Capítulo Five- Me Against The World

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13 de outubro (Me Against The World)

Machismo!

Questiono-me porque é que a maior parte dos homens pensam que são superiores às mulheres? Porque é que eles pensam que somos o sexo mais fraco quando somos nós, Mulheres, que damos à luz um Ser Humano e somos nós, Mulheres, que durante cinco dias por mês, vemos quase a morte à nossa frente devido às cólicas menstruais. Eles pensam que somos o sexo sensível, que não aguentámos ver sangue, mas somos nós, Mulheres, que sangrámos por entre as pernas 60 de 365/366 dias. Poderia fazer uma lista imensa de argumentos que provam que o sexo feminino não é inferior ao sexo masculino. Toda aquela testosterona dá-lhes cabo dos poucos neurónios que têm! Está explícito no dicionário de todos os homens que se és violento quer dizer que és mais homem que os outros? És o macho-alfa? Que se tens mais músculos que outro podes chamar esse outro de bicha?

Sabaku No Gaara! Quem ele pensa que é? Não é nenhum super sayajin para falar das mulheres assim e mesmo que fosse não iria deixar que o fizesse e saísse impune. A data está marcada! Tenho uma semana para ganhar aquele libertador de testosterona. Começando por hoje, sábado.

EU VOU TREINAR NEM QUE SEJA NA BANHEIRA.

Saí de casa as seis e meia da manhã para correr. Nunca antes acordei tão cedo para fazer algo e agora estou a correr para enfrentar um cara que só vi uma vez na vida. Realmente esta vida de sedentarismo faz-me mal porque bastou uns minutos a correr para já me encontrar cansada.

Olho o relógio! São sete horas e decido então parar para descansar num parque perto da faculdade. Sento-me num banco, inclino a cabeça para trás e fecho os olhos.

Será que posso realmente ganhar? Sinceramente, não penso em desistir mas a ideia de me ver exposta perante aquele garoto, agora, irrita-me profundamente. Na altura nem me importei, só não queria deixar que ele fizesse das mulheres chacota!

                                             We're not gonna be just a part of they game

                                                       We're not gonna be just the victims

No domingo, a minha rotina segue-se igual à de Sábado, mas na Segunda, o que sucedeu foi exatamente o contrário. O meu despertador não tocou de manhã o que levou ao meu atraso para a escola e, consequentemente, me levou a não fazer a minha corrida matinal. Acordei tão sobressaltada que nem reparei que tinha vestido a camisola do avesso, que uma das meias não condizia com a outra e, por último, tinha-me esquecido de pentear o cabelo.

Quando entrei pelos portões era como qualquer outro dia normal. Como sempre olhei ao redor e como sempre as pessoas estavam a olhar para os seus celulares de última gama ou então a conversar entre si, porém, quando entrei no corredor as pressas para chegar na minha sala antes do toque, demasiadas cabeças foram viradas na minha direção e isso para mim é incomum. Foi a primeira vez que reparam em mim!

Também foi incomum na aula de história. A professora pediu que nos juntássemos em pares para fazermos um trabalho para a próxima semana e como sempre ficava sozinha. Contudo desta vez alguém decidiu se sentar á minha beira. Era um rapaz moreno, olhos pretos e com um sorriso cínico nos lábios. Parecia que estava a gostar da atenção de estar sentado com a esquisita da turma. Não lhe dei a atenção que ele queria! A sensação em tê-lo por perto não era boa. No final da aula apresentou-se como Sai e pediu para fazermos o trabalho juntos. Eu não aceitei, obviamente!

Na terça, a primeira coisa que fiz quando cheguei ao colégio foi tomar o pequeno-almoço pois saí demasiado cedo para não encontrar os meus pais.

SnuffWhere stories live. Discover now