2. Primeira Vítima

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Acordei algum tempo depois, com um pouco de dor de cabeça. Minha mente estava pesada, e aquela sensação de ardência em minha garganta tinha aumentado substancialmente. Tentei focar minha mente em outra coisa que não isso, mas estava impossível. Eu precisava saciar aquela sede, mas a mulher que me trouxe aquela garrafa com sangue não estava por ali. Me levanto daquele colchão onde estava até agora, novamente coberto por aquela capa que as sombras me deram e assim que o faço. Ouço uma voz em minha mente, dizendo: "Deveria se livrar desta coisa, mas a mantenha!". Pelo tom que a voz falou, logo notei que eram as trevas. E com isso me comunico com elas, dizendo: "Preciso de sangue!". "Sabemos disso, e iremos ajuda-lo. Somente não deixe que nossas irmãs se intrometam." Logo em seguida eu as respondo, dizendo: "Não se preocupem, não ouço mais elas, desde que aceitei vocês". As trevas ficarem caladas por algum tempo, mas logo me responderam dizendo: "Ótimo, assim não se arrependerá do que precisara fazer!". As trevas disseram isso e ficaram em silêncio em seguida, não sei o que elas quiseram insinuar sobre se arrepender do que tenho que fazer. Será que é algo relacionado ao fato de sanar esta ardência que tenho em minha garganta, neste momento? Provavelmente! Porém, não dou a mínima para aquilo que preciso fazer para que pare com esta sensação horrível. O tempo que eu me preocupava com o bem estar de outras pessoas se foi, até porque aqueles que eu queria bem já não existem mais. Então acho que chegou a hora de ser aquele que sempre disseram que eu era, um cara maldito! Fiquei com este pensamento em minha cabeça e ansioso para o momento que poderia cessar essa sede estranha que tenho e fiquei com vontade de conversar com as sombras, porém, me controlei! Poderia ter chamado as trevas, só que elas não me parecem tão amigáveis como as suas irmãs. Isso é uma coisa bem maluca, até para mim mesmo. Conversar com as trevas e com as sombras e elas serem irmãs? Maluco demais! Estava pensando nisso, no momento que aquela mesma mulher de antes aparece ali e me olha e diz:

—Pronto?

—Para? — Pergunto a olhando com ansiedade.

—Para fazer sua primeira vítima! — Diz ela de modo natural.

—Primeira vítima? — Pergunto intrigado com aquilo que ela acabou de dizer.

—Obviamente, ou achou que iria lhe trazer seu lanchinho engarrafado para sempre? — Responde a mulher dando uma revirada de olhos.

—Não, mas como posso caçar alguém se estou preso aqui? — Digo em seguida.

—Não seja por isso! — Diz a mulher abrindo as grandes de onde estive preso até então.

Assim que ela abriu as grandes daquela cela, saio dali e estava de saída quando ouvi em minha mente o seguinte: "Leve a capa!". Acho que foram as sombras, mas senti que tinha que fazer aquilo. Com isso volto naquele colchão de palha, pego a capa e a visto, assim que o faço a mulher que estava a meu aguardo diz:

—Não tinha visto que tinha esta capa, isso é bom. Tornará sua camuflagem melhor durante a caça.

—Caça? — Pergunto intrigado.

—Sim, pequeno Mestre das Sombras. Daqui em diante, irei te treinar para ser o melhor guerreiro do reino de Fantasy. Como já disse tenho grandes planos para você, e por isso deixarei meu trono de lado por algumas horas por dia. Para me dedicar com seu treinamento, na noite de hoje irei te ensinar o mais básico. Que é caçar uma vítima, para isso deixarei alguns humanos a disposição. Tenho certeza que assim que ver um, irá seguir seus instintos. — Diz a mulher citando algo sobre trono. Ela seria algum tipo de membro da realeza? E onde diabos é este lugar chamado de Fantasy?

—Você é uma rainha? — Pergunto curioso.

—Sim, rainha Antonieta a seu dispor. Mas ande, não tenho tempo e nem paciência a perder contigo! — Diz Antonieta fazendo menção para que eu a acompanhe.

O Mestre das Sombras - (Degustação)Where stories live. Discover now