Três

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Ao voltar para o hotel Marcela sobe e vai para o seu quarto descansar, ainda intrigada com o fato de ainda sentir raiva de Daniel, havia se passado tantos anos, como podia ainda sentir tamanho nojo por ele? Ela se fez essa pergunta várias vezes, até que resolveu não pensar mais no assunto, talvez aquele encontro tivesse sido pura coincidência, parou de se indagar sobre o motivo de Daniel estar no mesmo lugar que ela, e voltou ao seu verdadeira motivo de estar ali, sua empresa e sua carreira, à tarde ela iria visitar a casa, depois da festa de inauguração, sairia do hotel para ficar lá com sua mãe e suas amigas, onde teriam mais liberdade, privacidade e conforto. Depois do almoço, enquanto Marcela estava no quarto se arrumando sua mãe, Dona Laura, passeava pelo hotel com Érica, Renata e Tatiana, as três contaram a ela o que havia acontecido na estrada.

Vocês tem certeza de que era o Daniel mesmo?! Perguntou Dona Laura, impressionada no que tinha acontecido, a velha senhora sempre lembrava do relacionamento de Marcela com o rapaz, que inclusive foi o único de sua vida, Dona Laura queria ver sua filha feliz, e ao lembrar do tempo onde a vida era bem mais simples, acabou sentindo saudades da Marcela mais receptiva e carinhosa que conhecia, queria sua filha de volta.

Absoluta Dona Laura, a Marcela mesma falou o nome dele, e eles começaram a brigar, por conta da confusão do passado. Explicou Renata, as três mulheres estavam totalmente por dentro da situação, logo após Marcela lhes contar, achavam aquilo coincidência demais, talvez fosse obra do destino, que queria juntar os dois novamente, ou Deus movendo o mundo para que os dois se reencontrassem, obra divina ou não, o fato era que o reencontro havia finalmente acontecido, mas e a partir dali? O que viria à acontecer? Mais brigas e discussões que não os levariam a lugar nenhum?

Dona Laura, nós gostaríamos de saber, como era a relação deles? Não tivemos coragem de perguntar à Marcela, até por que, percebemos o quanto esse reencontro mexeu com ela. Disse Tatiana, lembrando o duro silencio de sua amiga, durante todo o trajeto depois da briga.

Os dois se gostavam muito, sempre que Marcela estava em casa ele ia vê-la, as vezes ia até nos dias em que Marcela estava sozinha em casa, para namorar um pouco, era um rapaz muito simpático, a família toda gostava dele, era como se ele fosse da família. Explicou Dona Laura, saudosa pelos tempos que não voltariam mais, lembrando de como sua filha era feliz, como ele a fazia feliz, queria ver aquilo de novo, queria que sua filha vivesse a vida, sem ser assombrada por fantasmas do passado. Queria apenas que ela vivesse.

Dona Laura, a senhora acha que os dois podem se reconciliar e voltarem ser namorados? Perguntou Érica, o cenho franzido e o olhar atento à Dona Laura, mostravam o quanto aquela questão podia lhe despertar a curiosidade, a mais velha a encarou, e vendo o reflexo da água da piscina em seu rosto, resolveu expor aquilo que tanto queria.

Bem, os dois passaram dez anos sem se ver, e quando finalmente se reencontraram, tiveram essa briga, está claro que o sentimento que eles sentiam um pelo outro não morreu, mas para que eles possam voltar a serem namorados só depende da Marcela, ela deve perdoá-lo, para que eles consigam voltar serem um casal, mas uma coisa eu digo a vocês, se ela perdoá-lo ele pisar na bola outra vez, eu acho muito difícil, Marcela dar outra chance a ele. Explicou Dona Laura, nesse momento, Marcela se aproximava, e as quatro logo trataram de mudar de assunto.

Então, estão prontas para irem conhecer a nova casa de férias? Disse Marcela, as cinco saíram do hotel, e foram direto para "A Nova Casa de Férias da Família Cavalcante", que ficava na cidade vizinha à Natal, Parnamirim, menos agitada que a capital, Marcela estava na entrada da cidade quando seu telefone tocou.

O Retorno de um AmorWhere stories live. Discover now