33. A queda do Assassino de Racon

15.8K 2.3K 749
                                    

Esse capítulo pode conter cenas de violência explícita.

Esse capítulo pode conter cenas de violência explícita

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Da bonança, nascem os ambiciosos. Da ignorância, nascem os estudiosos.

 Do desespero, nascem heróis. Da paz, nasce a guerra. - Estudos sobre o equilíbrio - Corvena de Nova Luskar.

 - Estudos sobre o equilíbrio - Corvena de Nova Luskar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu nunca tinha sentido nada como aquilo. Minha mente parecia cada vez mais pesada e sonolenta, sendo guiada pela magia a um imenso poço escuro e desconhecido. Uma imagem bruxuleou a minha frente.

Eu estava no meio do nada. Pisquei algumas vezes quando os sons atingiram meus sentidos antes mesmo de qualquer imagem. Homens berravam um último grito de guerra. Escutei um barulho ensurdecedor de inúmeros passos pesados em uma corrida mortal, em minha direção. O som de metal batendo a medida que os passos avançavam deixando tudo ainda mais assustador. Quando minha visão desembaçou já era tarde demais para que eu fizesse qualquer coisa. Dois exércitos enormes se chocaram a minha volta. Em uma confusão de tripas, metal e sangue.

A guerra não era organizada, como contavam as histórias.

O céu vermelho anunciava o nascer do sol. A fumaça cinzenta contava a história da cidade inteira que ainda queimava no horizonte, com as bolas de fogo que eram arremessadas pelas catapultas para dentro da muralha já destruída. Eu reconheci aquele evento, aquele lugar. O cerco de Ístar. A última cidade ainda no domínio do rei de estanho no fim da guerra. No acampamento alguns diziam que apenas aquele cerco durou mais da metade do período da guerra, tamanha era a auto suficiência e riqueza da cidade. Uma lenda, eu julgava.

Apesar da dormência que tinha sentido minutos atrás, ali eu estava completamente desperta, e apesar de ciente de que era uma visão, não podia deixar de tentar desviar dos soldados que lutavam até a morte bem ali, ao meu redor. O cheiro de sangue era insuportável.

Gritos e urros ecoavam na planície, sendo ultrapassados apenas pelo barulho das espadas, e das catapultas ao acertarem a cidade, eu não ousava sair do lugar. E mesmo eu, assassina de Racon, fiquei nauseada ao ver crianças que não podiam ter mais que dez anos, portando espadas e armaduras grandes e pesadas demais, apenas para serem estripadas pelas laminas do que eu julgava ser o experiente exército da Aliança entre os demais reinos.

A Cavaleira de Dragões (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora