- Bem vinda, Katerine!!- disseram todos. Meu Deus, aquela sala tinha muitas meninas lindas. Só eu de feia. Legal. Sabe quando tudo dá errado no seu primeiro dia de aula? Então.
Foi exatamente o que não aconteceu. Foi eu sentar que ha vieram uma pessoa atrás da outra me elogiando, me chamando, me animando. Meu Deus, eu tinha amado aquela escola. Mas tinha algo de errado. Tinha um garoto, apenas UM garoto entre 25 pessoas me cumprimentando. Ele estava sentado, com fones de ouvido, provavelmente não ouvindo nada, ja que tinha olhos para o celular. Ele estava com a camiseta de uniforme por baixo de um casaco preto, com calças pretas e um tênis da vans branco. Meu Deus, ele era tão lindo. Os cabelos castanhos e lisos escorriam pela face, de um jeito que não dava para o ver direito. Até que ele levantou o olhar até mim.
Sua pele era tão branca. Mas nada se comparava a seus olhos. Ele tinha heterocromia. Um olho era azul como o céu, e o outro era castanho. Ele sorriu pra mim, mas não dirigiu nenhuma palavra. E então tudo parou por um segundo. Ele tinha sorriso pra mim. ELE. Eu me sentia tão bem, tão segura. Ele continuou me olhando, até que eu desviei o olhar para ver o que estava acontecendo em minha volta. Todos estavam alterando o olhar entre eu e o garoto. Até que veio uma garota e quase se jogou em cima dele.
-Amorzinhoooo... porque você está olhando para aquela garota ridícula?- disse ela em um tom alto, para eu ouvir propositalmente. Ele revirou os olhos e ela saiu de lá, vindo em minha direção. Calma. É apenas mais um mês. Eu estendi a mão, para cumprimenta-la, e ela olhou, enojada e disse:
- Olha, se você quiser dar pra ele, pode sair que ele é meu, sua puta.- disse ela com raiva. Quem era ela para me chamar de puta?
- Olha, se você não quiser sair daqui com a cara toda deformada, acho melhor você parar e me chamar de ridícula e muito menos de puta. E só uma coisa; ele pelo menos sabe que ele é "seu"? Não, né? Então abaixa a bola, garota.- eu disse. E olhei pra ela. Ela estava pasma.
-Você vai se arrepender.
Mas comigo aqui, eu só tinha dó daquela vadia.