Capítulo 8

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Anna

Coloquei uma calça preta e jaqueta era uma roupa adequada para o jantar informal.
Sai de casa e fui em direção a o restaurante que não era muito longe de minha casa , resolvi ir a pé,  queria esclarecer meus pensamentos, estava com tanta raiva daquele cara que não sabia se iria conseguir me segurar.
Abri a porta do restaurante lá estava ele de costas olhando para um quadro  parecia que estava pensando em algo sombrio , ele era lindo não podia negar mas sua personalidade não fazia jus à sua beleza. Me aproximei e fiquei observando o quadro ao lado dele , a pintura era bem simples  havia uma casa e uma floresta ao redor , a lua estava cheia no céu e a escuridão tomando conta de tudo , menos da casa nela havia um pouco de luz.
Ele se virou e olhou para mim com seus olhos azuis , um arrepio tomou conta do meu corpo,  talvez eu estivesse tensa demais para ter aquela conversa com ele.
- Você gosta de pinturas ? _ Tentei puxar assunto tentando não ser grossa. Queria resolver aquele assunto de uma vez por todas ( sem pensar em vingança) mas minha raiva falava mais alto. Não entendo muito bem porque sinto tanta raiva dele. Ele me chamou de baleia e botijão na frente de todos ( Não! pensando bem tinha motivos o suficiente ) Mas tentei me segurar o máximo possível.
- Não. Só vim ver o nome do louco que teve a ideia de pintar uma casa no meio da floresta.
- Talvez não seja só uma casa no meio da floresta, talvez tenha algum  significado.
Sai de perto dele , estávamos ali para resolver o que havia acontecido e não para bater papo sobre quadros e pinturas.
Sentei na mesa mais próxima ele me seguiu e se sentou a minha frente.
Diego ficou me encarando , me senti desconfortável por alguns instantes.
- Bom..Tenho muito o que explicar.. _ Ele começou. - Eu queria muito lembrar que eu estava bêbado, não estava raciocinando muito bem..
- Você me chamou de baleia e botijão, e ainda disse que não aguentava olhar a minha cara. _ O interrompi.
- Me desculpe quando bebo perco o controle com as palavras , não quis insulta-la.
- Me pareceu que sim , já ouvi falar que quando estamos bêbados falamos o que realmente pensamos.
- Eu não estava muito bem , havia acabado de chegar de viagem, minha cabeça estava explodindo.
- Como posso contratar alguém como você para trabalhar na minha editora? No primeiro instante que tem algum ruim ou uma pessoa estraga sua "noite" você "perde a cabeça ". _ Falei num tom irônico .
- Sei que nada vai justificar meu comportamento naquela noite, mas farei o que for necessário para que você    repense e faça a escolha certa para sua editora.
- Eu não tive escolha , quando cheguei você já havia assinado o contrato. Vou ser bem clara eu não gosto de você comecei a te odiar desde o momento em que aquelas palavras saíram de sua boca. Mas como você ja assinou o contrato vai ter que trabalhar por um ano na editora e eu não vou facilitar para você.
- Desculpe não sabia que havia magoando tanto que poderia interferir até no trabalho.
- Diego quer saber não vou perder meu tempo com você, ja resolvemos tudo. Aproveite o jantar._
Sai do restaurante as pressas não queria ficar nem um minuto se quer com aquele idiota.
- Espere! _ Ele começou a andar ao meu lado.
- O que você quer hein? Me humilhar na frente de todos novamente? Eu amo meu corpo, e não vou deixar um homem com falta de caráter me dizer se sou bonita ou não. Nos vemos amanhã as 9:00.
O deixei para trás andando rapidamente até chegar em casa. Seria um ano difícil.

A mulher que me torneiOnde histórias criam vida. Descubra agora