Aprender a obedecer é essêncial

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Minha mãe só podia estar de brincadeira, talvez eu não fosse o melhor filho do mundo, na verdade eu sabia que passava bem longe disso; eu era o típico rapaz de boa família que não prestava. O motorista carregava as minhas bagagens, enquanto uma senhora baixinha e rechonchuda explicava para a minha mãe tudo o que de mais maravilhoso aquele lugar poderia fazer por mim.
Aquilo era a merda de uma escola, particular e elitista, onde eu infelizmente passaria os próximos anos de minha vida, um internato para garotos.
Em meus dezessete anos de vida admito não ter sido uma criança fácil, mas meus pais estavam cansados e sem sentido nenhum resolveram me matricular naquela escola para ver se a cria deles tomava jeito.
A princípio eu achei que seria um lugar luxuoso e requintado em base no poder monetário de minha família, seria como férias. Doce engano.
O lugar era de uma construção antiga, aqueles prédios frios e cinzas, iguais as cores dos uniformes dos garotos. Eu estava em um inferno da aprendizagem. O diretor era um homem baixinho, tinha uma expressão de repreensão cravada na face, ele se apresentou a minha mãe com o mínimo de doçura que uma mulher merecia.
Quanto a mim, só recebi um olhar analítico de cima a baixo que me fez engolir em seco. A mulher que apresentava a escola para a minha mãe me levou junto com o nosso motorista e minhas malas para o meu quarto. Que obviamente só podia ser piada. Era minúsculo, tinha um roupeiro pequeno de três portas grudado em uma das paredes, na outra uma cama de solteiro e na parede da porta uma escrivaninha. E... só.
-Essa deve ser a suíte de luxo, já que não tenho um colega de quarto. -fui sarcástico, o motorista largava minhas malas e voltava para o conforto de nosso carro com os bancos estofados de couro enquanto eu ficaria ali dormindo naquele colchão duro.
-Todas os quartos são iguais senhor Kim. -a mulher ajeitou os óculos que escorregava pelo nariz. -Não é permitido contato entre os internos fora do horário de aula. O último horário de sexta-feira é reservado para isso, um momento de desconcentração dos estudos junto de seus colegas. -eu revirava os olhos, eu estava ali a menos de uma hora e já queria morrer.
-Por isso sem colegas de quarto, para que não se desvie dos estudos.
-Ah ótimo. -falei sem vontade, fingindo comemorar aquela maravilhosa informação.
-Senhor Kim. -ela parecia tão desgostosa quanto eu. Suspirando audivelmente e girando-se para deixar o quarto. Agora meu quarto. -Arrume seus pertences, amanhã a sua primeira aula é as oito em ponto, atrasos não são tolerados. Encontrará no prédio da torre a condenadora, lá poderá pegar sua autorização para entrar na aula. Esteja lá exatamente as sete e meia.
Depois disso a mulher se foi me deixando só até o momento que minha mãe veio e se despediu de mim, beijando meu rosto e dizendo que tudo aquilo era para o meu bem, para que eu fosse alguém. E não só um riquinho metido que gasta toda a herança dos pais quando estes morrem.
Apesar de tudo eu não fiquei bravo com minha mãe sabia que aquilo não era ideia dela, ela mais do que ninguém queria me manter "de baixo de sua saia" como meu pai dizia e certamente que a ideia só podia ter vindo deste.
Após três dias naquele lugar eu queria arrancar meus cabelos falsamente loiros e não era porque eles faziam com que eu me destacasse em meio a todos os outros meninos de cortes de cabelo igual e escuros.
Era de puro tédio. Mamãe me ligou dizendo que naquele primeiro final de semana ela me buscaria para que comprássemos utensílios para minha melhor vivência naquele lugar.
Ela mesma ficará chocada com minhas condições. Não havia televisões, jogos, nada que eu pudesse usar para me entreter. Ela ficará furiosa, tenho certeza que meu pai sofreria um tantinho naquela semana e nas próximas outras, assim pelo menos eu esperava.
No final da primeira semana minha mãe veio me buscar, voltamos para o centro da cidade e compramos eletrônicos e roupa de cama e um colchão melhor, mas nem isso diminuía meu suplício naquele lugar.
As regras eram rígidas, tinha hora para dormir, acordar, comer, conversar e até para tomar banho. Eu não gostava de regras, não gostava de as seguir, obviamente que esse era o motivo para eu estar ali.
No final da segunda semana um amigo me ligou, me contando sobre uma festa que eu não poderia perder, marcamos dele me encontrar na estrada próxima escola, avisei minha mãe que não voltaria para casa naquele final de semana porque precisava estudar.
A mulher nunca pareceu tão feliz na vida.
Mas... Quando voltei para a escola no domingo a tarde fui surpreendido por um comunicado do diretor eu deveria comparecer na sua sala no primeiro horário na segunda.
-Senhor Kim, não admitimos esse tipo de comportamento. -ele me dava uma bronca por ter mentido para minha mãe. O fato é que meu pai não caiu assim tão fácil em minha pequena mentira e ligou para escola para saber se eu estava mesmo ali.
-Eu entendo. -comecei tentando ser o mais educado possível o homem de tão branco parecia um fantasma, me causava arrepios. -Mas eu não burlei nenhuma regra da escola, era meu final de semana livre. -me expliquei com um sorriso vitorioso no rosto.
-É bem verdade. -o homem parecia chateado, mas não menos desmotivado. -E é por esse motivo que não podemos o punir apropriadamente. -cruzou as mãos em cima da mesa. -Mas veja bem... -ele começou.
Ouvimos uma batida na porta e o diretor pediu para que o seu causador entrasse e por ela entrou um garoto.
Notoriamente mais baixo que eu, branco como a neve, por mais que isso soasse piegas era a mais pura verdade, os cabelos eram curtinhos e pintados de um vermelho-escuro que quase se confundia com preto.
Sua postura era altiva, ficou parado de pé ao lado da mesa, o corpo ereto em uma postura perfeita a cabeça erguida me olhando de cima, me analisando como um produto à venda.
Os olhos eram vazios, a expressão no rosto fria e entendiada.
-Esse é Min Yoongi. -o diretor apresentou e o garoto se curvou em uma mensura respeitável. -Esta no último ano. É o nosso melhor aluno. -o homem sorria cheio de orgulho. -Não posso lhe punir pelo fato de não ter burlado nenhuma de nossas regras. -ele tamborilou os dedos na superfície da mesa de mogno. -Mas seu pai me deu carta branca. Ele deseja que você aprenda a seguir as regras não só de uma escola mas sim as regras da vida! -sorriu vitorioso como anteriormente eu mesmo tinha feito e eu senti um arrepio surgir em minha espinha dorsal.
-Min o ajudará nessa função. -voltei meus olhos para o garoto parado imóvel ao mm eu lado.
Eu não queria ter que admitir assim tão fácil mas o garoto era mais bonito do que as garotas de minha antiga escola.
-Ele será seu guia. -o tom feliz na voz do diretor me deixava apreensivo pelo que se seguiria. -Deverá ver nele um modelo de conduta, aprenderá a seguir as regras, disso eu tenho certeza.
Olhou para o garoto com um meio sorriso que não foi correspondido o cara continuava com aquela expressão fechada e entendiada.
-Agora voltem para suas aulas.
Saímos da sala e até então eu não tinha trocado uma palavra com o garoto. Aquela punição não me parecia tão ruim. Ele era tão bonito.
Não que eu tivesse garotos como minha principal preferência, esta era as garotas, mas eu não me negaria a ter prazer com um garoto se esse me interessasse. Esse é um dos pontos bons em ser um cara rebelde.
-Então... -comecei enquanto andava observando suas costas. -É, como devo te chamar Min? Yoongi?
-Hyung! -ele me respondeu, olhando para mim por cima do ombro, com aquele olhar superior que me fez dar um gritinho de excitação interno. -Sou mais velho que você. -disse voltando sua atenção para o nosso caminho.
Eu revirei os olhos, ele era grosseiro, mas era uma graça então eu deixaria aquela passar.
-Hyung? -chamei e ele bufou em desgosto, se virando para mim parando de andar. -O que fez para merecer uma tarefa tão insalubre quanto essa de ser meu instrutor? -perguntei, cinismo escorrendo por minhas palavras.
Ele cruzou os braços em frente ao peito e aumentou a expressão desgostosa em sua face em níveis alarmantes. -Meu pai acha que eu preciso de um animalzinho de estimação. -eu abri minha boca chocado. Porque veja bem, primeiro descobrirá que ele era filho do diretor, segundo porque ele me chamará de animal. -Mas isso não significa que eu goste da ideia. Não seremos amigos, então por favor...
Eu toquei em seu ombro, eu ia dizer um "Ah, qual é cara?" mas o modo como seus lábios se apertaram e seu olhar fulminou meu rosto fez com que eu engolisse minhas palavras.
-Não toque em mim. -ele disse e eu retirei minha mão, recuando rapidamente ele tinha uma aura amedrontadoramente dominadora.
-Veja bem Kim. -ele começou voltando a andar pelo corredor.
-Me chame de Namjoon. -eu não desistiria o modo como seus quadris se moviam quase me fazia babar.
-Eu prefiro Kim! -ele disse sério. -Veja bem, eu não quero que me toque, não quero sua amizade e desconfio até que o ar que estejamos compartilhando seja prejudicial a minha saúde.
Ah qual é cara? Essa doeu!
-Minha missão é fazer com que você seja o próximo garoto modelo desta escola, então por favor simplesmente simplifique a minha tarefa.
Agora já andávamos pelo gramado, o prédio da torre era destinado a diretoria os outros eram onde estavam as salas de aula e o último, por fim, onde estavam os dormitórios.
-Me encontre aqui no horário de intervalo. -ajeitava a roupa desinteressado.
As duas semanas seguintes foram simplesmente terríveis. O Hyung era terrível.
Ele era uma miniatura bonitinha de Hitler, era adorável sem dúvidas, mas meu deus do céu ele era um pé no saco. Era mandão, arrogante, destratava a todos se sentia superior e todos os outros garotos só faziam o ego inflado do menor aumentar.
"O Hyung é tão inteligente" "O Hyung é tão bonito" "Sua pele é tão clara"
O Hyung é um maldito filho da puta que estava fazendo da minha vida um inferno. Me fazendo estudar até a exaustão, me cobrando conhecimento em matérias que eu ainda nem tinha em minha grade de estudos.
O maldito ditadorzinho, arrogante, manipulador, autoritário, de pele lisinha e lábios rosados me fazia acordar uma hora mais cedo para repassarmos minha fluência em francês porque era minha primeira aula. Me fazia passar o intervalo enquanto comíamos estudando geometria, caramba eu odiava geometria, o pequeno era bom em esportes o que me deixava surpreso e isso o obrigava a me obrigar a ser melhor.
Me olhando com aquele peito inflado do lado da quadra enquanto o treinador gritava para que corrêssemos mais rápidos na quadra.
Eu estava enlouquecendo de fato.
Eu não conseguia nem um momento a sós, para sei lá quem sabe poder respirar, não, ele estava lá em todos os momentos, me mandando o que fazer, me dando ordens, mostrando que apesar do que ele próprio falará no dia em que nos conhecemos ele estava sim adorando ter um animalzinho de estimação.
Eu estava no banheiro, urinando, na verdade estava me escondendo para responder uma mensagem de um amigo meu, quando escutei a porta ser aberta e com força ser fechada, o som de porta batendo e passos duplos sendo dados me indicava que alguma coisa aconteceria então eu como um bom curioso me mantive escondido, isso e porque eu ainda não terminará de arquitetar meu plano de como me livrar da marcação serrada do imperadorzinho.
-Você está me irritando! -eu conhecia aquela voz, era a voz do Hyung, eu reconheceria ela mesmo em meio a um show de rock, ela estava em meus sonhos e não era de um modo bom, era me mandando fazer coisas, coisas que eu não queria fazer.
-Eu só preciso saber porque anda tão sem tempo para mim, Hyung, por favor... -a outra voz eu não reconhecia, mas claro, se tratando de onde estávamos pertencia a um homem, as únicas mulheres naquela escola eram as funcionarias e não é como se uma dessas fosse se trancar no banheiro com o filho do diretor.
-Não toque em mim! -Hyung disse e eu reprimi uma risadinha. -Eu não lhe devo explicações! -então era isso, o meu instrutor era... bem... gay, certo? Parecia que enfim a sorte tinha voltado para mim, eu agora tinha um trunfo na manga.
Eu o ameaçaria para me deixar em paz, ameaçaria contar para todos e especialmente para seu pai sobre seu segredo se ele não me deixasse em paz.
-Hyung, por favor... -a voz falou pesarosa. -Suga... eu estou com tanta saudade.
"Suga?"
-Não me chame assim. -Hyung disse e seu tom era autoritário como sempre. -Não aqui. -era agora malicioso e eu senti meu rosto corar... aquele tom de voz fizera meus pelos todos se arrepiarem.
-Sim senhor... -eu precisava ver aquilo, eu precisava ver a expressão em seu rosto.
Arredei a porta minimamente constatando surpreso a cena que se desenrolava no banheiro.
O garoto que falava com o Hyung não era como eu imaginava, supondo por seu modo de agir perante o outro eu imaginava alguém menor que ele, com uma expressão inocente e uma carinha fofa.
Não, o cara era maior até mesmo que eu, talvez devesse ter o dobro de peso do filho do diretor, era grande e tinha um porte atlético, provavelmente praticava com afinco algum esporte.
Mas sua postura submissa diante do ruivo o tornava pequeno, os olhos temerosos e os lábios tremelicando.
-Pode ir até meu quarto essa noite. -meu instrutor falou. Aquela cara de entediado, a face fria marcada por uma carranca de superioridade. A mão delicada tocando o rosto másculo do maior que fechava os olhos em puro deleite, jogando o rosto como um gatinho contra a mão pequena, suspirando.
-Eu posso mesmo Hyung? -perguntou uma alegria palpável na voz.
-Pode! -o menor se afastou e o outro abriu os olhos sentido pelo fim do carinho. -Isso é claro, se parar de agir desse modo desrespeitoso com o seu Hyung.
-Eu, eu não fui desrespeitoso, eu só... -o filho do diretor levantou a mão em um ato exasperado. E o maior se calou como uma criança obediente aos pais.
-Cale-se e volte para a sua sala, não deveria estar na aula de economia?
-Sim senhor! -o maior sorria todo bobo.
-Então se esforce bastante. -começava a sair do banheiro. -E poderá me visitar esta noite.
Eu não sabia mais o que eu queria, não queria confortar o menor com aquele segredo descoberto, não queria usar aquilo a meu favor. Eu não conseguia pensar com clareza e depois de sair do banheiro e me refugiar em meu quarto pelo resto da tarde alegando ao meu instrutor que me sentia mal ainda não sabia o que fazer.
Eu não compreendia o que de fato acontecerá naquele banheiro, uns dias depois, dois para ser mais exato eu descobri quem de fato era o cara do banheiro.
O cara era da equipe de luta greco-romana era um armário e todos perto dele morriam de medo. Ele era tão soberbo e ameaçador quanto o filho do diretor. E eu deixava que um sorriso besta se desenhasse em meu rosto a cada vez que me lembrava da cena ocorrida no banheiro.
-Do que está rindo estúpido? Preste atenção! -Hyung puxou minha orelha, fazendo com que eu voltasse a ter meu foco no livro em meu colo.
Liamos um livro chato e grosso sentados abaixo de uma sombra de uma árvore. Se eu contasse a meus amigos que estava lendo algo que não fosse uma playboy certamente eles achariam que eu mentia.
Mas o filho do diretor tinha aquele poder, ele era dominador. E isso antes, que tanto me incomodava agora me atraia ainda mais. Antes ele era fofo, somente na aparência é claro, mas, nada a mais do que isso, era irritante e gostava de se fazer ser ouvido e obedecido. Isso antes me enojava, mas agora me deixava extasiado, o que era algo estranho, porque eu nunca gostei que ordens fossem dadas a mim.
-Você e grandão ali são amigos? -perguntei e ele elevou uma sobrancelha. Indiquei com a cabeça o grandalhão da equipe de luta romana.
-O que? -ele respondeu minha pergunta com outra. -Do que está falando Kim?
-O Hyung sabe, você e ele se conhecem...? -a face demonstrava tanta incredulidade que eu mesmo agora, não tinha certeza do que meus olhos viram no banheiro.
-Não nos conhecemos. -ditou sério. Voltando a ter os olhos presos no livro.
-Está mentindo... -eu disse baixinho, seu rosto volveu para mim. -Está mentido... Suga... -minha voz se derramava por meus lábios com sarcasmo e mesmo diante de seu choque ele mantinha aquela expressão entediada de sempre, aquele olhar de peixe morto e nem minimamente abalado.
-Não me chame assim. -ele sussurrou, os lábios crispados e os dentes trincados. -Aquele imbecil... -olhou para o lutador de greco-romana por cima de meus ombros.
-Ele não me disse nada. -falei risonho. -Eu vi vocês no banheiro na segunda. -fechei o livro, era obvio que agora finalmente eu teria sua atenção em mim. Eu estava muito feliz com isso.
-Que seja. -deu de ombros. -Voltemos para a leitura Kim. -mas parece que eu estava enganado. Como assim? Ele continuava com aquela pose de manda chuva quando eu lhe confidenciará que descobrirá algo bem constrangedor sobre ele.
-O que? -eu disse um pouco mais alto.
-Fale mais baixo Kim, os outros estão interessados em aprender.
-Estarão também interessados no que eu tenho para contar. -ameacei e um sorriso macabro apareceu em sua boca. Nota mental: Puta que pariu!
-Mas isso não é o que de fato você quer, não é? Se fosse já teria espalhado o boato. -ele voltava a ler o livro, quase se deitando no gramado, apoiando as costas na árvore atrás de nos. -
Kim... -ele balançou a cabeça em negativa um sorrisinho besta no rosto. -Você nem sabe o que quer. Então, até saber o que de fato deseja não me perturbe com as suas ameaças.
Eu fiquei calado, por um tempo sem saber o que dizer, eu não sabia de fato o que queria em troca de meu silêncio. Mas uma palavra que ele usará me acenderá.
"Desejo"
Eu desejava era sair daquele lugar que parecia preso no século passado, mas de fato isso era algo que não aconteceria eu ainda era de menor e papai ainda mandava em mim. Então, o que eu desejava?
-E quando eu souber? -perguntei.
-Pode me procurar em meu quarto. -ele nem mesmo me olhou ao responder.
Os dias se passaram sem grandes mudanças, Hyung continuava a mandar e desmandar em mim, os alunos continuavam a fazerem parte de seu pequeno reinado.
Mas... a forma como via meu instrutor mudará, eu sempre o achei bonito, desde a primeira vez que o virá. Mas agora... quando os dentinhos pequenos encontravam os lábios pequeninos e avermelhados em um momento pensativo em sentia minha calça apertar. Eu não era estúpido, eu sabia bem o que o outro cara tinha ido fazer no quarto do menor naquela noite e a perspectiva de que eu poderia fazer o mesmo com ele estava me deixando louco.
Então porque eu ainda não tinha ido até lá? Eu não sabia. Era algo nele, algo que me assustava, eu precisava saber pelo que me esperava ao entrar naquele quarto. E foi por isso que procurei o lutador de luta romana.
-O que quer aqui Kim? -ele disse ao me ver entrar no vestiário, ele se trocava depois de um treino, eu o observava curioso. Ele tinha pequenas marcas já antigas de uma branda agressão física. Obviamente que este era o motivo que o fizera se esconder para tomar banho.
-Quero conversar com você. -disse e ele foi rápido em se vestir.
-Não deveria estar aqui. -ele me olhou desconfiado. -Min não gostará nada disso. -eu elevei minhas sobrancelhas, ao meu entendimento ele deveria estar com medo de um dos supervisores e não de um garoto com metade do seu peso.
-Você tem medo daquele nanico?
-Não o chame assim. -ele voou em cima de mim, me segurando pela gola de minha camisa. -Seu bastardo! Diga logo o que quer e suma de minha frente. -ele bufava em meu rosto como um boi bravo.
-Gostaria que soltasse, seria melhor. -eu disse e ele me soltou, parecendo se controlar com dificuldade. -O que tem com o Hyung?
-Não tenho nada com ele. -ele falou calmo, calmo até demais para alguém que a minutos atrás estava revoltado. Aquilo me fez sentir um arrepio nas costas e então eu olhei para trás. E lá estava, parado no marco da porta, os braços cruzados e uma pose de quem está terrivelmente bravo.
Min Yoongi.
Nos avaliando de cima a baixo. Como se ele próprio fosse o diretor e pudesse nos expulsar daquela escola.
-Eu não tive culpa nenhuma Hyung, eu juro, eu não fiz nada! -o grandalhão se defendia e o menor não o olhava, os orbes vazios e frios presos em mim.
-Cale-se! -ele falou, mas mesmo que parecesse terrivelmente enfurecido sua voz saiu baixa. -Com você eu me entendo depois, saia.
-Mas Hyung. -o maior pedinte sussurrou.
-Sua voz está me irritando. Saia! -ele finalmente fuzilou o outro com aquele olhar aterrorizante e eu vi o momento exato que o homem bem maior que eu recuará amedrontado até sua bolsa e sairá aos tropeços. É parece que ele tinha mesmo medo do outro, eu só não sabia o porque.
-O que está fazendo Kim? -ele perguntou para mim e eu de repente não sabia o que eu fazia ali, quer dizer, porque ele me deixava daquele modo? Sem ter confiança em minhas ações.
-E-eu... -comecei.
-Não. -ele falou, as mãos massageando as têmporas. -Não gagueje, pelo amor de deus.
Eu me calei, ele veio até a minha direção e deu uma volta completa em torno de meu corpo me avaliando e eu agora tinha a consciência de que assim como o outro cara eu devia estar menor que ele, sua presença era esmagadora, era assustadora.
-Já sabe o que quer? -a voz estava notoriamente mais aprazível, quase meiga e eu como um idiota deixei um suspiro escapar quando ele nas pontas dos pés sussurrou em meu ouvido. -Eu sei o que quer. -notei a língua umedecer os lábios, minha nossa...
-Eu percebo como você me olha. -eu queria o beijar, agarrei sua cintura com força o trazendo para perto de mim, colando nossos peitos, mas ao invés da expressão chocada e envergonhada que ele deveria ter, ele estava enraivecido, estapeou meu rosto com força me fazendo o soltar no mesmo instante.
-Não toque em mim, seu maldito! -espantando com sua atitude eu tinha a mão em meu rosto. -Não lhe dei essas liberdades Kim! -ele parecia que esmagaria minha cabeça, mas, mesmo assim, sua voz era controlada, ele afinal não precisava gritar para me assustar.
-Vamos voltar, está na hora do almoço. -já se afastava, depois de arrumar sua roupa, retornando assim para a sua postura certinha de filho do diretor.
-Hyung? -eu chamei e ele só parou de andar, perto da porta, mas não me olhou. -Posso ir no seu quarto essa noite? -eu realmente perguntará aquilo? Naquele tom submisso e necessitado.
Ele me olhou por cima do ombro, me avaliando de baixo a cima e sorrindo de um modo extremamente petulante.
-Qual foi sua nota em geometria Kim? -perguntou me deixando confuso. Mas eu só o respondi, dizendo minha nota na última prova que tive de geometria, eu não tinha tirado a melhor nota da sala, mas referente aos costumeiros três ou quatro que eu regularmente tirava eu tinha melhorado bastante tirando um nove. -Esteja lá as nove Kim, as nove, não se atrase!
Estava eu parado a quase cinco minutos diante daquela porta, ele disse as nove e para que eu não me atrasasse, mas... acho que isso também queria dizer para eu não chegar adiantado, então era por isso que eu encarava meu relógio de pulso a cada segundo, porque o maldito se negava a me mostrar que já eram nove horas da noite.
Quando finalmente aquele ponteiro pequeno se moveu para próximo do nove eu suspirei feliz, bati temeroso na porta e recebi um entre, como sempre naquele tom entediado e baixo.
O quarto estava todo escuro, só a luz da lua que passava pela janela aberta não o deixava mergulhar em uma completa escuridão e essa também me ajudava a ver onde estava o meu Hyung.
Ele estava sentado na beirada da cama, as pernas cruzadas e eu via a brilhante ponta de um cigarro aceso brilhar mais forte a cada vez que ele tragava.
-O que você quer Kim? -ele perguntou a voz monótona me causando inúmeros arrepios pelo corpo, aquele tom desinteressado mexia comigo de uma maneira que eu não entendia.
Sempre tive muitas meninas e quando dava brechas algum menino correndo atrás de mim e ali estava eu quase duro por que um garoto falava comigo naquele tom de voz de quem estava mortalmente desinteressado em mim.
-E-eu, eu... -a qual é, precisava mesmo gaguejar?
-Não gagueje. -ele disse, tragando o cigarro novamente fazendo aquele ponto vermelho e brilhante iluminar parcamente seu rosto. -Vou perguntar novamente e dessa vez quero uma resposta segura. -ele se levantou, mas não saiu de perto da cama, no mesmo lugar imóvel e eu sentia minhas mãos suarem. -O que você quer Kim?
-Você! -eu respondi seguro e firme sem gaguejar. -Eu quero você! -eu o achava atraente, a personalidade dominadora dele me deixava perturbado, ele era lindo e eu estava a mais de dois meses sem sexo. Sim eu queria ele.
-Você me quer Namjoon? -a voz parecia um gatinho manhoso miando quando mencionou meu nome e eu senti que poderia ficar duro somente com ele usando aquela voz. -Quer mesmo? -ele ligou a luz de um abajur que ficava ao lado de sua cama. Meu queixo caiu, eu estava literalmente de boca aberta.
Minha nossa senhora, o que é isso? Quem é esse garoto?
Ele vestia um calção curto preto de vinil, bem curtinho mesmo, tipo não chegava nem na metade das coxas e que coxas, macias, brancas e torneadas eu me sentia salivar, ele não usava blusa alguma, só um colete curto também de vinil que mesmo fechado me deixava ver seu umbigo e seu peito magro, ele usava luvas, negras, aquelas de motoqueiros, mas o melhor era sem dúvidas os tênis, ele estava usando um converse preto de cano médio. E malditas orelhas de gato, sério não era necessário tanto assim para me deixar duro. Orelhas de gato já era considerado uma covardia. E só quando ele estalou o chicote em suas mãos que eu acordei do meu transe.
-Ainda me quer Namjoon, ou por acaso mudou de ideia? -era sarcástico, ele tinha certeza que eu o queria.
-Eu o quero. -avancei contra ele. -Eu o quero muito! -ele me parou colocando o chiote em riste a frente de meu peito.
-Sem movimentos exagerados Namjoon. -disse sério a expressão em seu rosto continuava superior, mesmo vestido daquela forma ele continuava superior a mim.
-Eu dito as regras aqui, você compreende isso? -ele elevou uma sobrancelha e eu engoli em seco.
-Ei cara, eu não curto ser passivo não. -disse meio risonho, qual é, eu não gostava.
-Se não está disposto a seguir minhas regras saia de meu quarto Namjoon. -ele falou dando-me as costas... Meu Deus! A bunda dele apertada naquele calção minúsculo de vinil estava uma delicia.
-Eu faço o que você mandar. -minha boca só podia estar contra mim, era isso.
-Assim está melhor. -ele voltou a me olhar, sorrindo convencido estalando o chicote nas mãos. -Primeiro vamos as regras, está bem? -ele dizia com paciência.
-Regras? Que regras?
-As regras que eu explicarei se você se calar. -ele estalou o chicote contra meu ombro e eu engoli em seco. Começou a dar voltas pelo meu corpo, me avaliando.
-Funciona assim... -ele disse parando a minha frente. -Eu mando, você obedece. -eu elevei uma sobrancelha. -Parece muito com o que temos agora. Com a diferença de que faremos sexo. -ah... agora sim estávamos chegando onde eu queria.
-E quando começamos? -eu perguntei impaciente, eu não conseguia me controlar, ele estava usando orelhinhas de gato!
-Quando você aprender a se comportar. -ele se aproximou, elevando os pezinhos para poder sussurrar em meu ouvido. -Você está me deixando irritado e você não vai me querer irritado. -eu me arrepiei por inteiro. Mas aquilo era uma mentira eu o quereria até se ele estivesse possuído por algum demônio.
-Você sabe como funciona um relacionamento sadomasoquista, Namjoon? -opa! Mas o que? -Dentro e fora de um quarto um dos dois é o dominador e o outro o submisso... -ele mordeu o lábio inferior ao passar o chicote em minha intimidade que visivelmente estava tesa.
-Você quer ser adestrado Namjoon? -sussurrou próximo ao meu rosto as mãozinhas cobertas pelo couro acariciando meus cabelos, o corpo se chocando contra o meu. -Quer ser meu animalzinho de estimação?
-Eu quero! -ele acariciou meus lábios com os dedinhos brancos.
-Você quer? Quer mesmo Namjoon? Sabe no que isto implica? -eu balancei minha cabeça em negativa, eu não sabia, estava só sendo sincero.
-Isso quer dizer que você fará o que eu digo, serei seu mestre. -eu só o admirava, nem mesmo conseguia compreender de fato o que ele dizia, ele estava tão perto tão quente e eu sabia que se o tocasse seria repreendido.
-E quando faremos sexo? -eu perguntei mordendo o lábio para repreender a vontade que tinha de o tocar, ele riu nasalmente me olhando de cima a baixo, depois voltou para a cama se sentando lá, eu não sabia se deveria o seguir, o que eu tinha que fazer? Fiquei ali parado com uma ereção esperando sua próxima ordem.
-Faremos sexo quando eu quiser, onde eu quiser, como e do jeito que eu quiser. -falou cruzando as pernas.
-E você quer agora? -perguntei esperançoso.
