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Acordei com a vista embaçada, Even deitado ao meu lado, ambos nus e sujos um do outro. Ele parecia estar despertando ao mesmo tempo que eu.

- Bom dia, floco de neve. - Ele falou, de forma engraçada.

- Bom dia, Even. - Respondi, encarando seus olhinhos um pouco inchados.

- O que acha de torradas? - Ele falou, tentando se levantar. Puxei sua mão.

- Depois. O que acha de um banho agora? - Disse, indo em direção ao banheiro. Ele andou rápido para me alcançar, enquanto eu ligava o chuveiro.

A água quente batia em seu peito, amenizando o frio que estava fazendo. Peguei uma esponja e comecei a esfregá-lo, limpando seu corpo e fazendo espuma, junto com o shampoo, quando ele começou a jogar para o alto. Era como se tivesse neve caindo dentro do banheiro.

Me prendendo contra o vidro do box, Even pressionou os lábios contra os meus, me beijando em meio à água. Passei a mão pelos seus cabelos, acariciando os fios molhados e trazendo sua cabeça cada vez mais pra perto de mim. Eu não queria tirá-lo de perto de mim por mais nenhum segundo. E ele também não parecia querer sair.

- Quantos Isaks e Evens você acha que estão em uma cama como essa agora?

Estávamos de moletom, deitados na cama, um olhando para o outro. Even com um cigarro entre os dedos, espalhando névoa pelo meu quarto, a cada trago.

- Infinitos. - Respondi, encarando os olhos brilhantes de Even.

- E no natal?

O jeito que ele ria pra mim dentro daquele capuz, com aquelas perguntas existenciais e a cabeça apoiada no meu ombro, era tudo perfeito.

- Metade deles? - Eu nem sabia que sentido estava usando para responder.

- Por tempo indefinido.

- Por todo o tempo do mundo. -  me encarou, pouco antes de juntar nossos lábios.

- O que é isso? - Acordei mais uma vez, dessa vez sem Even do meu lado. O som da campainha preencheu o cômodo e fui até a sala para ver quem era.

- Nada melhor do que uma ceia dois dias depois! - Vilde apareceu, animada. Em suas mãos, um prato que parecia delicioso. Dessa vez, ela estava usando o suéter de Magnus, que pegou emprestado seu gorrinho de natal.

Chris usava uma grande estrela na cabeça, Eskild tinha um visco colado na bunda e Eva tinha trazido biscoitos que eram bons de verdade.

E, finalmente, eu tinha pessoas queridas ao redor de uma mesa, montando pratos, conversando e rindo alto. Comendo, bebendo e brindando à cada 5 minutos. Eu tinha isso graças à outra pessoa.

- Obrigado por isso. - Falei, olhando nos olhos de Even. - Você está me fazendo gostar o natal, afinal.

Olhei mais uma vez nos seus olhos de avelã, de alguém que eu nem sonhava em viver esses momentos. Eu estava tão grato, mas mais do que isso. Eu estava apaixonado.

- É o mínimo que eu posso fazer pelo meu presente de natal, não é?

Acabou!

Como passaram o natal? Espero que tenha sido muito bom!

Espero que tenham gostado de Mistletoe, obrigada por cada leitura, voto e comentário.

Beijinhos!

Beijinhos!

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Mistletoe | Evak.Onde histórias criam vida. Descubra agora