Capítulo 6- Lonely Day

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14 de outubro (Lonely Day)

Such a lonely day

And it's mine

The most loneliest day of my life


Estou maldisposta. Não no sentido de estar a passar mal, mas sim no sentido em que não queria falar com ninguém e se alguém o quisesse ficava sem cabeça. Nunca fui uma pessoa de manhãs. A Diana já reclamava sempre que me via de manhã na escola. Sempre dizia que eu vinha mal-disposta e afastava-se de mim até eu ficar um pouco comunicativa. Eu sempre concordei com ela, pelo menos mentalmente, ela não precisava saber que eu concordava com ela.

E agora aqui estou eu, em frente a casa da lombriga aka Sai, ás oito e meia da manhã para fazer um trabalho que eu não queria.

Ai está a minha razão de estar tão mal-disposta.

Por causa dele eu fiquei a noite em claro, a pensar se devia ou não dar uma hipótese a ele. Se devia mais uma vez confiar em alguém que eu não conheço de lado nenhum. Então quando o sol começou a aparecer eu tomei a minha decisão. Fazer o trabalho e vir para casa. Não ia doer. Ia ser chato? Sim. Ia me arrepender? Provavelmente. Ia me sentir desconfortável depois do que lhe disse? Decididamente sim. Mas, não posso continuar assim. Pelo menos é o que o meu novo psicólogo diz.

Oh sim, eu finalmente fui a um psicólogo, a um fora da cidade para que os meus pais não descubram, porque se eles descobrissem iria ser uma sessão em como eu não posso manchar o nosso sobrenome. E sim, foi ele que me disse que devia dar uma hipótese ás pessoas, que eu deveria me expandir as minhas amizades e não só me focar numa pessoa, que desse um alívio á pessoa que ouvia tudo o que acontecia comigo e essa pessoa que no meu caso, é a Diana.

Por isso, decidida com o conselho que ele me deu chamei um taxista e fui até ao endereço. Estava espantada com a minha atitude. Mas o que me espantou ainda mais foi o tamanho casa do Sai. Perdão, casa não. Mansão. Caramba. Se os meus pais são ricos os dele devem ser trilionários porque porra. Uma mansão de quatro andares e fora o resto do jardim que isto tem. Eles devem comer dinheiro.

Aproximei-me e toquei na campainha do portão e um segurança aproximou-se e pediu para eu me identificar. Claro, uma casa destas tinha que ter um segurança. Um segurança de dois metros. Depois de alguns minutos e entrei pelo caminho de pedras até á porta de entrada que estava aberta com uma empregada á porta. Pff, claro.

-Bom dia menina. O menino Sai espera-a na sala de convívio. - aponta para uma porta á minha direita no fundo do corredor.

Acanhada por estar numa casa nova e nervosa com tamanho luxo abri as portas duplas que levam á sala e entrei. Sai estava sentado no sofá de pernas e braços abertos e a pior parte de todas é que ele estava apenas de boxers. Meu deus, eu fui ao inferno e voltei porque isto é a imagem do diabo só pode.

-Vais ficar a olhar para o meu corpo de deus grego ou vais entrar de vez e fechar a porta?- perguntou convencido.

-Corpo de deus grego? Acho que tens que rever o teu conceito de deus grego porque tu és só pele e osso. - fechei a porta e aproximei-me.- Para não falar que és branco como papel.

Ele sorriu. Um sorriso que pela primeira vez me pareceu verdadeiro.

-Cada pessoa tem o seu conceito de beleza. Lá porque tu não gostas não quer dizer que ninguém goste. - levantou-se e então mostrou-me as suas costas que se encontravam totalmente arranhadas. - Já tomaste o pequeno almoço? - começa a caminhar para outra divisão da casa.

SnuffWhere stories live. Discover now