Algo em comum

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Eu olho para seus olhos espantado, porém logo em seguida olho para baixo, "e se eu tiver, o que você tem a ver com isso?" eu falo, "pare de ser grosso pelo menos por um segundo e reconheça que alguém quer te ajudar", ele responde sério, "tanto faz", eu falo um pouco nervoso, " as pessoas nunca querem ajudar de verdade, elas fazem isso porque se sentem culpadas pelas merdas que falam", eu sussurro, "eu ouvi, e.. isso é verdade" ele diz, eu o olho e fico mais nervoso, quando de repente ele completa sua frase: "para a maioria das pessoas..", eu o olho surpreso e ficamos alguns segundos em silêncio, "e-ei" digo, porém antes que ele ouça, o professor nos chama " Hiroshi vamos para a sala, Hisoka, você está dispensado", "Graças à deus", eu sussurro, não aguentava mais ficar nessa escola de merda, porém antes que eu saia da enfermaria, o garoto, que pelo jeito se chama "Hiroshi" segura meu braço, ele amassa uma bolinha de papel muito pequena coloca em minha mão e a fecha, em seguida, vira de costas e sai andando atrás do professor, "O que será?" eu penso, eu apenas enfio o papel no bolso da blusa do meu uniforme e continuo a caminhar, passo pelos portões da escola e então sigo meu caminho para casa.
Chegando em casa, subo direto para o meu quarto e me jogo na cama, alguns minutos depois, lembro do papel, eu o retiro de meu bolso e o jogo na lixeira perto de minha cama, "Que idiota, ele fica falando merda pra mim e ainda põe lixo no meu bolso" eu penso, olho pela janela, o sol está se pondo, a luz alaranjada entra e ilumina cada móvel do meu quarto, deixando um clima confortável, pego meus fones de ouvido em minha mochila e dou play na minha música favorita "Obstacles - Syd Matters", após ouvir a música inteira, a curiosidade me vence, pego o papel do lixo e o abro, nele tem um número de celular, "....mas que porra?" eu penso,eu pego o papel e o penduro na minha parede com outros papéis de anotações, "porque ele insistiu em falar comigo?", falo à mim mesmo, ele é diferente dos outros, mas... ao mesmo tempo é igual a todo mundo.
Eu me levanto e olho novamente pela janela, de repente, na casa do outro lado da rua, vejo Hiroshi, ele está em seu quarto sentado de costas para a janela "MAS O QUE?? ELE É MEU VIZINHO?!" falo, quase gritando, então, Hiroshi se vira e olha pela janela, eu viro de costas rapidamente, meu coração bate rápido, deve ser mais uma daquelas taquicardias por conta da ansiedade" penso tentando me enganar, eu sei oq estou sentindo, mas... não quero me machucar novamente, não posso, por mais que eu não ligue, essa dor é a pior de todas.. Não desejaria isso nem para o meu pior inimigo.





Eu sei, capitúlo curto dsclp ;u;


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