𝒉𝒊𝒅𝒆 𝒂𝒏𝒅 𝒔𝒆𝒆𝒌.

⊱⋅𝒇𝒊𝒓𝒔𝒕⋅⊰

o sol emanava seu brilho caloroso sob a pele de garoto. mais um dia.

a melodia das ondas quebrando-se seria a trilha sonora para a dança de huang, enquanto a areia fofa seria seu palco. as luzes e efeitos especiais eram improvisados, dependendo somente da vontade da grande estrela no céu.

ah, o céu estava quente. um lindo misto de laranja e amarelo o possuia por inteiro.

aquela vista tão familiar à renjun, tão acolhedora e confortável, o convidava a gastar horas e horas de seu tempo apenas a apreciando, descobrindo novas paletas de cores, novos detalhes e novas sensações.

"ele ama esta paisagem", pensou.

e ele realmente amava.

"jun, se você pudesse escolher onde morrer, qual lugar seria?" perguntou ao amado.

renjun só houvia a voz rouca se difundir com as ondas, como uma música de fundo. ambos deitados com os olhos fechados, em um dos vários por do sóis que passaram juntos.

"não faço ideia, nana. talvez em casa, dormindo... e você?"

"aqui." respondeu simples.

o modo como jaemin falava naturalmente, expunha como não tinha medo de que algo acontecesse. parecia já saber.

"por quê?"

abriu os olhos e se virou de lado, observando a pele sedosa e macia do namorado ser banhada pela luz do sol.

era peculiar como o mais novo atiçava a curiosidade de renjun tão facilmente.

"essa vista é o que eu gostaria de ver antes de morrer... mas ver o seu sorriso antes de partir também me parece ser uma ótima visão".

e mais uma vez naquele dia, jaemin fez renjun sorrir.

o mar parecia ligeiramente mais agitado que o normal, talvez tivesse decidido acompanhar os batimentos cardíacos do garoto ao lembrar daquele momento.

apesar de sentir muitas saudades do abraço do namorado, renjun tinha em mente que iria o ver logo, bastava achá-lo. não sabia onde. mas talvez, não demoraria a descobrir.

o chinês se sentia em um eterno pique-esconde. aquele no qual era sua vez de procurar. sorriu por breves segundos pensando em como na era bom em tudo que fazia, até na hora de se esconder não falhava!

fechou os olhos pronto para iniciar sua pequena apresentação, afinal, fora para aquilo que se dirigiu até a praia.

dançava com maestria: movimentos leves porém marcantes, expressões suaves e belas que harmonizavam com todo o ambiente.

seus pés descalços marcavam a areia, uma hora ou outra, a espalhando pelo ar. eram incontáveis as vezes em que torceu o pé ou o encheu de calos por não usar sapatilhas, mas quem se importava?

continuava a dançar.

terminou sua doce coreografia com um plié, exalando satisfação em um sorriso largo e postura reta. na maioria de suas visitas renjun errava um ou dois passos, sendo perfeccionista o suficiente para repetir tudo desde o começo, dando o máximo de si.