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Jane tentava focar sua atenção a lente de sua câmera que havia quebrado, ela estava extremamente distraída desde o dia que foi perseguida nos corredores da faculdade, o que resultou na queda de sua câmera durante sua pequena aventura pela cidade. Sua mente não a permitia focar no que estava a sua frente, sempre viajava até o que lhe dava mais medo e a ruiva se recusa a falar sobre isso.

Sua irritação atingiu o ápice, então ela jogou uma peça da lente em direção a porta do escritório. Jimin, que estava entrando no momento, a agarrou meio desajeitado. O maior olhou para ela com irritação. De certa forma, não suportava a ideia de ter que estar com uma transa que não queria mais ver, mas Jimin sabia onde ficava a linha de divisão entre vida pessoal e trabalho. Porém, ele também é esperto de brincar por entre as redondezas dessa linha.

Só havia um problema. Jane. Ela desperta nele uma irritação, um sentimento peculiar que o faz ter vontade de testá-la, a maioria desperta tédio; seu semblante sempre sério e, quando sorri, é quase sempre em deboche.

- Sério? - Jimin joga de volta a peça para a ruiva, esta que revira os olhos. - Você quebrou a câmera?

- Ela caiu, onde tem um lugar para concerto por aqui? - O maior se sentou na beirada da mesa da ruiva e pegou a câmera.

- Para câmera antiga? O que você quer com uma câmera dessa? - Jane olhou para ele tentando processar que tipo de resposta daria ao arrogante Park Jimin.

- Você não espera que eu lhe responda gentilmente a isso, espera? - Jimin fez uma expressão tediosa.

Jimin foi até sua mesa e procurou algo em sua caveta. Ele retira um cartão e vai até a mesa de Jane, pousando o cartão em direção a moça.

- É um amigo, ele é bom no que faz, diga que eu que te mandei lá. - A ruiva pegou o cartão.

Jane não conhecia nada em Busan, estava dependendo de mapas no celular. Mas o endereço ali escrito, realmente não lhe dava noção nenhuma de para onde ir.

- Onde fica isso? - Jimin se virou e o pequeno detalhe de que Jane era complentamente leiga quando se tratava de andar em Busan, o veio a mente.

- Tudo bem, Castle. Eu vou fazer esse sacrifício. Vou te levar hoje até lá depois do expediente, temos que ser rápidos, ele fecha às 20:00.

- Você vai me levar?

- Eu falei em alguma língua diferente que fez você não entender?

- Ok, você consegue ficar 5 minutos durante o caminho até lá sem ser grosso e sarcástico?

- Não prometo nada.

- Meu Deus...

O dia foi seguindo, as horas passando cada vez mais devagar para Jane, ou talvez ela que estivesse pensando demais sobre os ocorridos a ela. Jane tentava pensar em possibilidades que podem ter levado a esses acontecimentos, mas todos levavam ao que havia em Seattle. Faz tempo, a ruiva trabalhou bastante para bloquear isso de sua mente; dizem que quando é muito traumático, o cérebro acaba apagando a memória, porém essa memória se recusava a ir embora da cabeça dela. Talvez fosse porquê a ruiva não queria apagar.

Jane pediu mais tarefas para o senhor Hong, este que fez com que ela o acompanhasse durante seu dia. A ruiva já não pensava tanto no assunto, sua cabeça estava bastante lotada com o trabalho, porém sua mente voava, às vezes longe, às vezes até Patrick. Não podia negar, ela sentia falta dele, uma pontinha de arrependimento ainda estava lá por não ter pelo menos se despedido, mas ela preenchia isso com o ódio por ele, talvez porquê ela já havia admitido para si mesma que amava o rapaz, afinal estavam juntos por 4 anos, eles ficaram juntos um pouco antes da mãe partir, foi com ele que ela aprendeu a se defender.

"Just one picture" + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora