Rosa Vermelha

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Seu perfume entrou primeiro para dentro do hotel, se apressou já que era quase 20:00 horas. Pegou a primeira rosa vermelha que viu em um dos vasos da entrada.

Deu 20:00 horas e nada, Jeremy não desgrudava os olhos do elevador, sempre era uma surpresa seguida por decepção ao ver abrindo e não ser a morena esperada. O relógio marcava 20:20 hrs o garoto apreensivo se conformava com a ideia dela estar se maquiando, ou fazendo qualquer coisa e que já iria descer. Infelizmente 20:50 hrs e nada de Bonnie, Jeremy sentado cabisbaixo, observava o chão até uma moça loira e entrar e o "acordar".

Ela parecia ter tido um dia bem pior que o meu, não digo nada, apenas a comprimento com um leve sorriso de lado. Já são 21:15 hrs, pega o meu celular em meu bolso e ligo para o primeiro número da minha lista principal.

Ligação on

- Ela não veio.-digo sem rodeio.

- Como assim ela não veio?

- Não veio, não compareceu, não está aqui, Será que eu teria que falar outra língua para você entender?

- Você disse que ela estava "caidinha" por você!?-sua voz áspera me irrita mais.

- Deve ter acontecido alguma coisa.

- Descubra! E vê se dessa vez faz direito!

Ligação off

Enfio meu celular em meu bolso novamente, passo na lixeira e jogo a flor com ódio.

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Entro em meu quarto e Bonnie está estilhaçada sobre a cama com um pote de sorvete em seu colo assistindo um filme na TV. Deito ao seu lado pegando sua colher, a levando até a boca.

- E se for um monstro?- digo após alguns minutos assistindo o filme. Bonnie para o avião colher de sorvete e pauseia o filme, se voltando para mim.

- Ele ou ela- diz com um pequeno riso- tem o seu DNA.

-mas...

-Car.. Sabe o que eu vejo?-...-vejo uma criança loirinha, dois olhos bem verdes mandona!- solta na gargalhada contida.

-E se eu não aguentar? Se eu não for forte o suficiente!? Eu não sei o que fazer!- corro atrás de um abraço de Bonnie.

- Ei!- olhando para dentro dos meus olhos- esse bebê vai nascer saudável e você vai ficar bem! tudo vai ficar bem! Eu sei que vai!

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A vadia da Katherine me deixa só no quarto. O que irei dizer para meu pai? A mulher que você tanto procurou pulou a janela e fugiu, logo ele bate na porta e a abre olhando para os lados do quarto estranhando a sua não presença.

- Ela foi ao banheiro?- diz o mesmo entrando

- Ela pulou a janela e fugiu.-jogo as palavras direta, não teria outro coisa a dizer, isso é a verdade.

- Imaginei.. me desculpa filha, por passar por isso- estranho a sua reação, se aproxima de mim com urgência de abraço- Eu deveria ter a ignorado quando a encontrei na rua.. você não precisa dela e ela não merece você como filha- concordo com a cabeça.

- Não se preocupe papai, te amo muito.- separamos nosso abraço depois de alguns segundos.

- Achei que ela queria reatar nosso casamento, pelo menos pedisse o divórcio.. ela não deveria carregar o meu nome e suja-lo com a sua reputação. - Pensei em contar a verdade, mas teria que explicar a Katherine.

- Um dia irá encontrá-la.

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Ando por aquela imensa escuridão com a névoa a deixando mais horripilante, os sons que ouso aqui são como trilhas sonoras de filmes de terror. Um choro vindo dentre as árvores me chama a atenção, corro para o encontrar, e vejo uma jovem no chão, ela segurava seus joelhos pedindo desculpas por algo. A mesma percebe minha presença, se vira assustada jogando perguntas em mim.

- Quem é você!? O que está fazendo aqui!?

- Elisabeth!? É você?

- Minha filha, você conhece minha filha!?

A Nova Duplicata - Além Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora