A Criança dos Antigos - A Pokemon Fable Vol. 1

Memorias Parte 1: Nora Young.

  Afastada da movimentação das cidades e dos grandiosos prédios voadores, uma milenar estrutura se localizava no alto de verdejantes colinas.



A fauna de pokémons que ainda habitava as cidades limitavam-se a ratatas, raticates e volta e meia um ou outro pokémon venenoso. Porém, bastam três minutos nos limites da cidade para ver que a fauna permanece ao redor do gigante labirinto de pedra e modernidades. Se tornando cada vez de terra dava ao gigantesco local. Uma longa escadaria ao redor daquela tão agradável paisagem. Uma construção digna de um templo. Um dos cartões postais mais bonitos da cidade de Guang, a capital da região sul.



No sul, os invernos eram rigorosos com nevascas quase diárias, porém o verão era sempre quente. Até na sombra. Porém, acreditava-se que não existia tempo ruim que pudesse derrubar aquele lugar.



A anos atrás, aquele local fora um templo de meditação e casa para diversos treinadores nômades. Sem pátria ou sem casa, estes treinadores viram em Guang, um local onde poderiam dormir e talvez, por vontade de Arceus, chamar de lar, por fim.



Os pokémons também pareciam se sentir atraídos ao local de certa maneira. O templo tornou-se aos poucos um lugar de paz e aproximação entre os homens e os pokémons. Um destes nômades, em forma de gratidão, passaria a ensinar a qualquer treinador de bom coração os segredos das batalhas, e da vivência com aquelas criaturas. ao lado de seu leal pokémon, ele recebeu a alcunha de Mestre do templo.



Treinadores do mundo todo vieram para aprender com o tal mestre. Seus ensinamentos iam além de táticas de batalha. Ele pregava que a ligação de um pokémon com o seu treinador poderiam levá los a níveis jamais antes alcançados. Um pouco de compaixão para aquele mundo. Foi dessa maneira, até que as políticas haviam chegado ao mundo pokémon...



Aqueles que aprenderam seus ensinamentos tornaram-se mestres e assim, seguiram pelo mundo compartilhando aquilo que aprenderam até os dias de hoje. As pessoas já não chamavam o templo de templo. Dava ao local o nome de escola. Centro de treinamento. Foi assim que nasceu o vosso nome.



Templo Ray, a escola do Sul. Um lugar onde todos os treinadores poderiam se reunir e aprender dos mestres como serem treinadores melhores. Ray, em homenagem ao lendário pokémon dos céus...



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Assim que se apagou o slideshow, a mestra virou-se para seus alunos com um sorriso.






A garota loira na primeira carteira escutava atentamente o que a professora dizia. Ela, era a mais nova mestra em anos. Mestra Zoe. Seus cabelos castanhos e um belo e jovem rosto eram suas marcas registradas, mesmo não admitindo, alguns alunos a achavam extremamente bonita.






A garota loira sorriu. A aula sobre a história da escola do Sul fora inspiradora. Mestra Zoe notou o entusiasmo nos olhos da aluna e sorriu de volta. Nora, a tal garota loira, era sem dúvida um poço de talento e de atenção. Um longo cabelo loiro, roupas azuis e branca. Uma boa descrição física dessa menina sorridente.






Em compensação, o seu colega ao lado, Dillon, dormira pela terceira vez só naquela semana. Zoe caminhou tranquilamente até Dillon e pegou sua pokebola.






—Corsola, eu escolho você.






A pequena criatura surgiu, chamando a atenção de todos na sala de aula. Nora sorriu, já imaginando o que viria a seguir.






—Corsola, Water gun!— Zoe diz com uma voz calma -






O pequeno pokémon rosa e branco dispara uma bola d'água não violenta em direção ao dorminhoco Dillon. O contato acontece e o mesmo acorda assustado de algum sonho estranho. Coisa corriqueira na turma da mestra Zoe.


Ele acordou gritando alguma coisa e se levantando.






—Dragonite use Dragon Claw!— Ele disse percebendo onde estava -






A classe toda começa a dar risadas e ele leva a mão esquerda a nuca de forma tímida.






Apenas Nora o observava sem rir. Era interessante ver as reações de Dillon.






—Sr. Lion... —Mestra Zoe dizia - Vejo que quer contra-atacar o meu Corsola com o seu Dragonite imaginário, podemos marcar essa batalha para depois da aula, por favor?






Dillon era loiro assim como Nora. Uma pessoa mais leiga, poderia dizer que os dois eram irmãos, o que não era realidade, mas ainda sim, era capaz de confundir.






Um bilhete cor de rosa parou na mesa de Nora. Era Isabel, querendo conversar. A garota de cabelos negros e presilhas (Presilhas essas tão caras quanto um Full restore) escrevera a próprio punho.






"Como pode Dillon ser tão preguiçoso?"






Nora sorriu e olhou para trás. Próximos a Isabel, os colegas de Dillon, Leonard e Eric riam também.






—Mestra Zoe, meu Dratini um dia será um poderoso Dragonite, isso eu posso lhe garantir.— Alguns risos puderam ser escutados do outro lado da sala, fazendo Dillon se zangar -






Nora sorriu. Mesmo sendo atrapalhado e muito explosivo, Dillon tinha um sonho. Algo para seguir.






—Sabe o que lhe ajudaria muito?— Disse mestra Zoe - Prestar atenção na aula.






A Sineta que marcava o fim da aula soou e os alunos se levantaram para irem ao intervalo.