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Entrei e Carol estava sentada no sofá com o notebook, ela me fuzilou com os olhos e logo levantou me impedindo de subir as escadas

- eu achei que você estava dormindo até tarde, a propósito suas amigas passaram a noite aqui num foi? - ela falou num tom investigador - ou melhor fingiram que passaram pois eu mandei a empregada abrir a porta do quarto e não tinha ninguém lá - disse gritando, ela pensa que é quem para gritar assim comigo?

- saímos cedo para levar a clara, a mãe dela queria ela cedo em casa - falo olhando para ela que me olha de cima a baixo, noto que ainda estou com o vestido curto e invez de me assustar fico feliz pois sei que ela iria correndo falar para o André.

- Melissa eu não sou burra, sei que não dormiu em casa e saiu para vagabundar  com suas amigas - ela disse ríspida e com desprezo.

- eu não sair para canto nenhum - falo sustentando a mentira.

- não foi isso que pareceu quando sua amiga transou com o segurança para liberar a saída de vocês - me assusto com o que ela falou.

- do que você tá falando?

- ah, você não sabia o que sua amiga usou para despistar o segurança? Você é muito bobinha, o segurança já está demitido portanto isso não irá acontecer de novo e eu não sou burra, sei que você é uma sonsa e jamais foi desobediênte, sei que fez isso para seu pai te mandar de volta para casa da sua mãe - ela fala sentando satisfeita no sofá - e por mais que eu também queira me ver livre de você eu odeio sua mãe, e quero que ela sofra por sua falta, então eu não irei falar nada para seu pai, pode ficar tranquila.

- eu conto sem problemas - digo com ódio dela.

- você não irá contar nada - ela levanta gritando comigo e Chegando perto de mim, dou um passo atrás e ela me puxa pelo braço para perto dela - se você contar, com um simples telefonema eu faço sua mãe perder o emprego, a casa, a ... Vida - apertou meu maxilar...

- você não seria capaz - digo assustada.

- seria, pois eu destruir um casamento - falou me fitando, eu me soltei dela e corir para meu quarto chorando...

Eu não tava acreditando que ela fez isso, não tava acreditando que me ameaçou, eu sabia que ela era ruim mais não a esse ponto, se eu tinha ódio agora eu tenho mais, eu só sabia chorar meu corpo tremia por medo dela destruir a vida da minha mãe de novo e agora descobrir também que a Rebeca se vendeu para o segurança, como ela pode fazer isso, eu não sabia o que dizer, mas na segunda feira  eu iria tirar isso a limpo.

Passei o resto do dia trancada no quarto e pensando em como minha vida está indo de mal a pior a cada dia e pensando no que tinha acontecido na noite anterior,e de como minha cabeça doía  derepende alguém bate na porta eu não digo nada, deve ser aquela mulher que tomou o lugar da minha mãe, continuo quieta

- Melissa é a Joana a cozinheira - diz ela.

- aconteceu alguma coisa Joana? - digo confusa ela não saia da cozinha só podia ter acontecido algo.

- quero falar com você minha linda - ela diz e eu abro a porta, logo encarando um bandeja cheia de delícias na mão dela

- o que é isso Joana? - falo

- não vi você no almoço e nem desceu para comer nada, a empregada me disse que você estava trancada no quarto e que ouviu soluços quando passou em frente a porta - ela diz enquanto caminhava até minha cama depositando a bandeja.

- vocês não precisa se preocupar comigo, só estou com muita dor de cabeça - digo desanimada .

- e olheira, tristeza e fome - ela completa e a olho confusa - da para ver tudo em seu rosto - ela diz caminhando até a porta e a fechando.

- a Sr Carol saiu para fazer umas compras então podemos conversar enquanto ela está fora - ela falou se ajeitando na cama igual uma menininha,gostei daquele jeito dela

- eu realmente estou com a barriga vazia - falo atacando a bandeja

- coma tudo, você não pode ficar esse tempo todo sem comida guria - ela diz e eu a lanço um sorriso..

- não queria descer para ver a cara da Carol - falo bufando e ela me olha confusa - desculpa sei que é sua patroa mais eu não a suporto

- ela é muito chata mesmo, e me trata indiferente quando o Sr André não está aqui, a mim e a todos empregados - ela fala com cara de nojo.

- oh então você também não gosta dela ? - pergunto bebendo meu suco de laranja .

- digamos que só tô aqui pelo Sr André - ela rir e eu a acompanho.

- você gosta dele?

- o Sr André é um amor de pessoa, o considero um filho para mim, e ele me trata como uma mãe - vejo os olhos dela brilharem...

- eu não o considero como um pai - dou de ombros.

- ah, mas por que? - ela pergunta me olhando curiosa..

Conto tudo para ela sobre minha relação com meu pai, conto até o ocorrido de ontem ela fica surpresa.

- deve haver um explicação para isso, você já chegou a pergunta para ele o por que ele fez isso ?

- não e nem quero, sei exatamente o porquê.

- acho que você deve dá espaço para saber os dois lados da história - ela fala se levantando - bom eu já vou indo , se querer alguma coisa, tipo comer ou fofocar eu estarei na cozinha, foi um prazer te conhecer Mel - oh ela também me chamou de mel

Joana saiu e eu já estava bem melhor depois de conversar com ela, e também fiquei pensando sobre o que ela me disse de ver os dois lados da história

Confiança DepositadaOnde histórias criam vida. Descubra agora