sendo vigiado e isso o fazia louco, pois quase podia ouvir o outro o chamando de idiota com aquele olhar.

— Tá bom! Acabou a brincadeira, Mark. Me devolva.

— O quê?

— Você pegou minhas presas! Estou a horas procurando.

— Elas normalmente ficam dentro da sua boca sabia?

1,2,3, Donghyuck contava mentalmente para não voar no pescoço daquela coisinha debochada. Teve de respirar fundo e agora o encarava com raiva. Mark se deu por vencido e retirou a caixinha com suas presas do bolso, se pondo sentado sobre a cama. Donghyuck estendeu a mão para que lhe fosse devolvido, mas foi ignorado.

— Pare de brincar! Eu preciso disso. - Seu tom era choroso e Mark queria gritar como era fofo.

— Senta aqui, cara. Antes que você vá temos que conversar. - Ele olhava nos fundos dos olhos de Donghyuck, que o olhava de volta sem vacilar enquanto estudava o rosto a sua frente. O filho da mãe é realmente bonito, pensava. - Hyuck, preciso que me conte que tipo de coisa vai ter nessa festa. Haverá coisas ilícitas? Seus amigos irão te encontrar lá? Você está levando o celular? Está levando alguma coisa para se defender caso alguém tente...

— Mark! Fica calmo. Nada de ruim vai acontecer. - Falava de forma doce e calma, mas no fundo queria dar risada de toda aquela preocupação.

— Me desculpe. Eu só quero ter certeza, porque eu jamais te perdoaria se algo acontecesse com você.

— Espera, você não quer dizer que jamais perdoria a si mesmo?

— Não, eu não te perdoria mesmo. Estou aqui te perguntando, tomando conta de você, vou dormir tranquilo. Caso algo aconteça a culpa é sua mesmo, viu?

— Você é péssimo, Mark! E deixe de ser idiota, você pode ficar na festa se quiser.

— Não é a minha praia, acho até que teria mais diversão caso eu ficasse trancado no carro te esperando.

— Se é o que te faz feliz... - Disse dando de ombros, desacreditando que era amigo de um ser tão estranho.

20:15, a caminho da festa.

Mark dirigia calmamente, ora ou outra olhava na direção de seu amigo, pois as luzes do trânsito o faziam parecer tão bonito que era difícil não olhar. Em um dos sinais vermelhos Dongyuck percebeu, levantou os olhos do celular e perguntou com sua delicadeza "Tá olhando o quê?". Nada havia pra ser respondido, mas havia um coração acelerado que se sentia extremamente estranho em relação a isso.

Faça aquilo - Markhyuck Onde histórias criam vida. Descubra agora