-Quero que me chame de Suga, Namjoon. É nome que deve se referir ao seu senhor. -falou e eu concordei com a cabeça. -Sabe por que Suga? -eu neguei e ele sorriu daquele jeitinho que mostrava as gengivas, tão fofo! -Porque eu sou um doce de mestre. -riu alto e eu não entendi, mas não falaria nada, estava mais concentrado no fato de que a bermuda subirá me mostrando mais daquela pele branquinha.
-Tira a roupa Namjoon, eu quero ver meu novo brinquedinho. -ficou sério de repente e eu comecei a seguir sua ordem. Quando eu já estava só de cueca me chamou com o dedinho para que eu me aproximasse mas quando me movi ele balançou a cabeça em negativa. -De joelhos Namjoon.
Eu bufei desgostoso e revirei os olhos, minha revolta não passou despercebida aos olhos dele.
-Se quiser pode voltar para o seu quarto. Não estou com saco para adestrar um cachorro mau. -fez um bico com os lábios a coisa mais adorável que eu já vira na minha vida.
Eu olhei para os lados e depois me abaixei engatinhando até estar de frente com seus joelhos. Ele esticou o pé na direção do meu rosto e sussurrou para mim tirar o tênis, eu o retirei com cuidado, sentado sobre minhas pernas só de cueca, era de fato uma situação humilhante, mas puta merda! Eu estava tão excitado que se ele me mandasse pular da janela eu faria.
Eu não entendia aquilo ele nem ao menos tinha me tocado, ele só ficava com aquela cara de paisagem me olhando enquanto eu afrouxava os cadarços e retirava o tênis e depois a meia e ainda assim era muito mais excitante do que uma gostosa me chupando com vontade.
Mas acho que era isso que me levará até ali, de alguma forma ele sabia que eu adoraria aquela situação, mesmo que eu não soubesse. Beijei seu pé, um pouco acima dos dedos finos e tão brancos quanto o resto do corpo. Ele tinha cheiro de óleo de bebê e a pele lisinha.
E acho que era isso que acabava por enlouquecer quem entrava naquele jogo, a aparência fofa e delicada que contratava tão abruptamente com alguém que te mandava ajoelhar e lhe tirar os calçados.
-Bom garoto. -falou fazendo um carinho em minha cabeça como se de fato eu fosse mesmo um cachorro. Eu sorri sacana em resposta. Comecei a retirar o outro tênis me abusando um pouquinho mais, deixando que minhas mãos acariciassem a canela e ele só me olhava, os olhos agora não tinham mais aquela expressão de tédio, estavam nublados de desejo e eu juro que se de fato fosse um cão eu estaria agora abanando minha calda em puro êxtase por alegrar meu mestre.
-O que devo fazer agora mestre? -eu perguntei já afundado naquele jogo, era o que queria, o obedecer para que ele pudesse fazer comigo o que desejasse.
-Você aprende rápido. -ele sorriu se inclinado contra a cama. -Vem Namjoon. -me chamou. -Vou te ensinar um truque novo.
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Naquele final de semana eu não voltei para casa, não porque eu amasse minha nova escola, mas porque meu corpo estava tão dolorido que eu não conseguia levantar da minha cama. Eu fui algemado a cama, surrado com um chicote, mordido, arranhado e tudo isso enquanto um gatinho malvado cavalgava em mim.
Meu Deus! Só de me lembrar dessas coisas eu já ficava alegre. Era segunda e eu me encontrava morto de sono em mais uma de minhas aulas chatas de francês meus olhos pesados imploravam para ficarem fechados enquanto a professora lia um texto qualquer. Uma batida na porta fez a professora parar com a sua leitura e se levantar para abrir a porta e lá estava meu mestre, pequeno fofo e com um sorrisinho mínimo na boca, ele ia aprontar eu tinha certeza.
Me arrumei em minha cadeira, mudando a minha posição desleixada ficando ereto e tenso.
-Desculpe interromper professora. -ele disse e a mulher sorriu toda doce.
-Não se preocupe com isso Min. -com certeza ela era mais uma das tantas fãs do menor, não chegava os outros alunos os funcionários também babavam em cima dele.
-Está certo. Kim, acompanhe-o até a diretoria. -eu me levantei rápido, recolhendo meus pertences e deixei a sala de aula seguindo o Hyung calado até notar que não deixávamos o prédio para ir para a diretoria, seguíamos para um corredor desconhecido por mim.
-A sala do diretor não é por aqui. -constatei o obvio e ele só sorriu para mim por cima do ombro colocando o dedo indicador por cima dos lábios. Era uma ordem muda de que eu deveria ficar em silêncio.
Meu instrutor tirou uma chave de dentro do bolso, abrindo uma porta já no final daquele corredor ele entrou e eu o acompanhei, trancou a porta e se distanciou de mim, observei o lugar, era uma sala que usavam para guardar os instrumentos da banda da escola, estava fechada a um tempo e o cheiro de mofo era bem forte, não tinha luz natural só uma lâmpada amarela e uma cadeira ao lado de onde eu estava de pé.
-O que estamos fazendo aqui Hyung? -perguntei tirando uma teia de aranha que havia grudado em meu cabelo quando passei pela porta.
-Me chame de Suga. -eu sorri safado sabendo muito bem onde ele queria chegar e o que de fato faríamos ali. -Dispa-se Namjoon, deixe-me ver as marcas que eu fiz em você. -eu mais do que depressa comecei a tirar a minha roupa sobre o seu olhar atento. -Agora se sente ali. -apontou para a cadeira e eu me sentei assistindo quando ele tirou do bolso uma venda e uma corda.
Me vendou e amarrou minhas mãos atrás da cadeira e eu reclamei? Mas é claro que não. Eu estava amando ser o objeto sexual do pequeno pervertido.
-Sentiu minha falta Nam? -perguntou já lambendo minha orelha depois de me amarrar. Depois da noite que passamos juntos o pai o obrigou a ir passar o final de semana com a mãe. E eu ficará sem meu gatinho dominador.
Eu não respondi, estava muito mais interessado nas mãos delicados passando pelo meu peito, abrindo minha camisa e me arranhando.
-Eu fiz uma pergunta Namjoon! -ele falou firme apertando meu mamilo com força me fazendo soltar um muxoxo de dor.
-Eu senti. -disse sofrego.
-Eu senti o que, Namjoon? -sentia as mãozinhas abrindo meu zíper e só podia imaginar aquela carinha monótona que ele fazia que me deixava tonto de tesão.
-Eu senti saudades sua, mestre! -respondi lambendo a boca que começava a ressecar. Senti seu corpo se afastar e franzi a testa eu tinha medo das coisas que aquele pequeno pretendia fazer comigo.
Eu estava sentando em uma cadeira, o colete e a camiseta abertos, minha calça e cuecas abaixadas até meus tornozelos… É só essa perspectiva vergonhosa já começava a ter efeitos sobre m eu corpo.
-Nam… -ele gemeu meu novo apelido. -Você se comportou bem na minha ausência?  -puta merda. Por algum motivo ele tinha a respiração mais pesada e ofegante eu cortaria meu dedo médio para poder ver o que estava acontecendo.
-Quer saber o que eu estou fazendo Nam? -perguntou novamente e eu só balancei a cabeça em concordância. -Então me diga, você se comportou?
-Eu nem sai do quarto mestre, fiquei esperando meu senhor voltar. -disse num fio de voz, não era nem um pouco mentira. Ele riu convencido, mas isso não me afetava.
Senti, suas pernas em contado com minhas coxas, ele sentava em meu colo, os braços em volta de meu pescoço, uma das mãos fortemente presas em meus cabelos, os puxando com força enquanto mordia meu queixo, lambendo vez ou outra.
-Mestre… Suga, por favor, me conte o que fazia momentos atrás. -eu me descobrirá mesmo um masoquista. Estava adorando todas as suas doces maneiras de me fazer sofrer.
-Sabe Nam, hoje quando eu acordei eu só pensava no meu bichinho. -ele riu baixinho, sua respiração sendo solta em contado com o meu rosto. -Eu pensava em lhe fazer uma surpresa. -eu constatava maravilhado que ele estava nu me meu colo. Eu queria muito o ver, o tocar. Mas era do modo que ele queria.
-Então, momentos atrás eu retirava o plug que coloquei logo que acordei. -soltou assim, como se não fosse nada. Eu arfei, não acredito que ele era tão cruel ao ponto de não me deixar ver ele retirando o tal plug.
Ele rebolou no meu colo e eu gemi involuntário, grudou a boca na minha, me invadindo com a língua sedenta. Na nossa primeira noite juntos eu descobri que o garoto era sedento. Quente ao um ponto enlouquecedor. Ele chocava o quadril contra minha ereção enquanto fazia sua língua mergulhar em minha saliva, meus pulsos doíam de tanto que eu os frocava para os ter livres.
Gemi agoniado quando ele mordeu forte minha boca e as afastou.
-Me solta! -falei meio raivoso. Dando um pulo fazendo a cadeira quicar no chão.
-Você sabe que não é assim que as coisas funcionam Namjoon. -ele disse contrariado.
-Foda-se! Eu quero te ver, quero te tocar. Por Deus! Eu quero te foder! -ele estapeou com força meu rosto, a ardência me fez rangir os dentes.
-Não fale assim comigo seu mal criado! -apertou novamente meu mamilo, dessa vez com maldade. -Eu aqui tentando ser bonzinho com você, mas, parece que gosta mesmo é de me ver bravo! -mordeu minha orelha, uma das mãos segurando meu membro me fazendo revirar os olhos por de baixo da venda. -Sua sorte Namjoon é que eu estou excitado, mas não pense que essa sua malcriação não será punida.
A mão macia circulou meu membro o segurando na base e o movimentando em movimentos insinuantes, foi se abaixando, fazendo com que meu falo fosse entrando em sua intimidade, eu mordi os lábios com força enquanto ia sendo recebido por todo aquele calor gostoso.
-Ain… Nam… -ele gemeu no meu ouvido, só para me tirar o pouco controle que eu tinha. -Tá tão apertado. -ele suspirou quando finalmente me tinha por completo dentro. -Me sinto tão cheio.

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