#4.1 💃🏻

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Suspiro chateada, parece que cada dia que continuo trabalhando aqui, fico ainda mais nervosa

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Suspiro chateada, parece que cada dia que continuo trabalhando aqui, fico ainda mais nervosa.

"Dios!" Tento me acalmar.

Dou um pequeno sorriso, ontem falei com meu niño, ele ficou tão feliz com o brinquedinho que minha madre comprou com o dinheiro que mandei.

Todo esse esforço, todos os dias que passei fome e trabalhei o dia inteiro, valem a pena, se meu filho fica feliz no final do dia.

Como não posso me matricular numa escola normal, pois sou ilegal e preciso de documentos autênticos, achei uma boa opção, estou estudando online, estou aprendendo tantas coisas.

Volto a focar no agora e bufo quando a vaca da Rachel esbarra com força em mim, de próposito.

A ignoro, nunca pensei que uma pessoa teria inveja de mim, ainda mais pelos motivos que ela tem.

— Olha por onde anda chicana! — Ela cospe as palavras, como se o fato de eu ser mexicana fosse uma ofensa, um insulto.

"Xenofóbica de mierda!" Praguejo mentalmente tentando não perder a calma.

Tento me afastar, mas ela barra a passagem, conto mentalmente de 1 a 10, mas não parece fazer efeito algum.

— Você não me engana com essa carinha de santa, não, sua vadia. — Caçoa tocando em meus cabelos.

Pego sua mão com força, quase a torcendo, dou risada vendo sua careta de dor, aproximo bem nos rostos e praticamente cuspo as palavras na sua cara.

— Vai caçar o que fazer sua escrota! — Rosno nervosa.

Vejo que ela tenta se soltar e quer partir para cima de mim, mas um dos seguranças a segura e manda ela ir caçar o que fazer, como falei.

Vou para o camarim, tranco bem a porta do banheiro, pois não confio em ninguém, tomo um banho no velho chuveiro, me troco e vou para frente do espelho me maquiar.

Suspiro triste encarando meu reflexo, a mulher seminua com maquiagem pesada, não é quem eu sou, essa não sou eu. Mas não me arrependo de nada, esse é sim o trabalho honesto, porque não estou fazendo mal a ninguém e Dios sabe muito bem os meus motivos para estar trabalhando aqui afinal.

Vou para o palco porque é a minha vez de me apresentar.

A música começa, fecho os olhos fingindo que só eu estou aqui, nada mais importa, nem os gritos obscenos, ou os homens que só faltam me comer com os olhos.

Rebolo sensualmente sorrindo, desço até o chão com o dedo na boca, escuto os assobios, mas os ignoro e acabo me deixando levar pela batida sexy da música indecente, mas muito sensual.

Vou até o pole e giro com a pernas cruzadas, roçando minha parte íntima no mastro. Fecho os olhos jogando minha cabeça para trás fazendo meu cabelo cair como uma cascata em minhas costas, sob o feixe de luz giro no Pole dance.

TYLER - Os Carter 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora